A revista do jornal “Expresso”, Única, traz na sua edição desta semana, dois textos sobre duas capitais de ex-colónias Portuguesas, Luanda, capital de Angola, e Díli, capital de Timor-leste.
Destaquei no título Luanda, por razões afectivas, e por demonstrar, de maneira mais cabal, que a riqueza pode ser perversa.
Destaquei no título Luanda, por razões afectivas, e por demonstrar, de maneira mais cabal, que a riqueza pode ser perversa.
O retrato da actual Luanda, é fruto duma reportagem de Luís Pedro Cabral, ilustrada com fotografias de Sandra Rocha. O texto intitula-se, “Luanda de Luxo”, e o seu autor aproveita o aniversário de Isabel dos Santos, primogénita do Presidente Angolano, José Eduardo dos Santos, como mote para um paralelo entre os luxos e excentricidades de festas como esta, só ao alcance de uma pequeníssima elite de milionários (quase sempre procedentes dos negócios do petróleo e diamantes), e a pobreza extrema e ausência dos mais rudimentares meios de sustentabilidade, sentida pela grande maioria da população Angolana, no seu duro quotidiano. A esses, falta tudo. (A economia Angolana cresce a 18% ao ano, enquanto a taxa de desemprego é de 80%)
O texto sobre Díli, tem reportagem de Micael Pereira, e tem por título, “Gangues de Timor”, e descreve o dia-a-dia agitado de Díli, despoletado e incitado por lutas de gangues, na sua maioria constituídos por jovens, que só conhecem a violência, e que recorrem ás artes marciais, a um cem número de armas, e até a poções mágicas, para semear o medo e “alargar a sua área de influência”. É a lei do; olho por olho, dente por dente, uma “cultura de violência e vingança”, diz o enviado do “Expresso” a Timor. Pode ainda ler-se que, 10% da população deste país se encontra ligada a estes violentos grupos, bem organizados, armados e treinados…….e sempre prontos prá “pancadaria”.
Os recursos naturais, essenciais para a criação de riqueza e consequente desenvolvimento de um país, estão densamente presentes nestes dois países. Resta, agora, aproveitá-los em beneficio de toda a população. Tarefa, “aparentemente” simples!?!?
6 comentários:
Principalmente em relação a África e a Angola (no caso de Portugal), é uma das questões que a Europa tem de se concentrar, por todas as razões. E a presidência portuguesa vai investir nisso, com a cimeira UE-África, resta saber como fica a questão Mugabe.
os gangs em timor têm uma origem política. existem dos dois lado: da fretilin e da austrália. a austrália financia-os para depois prendê-los e mostrar que é necessária ao território; a fretilin precisa deles para mostrar a sua força, numa espécie de reedição do "assim se vê a força do pc"
Não e uma reportagem de Luís Pedro Cabral, "ilustrada" com fotografias de Sandra Rocha.
sandra Rocha é fotografo e jornalista (não illustradora), a reportagem é de Sandra Rocha e Luís Pedro Cabral..
Caro anónimo, a haver erro, esse é a utilização da palavra "reportagem", pois essa é dos dois. Mas o texto, segundo o próprio editor da revista ùnica, é da autoria de Luís Pedro Cabral, ilustrado (que no dicionário quer dizer, entre outras, estampa ou fotografia) com fotografias de Sandra Rocha.
No entanto, agradeço a chamada de atenção, que também serve para fazer justiça a Sandra Rocha.
Caro jacobino, essa sua observação é pertinente. A Austrália, não quer ficar de fora dos negócios do petróleo, e a melhor maneira assegurar grandes parcelas de exploração, é fazer depender a segurança de Timor, da presença das suas tropas.
Todos assistimos, ainda há poucos meses, á fragilidade e desarticulação das tropas Timorenses, aquando da dispensa de 800 homens, e da consequente rebelião.
Penso que o que Díli precisa é de uma Rede de Apoio à Agressividade Humana. Assim, depois, quando eles, os tipos dos gangues, começassem a chatear era mandá-los para o plantão, na Austrália, para onde, entretanto, teriam seguido os nossos melhores especialistas.
Este anónimo foi apanhado. ãhãh
Carissimo, sejas bem aparecido.
Um grande abraço........e vai comentando.
Enviar um comentário