Este post, não tem, nem poderia ter, qualquer motivação partidária, pretende, tão só, transmitir a minha opinião, que não é mais do que a visão de um cidadão, sobre como poderia crescer e expandir-se esta bonita cidade de Ponta Delgada, aquela que me viu nascer e amadurecer.
Esta “velha” cidade tem sofrido, em especial nos últimos anos, grandes intervenções por via de obras públicas e privadas, que têm alterado a sua imagem e dinâmica, bem como a dos que nela habitam e/ou circulam e trabalham.
A alteração de que melhor me recordo, foi a, ao tempo designada, “avenida nova”, que destruiu, através dum aterro, o bonito porto de pescas da Calheta Pêro de Teive e as piscinas de S. Pedro, para dar lugar ao prolongamento da avenida Infante D. Henrique até S. Roque, estendendo a cidade ao longo da sua costa. Esta obra também contemplou uma marina e umas piscinas novas.
Actualmente em curso temos as “Portas do Mar”, obra que visa melhorar as condições oferecidas aos barcos e passageiros dos Cruzeiro que nos visitam, dando, também, uma nova dinâmica àquela zona da cidade. A par desta grande obra pública, temos a construção de um parque de estacionamento subterrâneo, também em frente ao Centro Comercial Sol-Mar, que, em minha opinião, vai sobrecarregar a artéria principal de Ponta Delgada, isto, a par da edificação do Terminal de Camionagem também na mesma Avenida (creio que nas imediações da Praça da Republica, vulgo, Campo de S. Francisco).
Pois aqui – nesta sobrecarga de pessoas e viaturas na zona mais movimentada e de maior tráfego da cidade –, reside, para mim, o erro desta estratégia, que me parece de afunilamento, em lugar de expansão.
Aquilo que me parece mais sensato – embora admita que não conhecer o seu grau de exequibilidade –, seria “empurrar” o Terminal de Camionagem mais para a zona nascente (S. Roque), adquirindo (?) a “Moaçor” (“empurrando esta unidade fabril para fora da Cidade), e erigindo naquele espaço o referido Terminal, bem como uma grande zona de estacionamento (aqui poderia ser em altura) e alguns espaços comerciais. Daria vitalidade àquela zona limítrofe e evitaria a circulação de autocarros no centro da cidade, capitalizando a recente intervenção naquela orla costeira, com a criação da estrada até à Canada da Shell. Fica, também, perto do nó viário que depois conduz para norte, nascente e poente, através das SCUT´s.
Na zona poente, Santa Clara, onde ficam as ruínas do antigo matadouro, proponho uma intervenção de fundo, limpando, revitalizando e embelezando aquele espaço, e criando uma zona de lazer e balnear ( com piscinas e mar), a par de lugares de estacionamento servidos por “Bertinhas” (que teriam o seu Terminal na zona nascente). Aliás, toda a orla costeira, desde o Porto de Ponta Delgada, até ao começo da "nova" estrada junto á costa que liga á freguesia da Relva, encontra-se entregue ao abandono, ou melhor, ao mar e a uns quantos que aí constroem as suas barracas. O próprio Farol de Santa Clara merecia outro destaque, outro aproveitamento.
Enfim, o que quero essencialmente dizer, é que não podemos (embora também devamos), pensar só no centro da cidade. Temos de valorizar a nossa condição de cidade virada pró mar, e estender esta urbe a nascente e poente, em lugar de afunilar tudo na Avenida marginal.
Por último referir que, se o Estabelecimento Prisional de PDL sair do actual edifício que ocupa, vai contribuir, também, para uma maior dignificação e embelezamento daquela zona da cidade.
P.S.- Como afirmei, não sei se este meu ideal é exequível, ou se se torna utópico por “mexer” em terrenos privados, e porque não sei qual o destino que, quem de direito, pretende dar ao antigo Matadouro. Isto, para além das verbas que seriam necessárias para levar avante um projecto desta natureza. Mas, as utopias de hoje, podem não coincidir com as de amanhã.
Esta “velha” cidade tem sofrido, em especial nos últimos anos, grandes intervenções por via de obras públicas e privadas, que têm alterado a sua imagem e dinâmica, bem como a dos que nela habitam e/ou circulam e trabalham.
A alteração de que melhor me recordo, foi a, ao tempo designada, “avenida nova”, que destruiu, através dum aterro, o bonito porto de pescas da Calheta Pêro de Teive e as piscinas de S. Pedro, para dar lugar ao prolongamento da avenida Infante D. Henrique até S. Roque, estendendo a cidade ao longo da sua costa. Esta obra também contemplou uma marina e umas piscinas novas.
Actualmente em curso temos as “Portas do Mar”, obra que visa melhorar as condições oferecidas aos barcos e passageiros dos Cruzeiro que nos visitam, dando, também, uma nova dinâmica àquela zona da cidade. A par desta grande obra pública, temos a construção de um parque de estacionamento subterrâneo, também em frente ao Centro Comercial Sol-Mar, que, em minha opinião, vai sobrecarregar a artéria principal de Ponta Delgada, isto, a par da edificação do Terminal de Camionagem também na mesma Avenida (creio que nas imediações da Praça da Republica, vulgo, Campo de S. Francisco).
Pois aqui – nesta sobrecarga de pessoas e viaturas na zona mais movimentada e de maior tráfego da cidade –, reside, para mim, o erro desta estratégia, que me parece de afunilamento, em lugar de expansão.
Aquilo que me parece mais sensato – embora admita que não conhecer o seu grau de exequibilidade –, seria “empurrar” o Terminal de Camionagem mais para a zona nascente (S. Roque), adquirindo (?) a “Moaçor” (“empurrando esta unidade fabril para fora da Cidade), e erigindo naquele espaço o referido Terminal, bem como uma grande zona de estacionamento (aqui poderia ser em altura) e alguns espaços comerciais. Daria vitalidade àquela zona limítrofe e evitaria a circulação de autocarros no centro da cidade, capitalizando a recente intervenção naquela orla costeira, com a criação da estrada até à Canada da Shell. Fica, também, perto do nó viário que depois conduz para norte, nascente e poente, através das SCUT´s.
Na zona poente, Santa Clara, onde ficam as ruínas do antigo matadouro, proponho uma intervenção de fundo, limpando, revitalizando e embelezando aquele espaço, e criando uma zona de lazer e balnear ( com piscinas e mar), a par de lugares de estacionamento servidos por “Bertinhas” (que teriam o seu Terminal na zona nascente). Aliás, toda a orla costeira, desde o Porto de Ponta Delgada, até ao começo da "nova" estrada junto á costa que liga á freguesia da Relva, encontra-se entregue ao abandono, ou melhor, ao mar e a uns quantos que aí constroem as suas barracas. O próprio Farol de Santa Clara merecia outro destaque, outro aproveitamento.
Enfim, o que quero essencialmente dizer, é que não podemos (embora também devamos), pensar só no centro da cidade. Temos de valorizar a nossa condição de cidade virada pró mar, e estender esta urbe a nascente e poente, em lugar de afunilar tudo na Avenida marginal.
Por último referir que, se o Estabelecimento Prisional de PDL sair do actual edifício que ocupa, vai contribuir, também, para uma maior dignificação e embelezamento daquela zona da cidade.
P.S.- Como afirmei, não sei se este meu ideal é exequível, ou se se torna utópico por “mexer” em terrenos privados, e porque não sei qual o destino que, quem de direito, pretende dar ao antigo Matadouro. Isto, para além das verbas que seriam necessárias para levar avante um projecto desta natureza. Mas, as utopias de hoje, podem não coincidir com as de amanhã.
4 comentários:
Quando à exequibilidade, também não sei, mas que é deveras interessante, lá isso é. Acho que a questão da "Moaçor" é muito bem vista, mas como referes, toca em interesses privados. Acredito, no entanto, que a o projecto para aquela zona da traseira da prisão, Clube Naval, Casino, irá expandir-se de forma natural para o tal local da "Moaçor". Nota-se que há aí uma análise bem conseguida, desenvolvida após várias introspecções e conversas sobre o assunto. Nota-se também um sentimento nobre em relação à cidade que nos viu "nascer e amadurecer" e do qual partilho.
Correcção: O local, conhecido por Campo de S. Francisco, não se chama, afinal, Praça da Républica, mas antes, Praça 5 de Outubro.
Eu, se um destes dias acabar por ir preso, dá-me jeito ficar ali pela Calheta, a acenar aos transatlânticos, lá ao longe.Quanto ao Campo de S. Francisco, o melhor é mudarem de vez o nome daquilo para rua Direita, protegendo de vergonhas maiores o Santo e a República.
Caro anónimo, as suas duas observações são legítimas, embora espero que a primeira não se concretize, ao contrário da segunda. ;)
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