A segurança rodoviária é um assunto que, por nos preocupar a (quase) todos, está sempre na ordem do dia.
Por isso, foi com agrado que assisti no Telejornal Regional, à notícia de mais uma iniciativa que visa a consciencialização dos jovem para a importância de uma condução segura e livre de perigos - tais como o álcool ou o excesso de velocidade -, desta feita promovida pela Secretaria Regional da Saúde, creio que em parceria com um instituto Sueco ligado ás questões da segurança viária.
Mas a segurança nas estradas está longe de se cingir somente à vertente dos excessos, sejam eles de velocidade, de substâncias proibidas, ou manobras perigosas. Para que se viaje tranquilamente, é também necessário que a estrada esteja em boas condições, bem sinalizada e iluminada, com um revestimento adequado, desobstruída de obstáculos e com dimensões apropriadas.
Aceito que as intervenções viárias são normalmente obras com grandes custos, mas todos sabemos que boas redes viárias potenciam a mobilidade de cidadãos e mercadorias, contribuindo para uma melhor qualidade de vida e acessibilidade a bens e serviços, a par do fomento do tecido económico e empresarial.
Posto isso, sou obrigado a reconhecer que os Açores, e em especial a Ilha de S. Miguel, têm sofrido um forte investimento em infra-estruturas viárias, muitas delas construídas de raiz e com excelentes condições.
Também é com agrado que observo que estão, finalmente, a colocar os postes de iluminação na via rápida, no troço final, o que conduz á Rotunda de Belém.
Mas sinto que deveriam ser colocados “medidores de tráfego” - semelhantes aos que foram colocados em vários pontos das nossas “SCUT” -, na Estrada Regional que liga Ponta Delgada às Capelas, pois estou seguro que a afluência de trânsito automóvel naquela via é, por si só, uma justificação para que fossem colocados postes de iluminação viária, ainda mais sendo uma estrada que possibilita grandes velocidades e com vários cruzamentos que a atravessam.
Não é alheio a este meu apelo, o facto de tal estrada atravessar a Serra Gorda, zona de tradicional e muito frequente nevoeiro, o que dificulta sobremaneira a visibilidade, ainda mais se for de noite.
Para que a população que trabalha em Ponta Delgada possa residir fora dos limites da cidade – impedindo uma urbe massificada e uma ruralidade envelhecida –, é imperioso que não perca muito tempo na deslocação diária, e que o faça com conforto e segurança.
7 comentários:
Hoje o Açoriano Oriental notícia que a Rotunda de Belém é uma das zonas mais poluídas de PDL, a par da zona dos tanques de combustível em Sta Clara. A Rotunda de Belém porque por lá passam 2000 carros/hora, Sta Clara por razões óbvias.
Ainda bem que estão a colocar iluminação no fim da via rápida, porque precisa mesmo. E o mesmo relativamente à estrada que liga a S Vicente Ferreira e Capelas, pelas razões que apresentaste. Agora, meu caro, acho que o problema que PDL padece (ou começa a padecer) é exactamente o contrário, ou seja, uma urbe desertificada de moradores, nomeadamente, jovens.
Discordo, Rui.
Basta ver a quantidade de residentes que tem ganho PDL nos últimos anos.
O problema a que te referes - desertificação da baixa -, são contas de outro rasário.
Olha para a Urbe Oceanus, olha para S. Gonçalo. Olha para o Paim.
Construiram-se e venderam-se, milhares de apartamentos em PDL.
A cidade ganhou moradores, só que os preços das casas no centro histórico, associado ás dificuldades de estacionamento, ás térmitas, ao ruído de bares e discotecas ou outras festividades estivais, não me parece que seja convidativo.
Os empregos são em PDL, os transportes públicos são caros e com horários desadequados às necessidades dos tranbalhadores, tudo isto trás pessoas para PDL.
A moda são os Apartamentos, há-os aos milhares, mas parece que arranjam sempre comprador.!
Sim, sim, refiro-me ao "centro histórico".
Há realmente um problema neste pais, que tem a ver com a forma como as coisas são conduzidas.Verifica-se com grande regularidade individuos a conduzir o que não deviam.
o problema do centro histórico não é tanto o preço das casas, mas sim o estado em que se encontram :s
Sem dúvida SB.
O estado de degradação dessas casas, associado á problemática das térmitas, faz com que as obras necessárias custem demasiado dinheiro.
Como resolver?
bom o Governo tem feito algumas aproximações à temática. promulgou um decreto legislativo regional com apoios financeiros à reabilitação de imóveis nos centros históricos infestados por térmitas e promulgou, de igual modo, um diploma de apoio ao arrendamento jovem também para os centros históricos que previa uma comparticipação na recuperação dos imóveis. O problema é que os dois diplomas ficaram na gaveta (e na gaveta de alguém com grande capacidade, diga-se desde já ;)) porque não foram acauteladas uma série de situações que os tornam inexequiveis. depois há sempre a velha questão política do conflito de competências entre autarquias e governo. os departamentos do governo envolvidos nestas questões não se entendem quanto mais relativamente às autarquias.
seria necessária muita vontade política algo que em ano de eleições nunca se vê.
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