Não têm sido raras as vezes, que manchetes de jornais e aberturas dos noticiários fazem eco de assaltos a bancos, por vezes, com sequestro de pessoas.
Pois bem, este post visa abordar a outra face da moeda; a sociedade está refém dos bancos, por via do seu sobre endividamento e de empréstimos cujas prestações já chegam aos 50 anos.
Todos reconhecemos a importância das instituições financeiras, dos Bancos, pois nos dias que correm já não há “espaço” debaixo do colchão onde arrumar o que sobra da féria.
Na realidade, pouca margem de manobra existe para a “confecção” de um pé-de-meia, pois os preços dos bens e serviços, vulgo inflação, sobem a um ritmo que não é acompanhado pela subida dos salários.
O pouco que sobra, logo é alvo da atenção dos Bancos, prometendo-nos bons Fundos de Investimento, e uma rentabilidade acima da média (dos Depósitos à Ordem, entenda-se).
Dão-nos um plafond que vale por três salários, cartão de crédito para consumir e pagar depois, facilidade e rapidez na concessão de pequenos créditos. Até nos mandam para casa cheques de créditos já aprovados, que nunca solicitamos. São os Bancos, sempre atentos e disponíveis para pôr a nosso dinheiro a rolar para render.
Os bancários e os banqueiros, já não fruem do estatuto de outrora. Agora é mais “OPA´s e champanhe”, e um chorrilho de objectivos para os funcionários cumprirem.
Tais objectivos visam caçar o dinheiro dos clientes do Banco, tornando o Banco, não só o fiel depositário do nosso dinheiro, mas antes um verdadeiro gestor, que faz questão de tomar nas suas mãos o destino de tal verba.
Quando se viram diante de taxas de juro baixíssimas, logo trataram de chamar os clientes, proporcionando-lhes um atendimento personalizado e acenando-lhes com prestações mensais de saldo (que sabiam não poder manter), exigindo como garantia do empréstimo, “apenas”, um seguro de vida……todos compraram casa.
Os empreiteiros e as mais que muitas imobiliárias, foram convidados a ser parceiros dos Bancos, nessa caça ao potencial comprador de casa, com os Bancos a oferecerem uma percentagem do total do empréstimo aos seus parceiros (caçadores) por cada presa que lhes levassem.
Depois, quando tudo subiu, o atendimento passou a ser mais difícil, as cartas do banco já não desejavam “Boas Festas”,antes alertavam para as prestações em falta, e o perigo de perder a casa. Desapareceu o crédito e apareceram as, naturais, dívidas.
Agora, passados que estão alguns anos dessa “época dourada”, é ver os bancos com uma frota de automóvel que já merece parque de exposição em via pública, e com tanta casa, que já justificava uma sub empresa de arrendamento…….......já não sobram muitos a quem conceder créditos, pois se a taxa de esforço aconselhada é de 30% do rendimento familiar, o actual estado de endividamento da generalidade das famílias, já não conhece margem de manobra para nova concessão….hã, só temos uma vida, só a podemos empenhar uma vez.
Vamos ver como isto evolui! Mas por este andar, se a Banca espanhola compra as dívidas dos portugueses – que é como quem diz, a Banca portuguesa –, ainda nos enviam para casa um panfleto publicitário com a seguinte pergunta;
Se você vir perdoada a dívida que tem a este Banco, aceita tornar-se cidadão espanhol?
4 comentários:
A altura nã podia ser a melhor para fazeres este post. Ao mesmo tempo que o estou lendo, estou tb ouvindo os "nubentes" no Prós e Contras. Gostei particularmente de saber que tiveram ganhos de 9 e 24 milhões de euros/ano, para serem distribuídos por 9 administradores. Isso é que é uma vidinha!
Para ir de vez para o fim do teu post, diria que se fosse para benficiar dos preços mais baixos que se praticam em Espanha (basta ver a malta que mora nas zonas fronteiriças que vai abastecer-se a Espanha), então que seja. Agora, acho que os espanhois não iam querer que os portugueses se tornasses cidadãos de Espanha. Porque isso implicaria ter os direitos. No quadro que pintas, os portugueses só têm deveres em relação a Espanha. Olé!
PS: acho que vi o pai natal na plateia do prós e contras. A vida tb não deve estar fácil lá no polo norte.
bom se isso significar ter acesso ao guarda roupa da letizia, ter tapas e champanherias em qualquer esquina dos centros, ter o gourmet do el corte inglés em p.delgada e chocolaterias de qualidade por todo o território nacional, sim eu quero! até porque a hola já se encontra em qualquer prestigiado consultório médico e 70% da indústria da moda existente em portugal já vem de lá.
hablar em castelhano é que não. por favor.
Caro Rui, os Bancos pavoneiam-se, todos os anos, com a vitalidade dos seus resultados, vulgo lucros.
Deviam era pagar mais impostos, para haver uma distribuição mais equitativa da delapidação do património dos portugueses.
Atenção, eu não branqueio, aqui, a responsabilidade de quem recorre a empréstimos, pois cada um deve ponderar qual o seu grau de esforço, e quais a obrigações que pode cumprir.
Mas existe um claro aproveitamento dos Bancos, relativamente a quem sofre de alguma iliteracia....
...então quer dizer que este ano o Pai Natal não vai ter subsídio de Natal?.....ou será que vai trazer no saco a publicidade do "Millenium BPI?!
Cara Sb, há muitas vantagens em ser espanhól, e já apontou algumas. Eu acrescento um salário minimo nacional na ordem dos 750 euros (em portugal são 403 euros), o que eleva o nível de vida, pois tb têm preços de bens e serviços, por exemplo nos combustíveis, inferiores aos nossos.
Mas, como em tudo, há "prós e contras" ;)
pedro, que se lixe o salário minímo. em espanha (algumas regiões, não todas) podes ganhar 1200 por um part-time numa loja de roupa.
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há dias em que não sei o que faço aqui :(
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