03 fevereiro 2008

A Justiça, à Luz do novo CP

A mesma fonte (DN) também destaca o facto de “Assaltantes de namorados saem em liberdade”. Ao lermos as letras mais miúdas, percebemos que 4 jovens com idades entre os 22 e 29 anos, que se dedicaram a assaltar jovens casais, “atacando as vítimas com tacos de basebol, ameaçando-os com armas de fogo. Num dos casos, sequestraram a rapariga e deixaram-na a quilómetros de distância.”, saíram em liberdade, depois do Tribunal de Esposende os ter condenado a 5 anos de prisão com pena suspensa.
Pode ainda ler-se que, embora na sentença esteja escrito que “infligiram às vítimas um sofrimento que dificilmente vão esquecer”, também considera que “só a ameaça da pena”, será “suficiente” para os manter afastados de novas práticas criminais.

Como atenuantes, estes jovens tiveram a seu favor (segundo a noticia) a sua idade, o facto de terem alegado que agiram sob o efeito de álcool de drogas, em “momentos de loucura”, bem como terem confessado e pedido desculpa às suas vítimas, logo na primeira sessão de julgamento.

Será “suficiente”?

4 comentários:

Anónimo disse...

Camarada, um país que anda à decadas a tratar mal quem faz bem, tem toda a legitimidade para tratar bem quem faz mal.

Imagine que um dos namorados,.... a rapariga,.... irada, consternada, vilipendiada, e pior, coisa que as mulheres detestam,ignorada, arranja um sorriso novo a um dos "jovens", pode ser com um taco de "baseball", o que é que acontece em seguida:

Vai presa por premeditação.

Sai em liberdade se pedir "desculpa".


Parece-me que estes juizes ignoram algumas matrizes da boa educação, entre elas, aquela que diz que as desculpas não se pedem, evitam-se, .....parafraseando.



Agora eu:

..será que os juizes namoram?

Rui Rebelo Gamboa disse...

Camarada, um ponto de vista mui sui generis, como costume. Mas também como sempre, acertado.

Eu, por mim, digo: coitados! Então? Estavam sob o efeito de álcool e drogas e isso desculpa (quase) tudo.

Já agora, relativamente àqueles jovens que foram assassinados em Rio de Mouro, ouvi essa grande referência sociológica mundial, diria eu, que é o Manuel Luís Goucha, dizer que grande parte da culpa é da sociedade como um todo, porque não os fez sentirem-se portugueses. Segundo as suas palavras, não se sentem nem portugueses, nem dos países de origem, por isso têm esses comportamentos. Genial!

Nestum disse...

Venham as milícias populares!!
É que já ninguém tem medo/respeito da polícia, do tribunal, do juíz, da lei.
Ontem lia no AO que "Grupos de jovens assaltam estudantes nas áreas circundantes à Escola Domingos Rebelo" e que, segundo adianta o jornal, os pais ja consideram a hipótese de constituir uma milícia.
Sinceramente, eu aprovo!
Se os marginais não respeitam a polícia, que como toda a gente sabe, tem cada vez as mãos mais atadas para actuar, aposto que respeitarão um maluco prestes a fazer justiça pelas próprias mãos.
Pelo menos jogam ao mesmo nível.

O povo que saia à rua, que por este andar, não há dúvida que haja quem deseje o antigo regime.

abraços

Anónimo disse...

A particularidade que melhor caracteriza alguns dos nossos grandes comunicadores resulta destes militarem à muito tempo na grande corrente política, designada como "Centro Traseiro"