Desde a morte de Mao Tse Tung, em 1976, que se tem vindo a verificar uma certa “desmaoização” do Partido Comunista Chinês, bem como uma crescente abertura e aceitação do modo de vida Ocidental.
Ainda assim, o PC Chinês continua a blindar os seus cidadãos contra tudo o que julguem poder atentar contra algumas das principais premissas que sustentam as suas ideologias e ideal de sociedade.
A prova mais recente vem descrita no DN deste Sábado, numa pequena notícia intitulada, China lança regras para cantores rock. Depois, ao ler um pouco mais, percebe-se que as regras serão para artistas estrangeiros e para os concertos dados por estes no país.
Ao que parece a “necessidade” destas novas regras, surgiu depois de Bjork (verdadeira artista, de quem muito gosto) ter dado um concerto em Shangai, onde interpretou o tema Tibet, Tibet ao que parece de forma controversa, devido à poderosa performance que acompanhou a referida canção, que declara independência ao território anexado pela China nos anos 50.
Logo veio o Ministro da Cultura Chinês dizer que atentar contra a lei magoa os sentimentos do povo, apressando-se a declarar que tais medidas/regras pretendem prevenir situações semelhantes no futuro. Importa referir que falar da independência do Tibete é tabu na sociedade chinesa.
Tenho pena que não tenham perguntado ao dito Ministro se se estava a referir aos “sentimentos” do povo Tibetano.!!!...............................e, tb tenho pena de não ter podido ver este concerto.
4 comentários:
É impressionante como, contra e tudo e contra tudos, o regime continua a fechar-se. E, contrariando todas a maioria das teorias da transição para a democracia, o regime chinês tende a não enfraquecer.
e até o capitalismo arranjou maneira de emular o grande timoneiro: li há dias sobre a incapacidade de os líderes empresariais escolherem os seus sucessores, naquilo que se chamava o "síndroma de Mao". desconfiados de tudo e todos, preferem eternizar-se nos cargos até à morte, ou ao alzheimer :D
Um velho habito da Bjork. Não foi a primeira vez, não será a ultima de certeza.
Um abraço
Camarada, a Bjork quando vier a Portugal vai ouvir das boas do nosso ministro Pinho.
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