27 dezembro 2008

Electrelane, noch ein mal


Porque o Natal trouxe-me uns headphones xpto, regresso às raparigas de Brighton, UK. Com efeito, Electrelane é o projecto que mais me cativou musicalmente nos últimos anos, não porque são quatro miúdas que têm a mania que são muito feministas, que admiram a Simone de Beauvoir, ou porque acham que as mulheres deviam ter uma quota de representação na política. Aliás, até acho piada a isso, claro que sei que estão profundamente erradas, mas acho-lhes inconsequentemente engraçadas neste aspecto.

O que admiro neste quarteto é, antes de mais, o facto de gravarem ao vivo. Quer isto dizer que gravam em estúdio, mas não um instrumento de cada vez, mas sim aquilo que tocam. E isto confere-lhes um elemento de falibilidade, que torna o seu som cru e verdadeiro. Depois e talvez mais importante a energia melódica das suas músicas, com uma linha de baixo marcante e palpitante, o obrigatório farfisa e guitarradas estridentes que vão subindo de intensidade até atingirem o clímax (típico, se tivermos em conta o primeiro parágrafo) É evidente que têm influências, desde logo Sterolab, mas também dá para ouvir algum Sonic Youth e até Joy Division. Mas o resultado final é um som genuíno, com ganas, viciante, por vezes nebuloso, mas sempre poderoso.

2 comentários:

Paulo Pereira disse...

Fiquei curioso, só que não consigo ouvir o vosso leitor de música.
Já agora, lanço um desafio, por que não fazer uma lista dos dez mais de 2008?

Rui Rebelo Gamboa disse...

Caro Paulo,

Não vês na barra lateral um ligação que diz "electre-lane"? Se clicares aí vais parar à minha página no imeem onde podes ouvir. Senão, manda-me um mail que envio-te um cd gravado, sem problemas ;)