Embora este post fosse, na sua ideia original, apenas para ser publicado no Facebook, decidi reescrevê-lo aqui, pois sei que Raymond Chandler está, também, na lista de favoritos do colega Gonçalves.
A imagem surge ao ouvir e ver as big bands no youtube, Benny Goodman, Gene Krupa, etc. e, mais precisamente, o Dave Brubeck Quartet com o tema Take Five. Apesar de haver aqui um hiato de tempo considerável, entre o auge das big bands, o universo de Marlowe e Take Five, parece ser a banda sonora ideal para este imaginário, com Bogart a fazer de Marlowe, Bacall na pela da mulher e num ambiente de film noir:
“A tarde tinha sido passada a dormir no escritório. Pelas 20h00 o telefone toca. Marlowe atende – mal consegue falar, tem a boca seca, por isso bebe um trago do segundo copo de bourbon que ainda estava na mesa. Vilma nem lhe tinha tocado. Do outro lado uma voz de mulher ofegante diz: “Encontro-te no Louie’s dentro de meia hora” e desliga. Marlowe acaba o pouco que ainda tinha no copo, derrama mais uma dose, que bebe duma vez. Certifica-se que a sua .38 está carregada. Acende um cigarro e faz-se à estrada. Estaciona o enorme Packard em frente ao Louie’s. Entra directo ao bar e pede um whiskey duplo sem gelo. Enquanto espera pela bebida, uma mulher sussurra-lhe, numa voz quente: “Não te vires, eles estão a olhar”. Marlowe obedece. Recebe o seu copo e paga. No palco do Louie’s, a banda começa a tocar…”
A imagem surge ao ouvir e ver as big bands no youtube, Benny Goodman, Gene Krupa, etc. e, mais precisamente, o Dave Brubeck Quartet com o tema Take Five. Apesar de haver aqui um hiato de tempo considerável, entre o auge das big bands, o universo de Marlowe e Take Five, parece ser a banda sonora ideal para este imaginário, com Bogart a fazer de Marlowe, Bacall na pela da mulher e num ambiente de film noir:
“A tarde tinha sido passada a dormir no escritório. Pelas 20h00 o telefone toca. Marlowe atende – mal consegue falar, tem a boca seca, por isso bebe um trago do segundo copo de bourbon que ainda estava na mesa. Vilma nem lhe tinha tocado. Do outro lado uma voz de mulher ofegante diz: “Encontro-te no Louie’s dentro de meia hora” e desliga. Marlowe acaba o pouco que ainda tinha no copo, derrama mais uma dose, que bebe duma vez. Certifica-se que a sua .38 está carregada. Acende um cigarro e faz-se à estrada. Estaciona o enorme Packard em frente ao Louie’s. Entra directo ao bar e pede um whiskey duplo sem gelo. Enquanto espera pela bebida, uma mulher sussurra-lhe, numa voz quente: “Não te vires, eles estão a olhar”. Marlowe obedece. Recebe o seu copo e paga. No palco do Louie’s, a banda começa a tocar…”
4 comentários:
ALERTA:O RUI ANDA A LUÍS-ALMEIDIZAR-SE
Caro Rui
Relações hipocritamente interessadas, jogos de sedução, gestos voluptuosos, olhos felinos, intrinsecamente sexuais, códigos de conduta flutuantes, numa década carpe diem. Bem lembrado e melhor escrito!
No dia em que o Almeida conseguir escrever qualquer coisa seu, qualquer coisa que seja, pode-se dizer que alguém que escreve se está a almeidizar. Mas, aquilo que se vê é que o ALmeida nem sabe escrever. Lá pq ele é funcionário duma livraria, não quer dizer que sabe escrever, ou que sabe de literatura. Ele sabe em que estante estão os livros e conferir guias de remessa ... mal ou bem, já não sei. Mas escrever, não. Plagiar, talvez.
Já tinha saudades de falar do Almeida...porque não leh convidam de novo? Uma pessoa sempre se ria um bocadinho.
Não deixa de ser curioso que os colaboradores deste blog, sempre tão ciosos da honra das suas pessoas e das suas ideias e que se ofendem tão depressa com simples provocações, permaneçam silenciosos perante o insulto gratuito do senhor Gaspar Ramos a um antigo colaborador.
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