10 outubro 2010

Après moi, le déluge!


O ex-presidente Jorge Sampaio é o avô da bancarrota que assola o país.

Foi este homem que depôs um governo estável, suportado por uma maioria absoluta consistente, legitimada segundo as regras constitucionais, por razões que se dispensou de enumerar, e porque havia vida para além do défice, escudando-se no uso legítimo dos poderes de que se encontrava investido na altura, empurrando-nos para o atoleiro em que vivemos.

Emergiu, agora, das catacumbas do esquecimento para uma tirada acaciana sobre a diminuição dos prazos para dissolução da Assembleia da República.

Mantendo a boa linha dos seus sonolentos e inócuos discursos, e como costume, nada disse que todos nós não saibamos e, na banalidade, não proferiu uma palavra que apontasse uma solução credível para aquilo que iniciou.

Pior, quanto a mea culpa, foi republicano e socialista, inerte como se nada fosse com ele.

Tratou-se, pois, e apenas, de uma declaração de existência, para mero consumo intestino do partido que nunca abandonou, tendo em vista a determinação sucessória, no pressentimento do arquejo do moribundo.

De certeza que não é melhor mudar o regime?

16 comentários:

Anónimo disse...

O Fujão Burroso é que devia ser chamado às responsabilidades. Afundou esta merda toda.

Anónimo disse...

Uma maioria estável? Um governo de coligação, cujas personagens do maior partido desta coligação recusaram fazer parte do governo?

Pessoas como a senhora Manuela Ferreira Leite que viria a ser lider do partido?

Pessoas a assinarem textos contra Santana como foi o caso de cavaco Silva?

Chama a isto uma maioria estável?

Anónimo disse...

Este blog é demasiado fanático.
Beta cabrá, beta cabrá.
Vão lamber sabão. Dizem querer defender a liberdade de expressão.Perspectivam ameaças judiciais, dizem disparates que não cabem na cabeça de ninguém. Insultam um democrata como Jorge Sampaio, etc.etc. recordam o 5/10 como dia da nacionalidade, brigam com os que defedem a Independência dos Açores, falam mal dos açorianos mas, como têm filhos nascidos cá não dizem em voz alta sempre na esperança de arranjarem comboio para embarcarem já que não sabem nadar. São militantes de partidos republicanos que não admitem o referendo sobre o regime político mas, defendem com ardor a monarquia (a absolutista e a constitucional, tal é a ignorância).
Vão trabalhar.

Anónimo disse...

D. Duarte Pio é um democrata cujo lema é pensar em Portugal, sem qualquer atitude que prejudique A ou B ou beneficie A ou B. Viva o Rei!

Anónimo disse...

Não sei que regime é que querem mudar, se o republicano, se a ditadura dos dois partidos PS/PSD?
Quanto há Republica, deixem estar já que para Reis já bastam os actuais, PR, tanto Soares como Sampaio ou Cavaco são figurões de retórica que nunca deviam ter existido.
Eu estou plenamente de acordo com a desmascara-são da falsa imagem de boa pessoa que tem Sampaio, só que é por outros motivos que não a saída de Santana de cena,( embora concordo que a mudar era quando Durão Barroso fugiu para o poleiro da Europa).
Sampaio é falso, pois faz-se amigo de Deus e do Diabo, mas no fundo está sempre do lado do Diabo, no seu Reinado( pois infelizmente com excepção de Eanes os presidentes têm-se rodeado de mordomias de autênticos Reis(e é esta prática que tem que ser combatida, e não querer combater o erro com o reforço do mesmo, que seria a Monarquia.)
Com isso não podemos fazer jogos de mera "clubite" julgando que o PSD é melhor porque é do nosso Partido, quando no fundo ele são iguais( ou têm alegremente contribuído ao longo dos últimos 35 anos para uma mesma politica contra o Povo).

Anónimo disse...

Pelo que se lê nos comentários parece que os socialistas se dao mal com a liberdade. deve ser a tal ética republicana.

O Regedor disse...

Realmente não sei o que se passa com este blog e com a sua evolução de uns anos a esta parte.
Anda com opiniões completamente alienadas, em delírio. Como esta de que o governo de Santana Lopes era um governo estável e apoiado por uma maioria consistente. Cada um vê o que quer e eu, como costumo vir aqui, tenho visto vezes demais estas opiniões delirantes.
Por mim dispenso-as de forma rotineira. Passarei a cá vir de meses a meses, a ver se arejou.

Vendo de outra perspectiva, eu estou desfazado do que se escreve por aqui, isto é, o problema sou eu. Mesmo assim, a solução parece ser a mesma.

Até daqui a uns meses.

Cumprimentos

Anónimo disse...

Ò Gonçalves
não se preocupe com a mosca. O regedor da freguesia não sabe interpretar as regras constitucuinais. Força na denuncia

José Gonçalves disse...

Caro "Regedor"

De facto, por aqui andamos alienados nos últimos 5 anos, apesar de o blogue ser mais recente. Reflectimos o país.
Mais a sério, a liberdade é uma coisa do caraças. Incomoda, não é? Porque somos livres e responsáveis, exercemo-la sem termos que justificar as nossas opiniões, mesmos que sejam consideradas asneiras pelos leitores. Por isso, contrariamente a outros, jamais nos refugiaremos em qualquer anónimo pseudónimo. Por isso este blogue está aberto ao contraditório.
Tenha a certeza de que será bem vindo à leitura... daqui a uns
meses.
Cumprimentos

Anónimo disse...

A verdade a cima de tudo, de facto apesar da doentia, sectária propaganda(encomendada pelo PSD)politica partidária, o blog permite o contraditório e nisto tem os meus parabéns...
Mas já agora experimentem a ver o outro lado da verdade, ou tão só a olharem também para as asneiras do PSD.





















)

Rui Rebelo Gamboa disse...

Bem, vou falar para o regedor em vão, já que só daqui a meses é que ele volta. Mas isso de dizer que está tudo mal sem argumentar minimamente é típioco de quem sabe que não tem razão à partida, mas que ainda assim prefere botar palavra. É que infelizmente e em alguns meios nos Açores ainda há quem seja admirado só por dizer umas palavras bonitas sem conteúdo, são os chamados populistas. Mas aqui, não pega!

Anónimo disse...

Boa, Rui

esse regedor tem um daqueles blogs da treta com muita fotografiazinha, sem ideias, a flar de festinhas. muito socialista na propaganda de gastar dinheiro alheio em comezainas

Rui Rebelo Gamboa disse...

Eu gosto do blogue do Regedor.

Anónimo disse...

Lá está eu sou livre como voçes e nao gosto. é a tal liberdade que vçes no blog reclamam.

O Regedor disse...

Esta "coisa" dos blogs é um fenómeno muito interessante.
Quase sempre que algum comentador discorda do que escreve o autor do post, começam logo os argumentos acerca da liberdade e do anonimato. Do tipo: "a liberdade é uma coisa do caraças. Incomoda..."
Não percebo o interesse da argumentação do José Gonçalves sobre estes dois temas.
Eu apenas questionei a alteração do conteúdo deste blog e não se a liberdade chateia ou não.
A mim a liberdade nada me incomoda. É assente nessa liberdade que o José escreve aquilo que quer e que eu possa o ler apenas de meses a meses.
Quanto ao anonimato: em nada mudaria a minha opinião por se saber o meu nome em vez do nickname Regedor. Acredite.

Quanto ao mais, não tive tempo nem paciência para expôr as minhas razões de futura não leitura. Contudo, pensando de novo, tendo em conta que gostava de ler este blog e que já o leio praticamente desde o início, sinto-me quase que em dívida para com "A maquina de lavar" pelos momentos de boa leitura passados, devendo então as devidas explicações (resumidas).

Nos últimos meses ou talvez um ano, os posts andam cada vez mais sectários e afunilados. Apenas são criticadas as borradas do governo ou do PS e da extrema esquerda. Raramente se toma nota das borradas do PSD. Preferia que os autores, alargassem o seu espírito crítico a todas as áreas políticas. Parece que acontecendo algo, interessa conhecer o que aconteceu e seguidamente saber qual o partido que a provocou. Aí, se da tombola sair PSD não se fala mais nisso, se sair PS toca a postar.
Faz-me confusão essa postura de pouca imparcialidade, visto que no passado, neste blog, não era assim. Ou pelo menos tão assim.

Cumprimentos

ps. voltei um dia depois, mas continuo a pensar voltar apenas daqui a uns meses.

José Gonçalves disse...

Caro "Regedor"

Em primeiro lugar, nada tenho contra o facto de se refugiar num pseudónimo, embora em prefira que os autores dos blogues dêem a cara, como exemplo. Mas, lá está, é a tal liberdade de que falamos. Terá as suas razões e serão respeitáveis certamente.

A expressão foi utilizada, admito, como estilete, em resposta ao seu epíteto directo de "alienado" e "delirante" só porque eu, ao apontar as acções do ex-presidente Sampaio e, reforço, ACÇÕES, lhe quis imputar o ónus da interpretação dúbia sobre o exercício dos poderes constitucionais que estão conferidos ao Presidente.

Nessa medida, a acção ou a inacção do ex-presidente Sampaio, consoante o primeiro-ministro era ou não socialista, foi por demais evidente. Foi o caso do tratamento diferenciado dado a Guterres e a Santana. Guterres foi sustentado por ele até ao limite, sendo o próprio que por sua iniciativa saiu, devidamente atolado no pântano, para usar a sua expressão. Sampaio, durante anos, foi inane.Quanto a Santana, depois de aceitar a sua nomeação, tratou de retirar-lhe o tapete. Se conspirassemos, diriamos que o fez de propósito para beneficiar o seu próprio partido, mas eu gosto de factos e, no post, limitei-me a fazer constar factos que ligam Sampaio à pior governação do país desde a normalização da democracia, e que ele, por inacção ou, se quiser, por opção na interpretação dos poderes presidenciais permitiu, com a excepção referida.

Depois, e remeto-o para o que escrevi, falei sobre o governo estável e a maioria consistente. E eram-no sob o prisma constitucional e, no momento, também político. Foi Sampaio, com a sua excepção interpretativa, quem quebrou a normalidade, ainda por cima (à Chavez, pase o exagero) sem qualquer justificação plausível.

Foi presidente entre 1996 e 2006, está ligado ao pântano de Guterres e à bancarrota (financeira, política, ética, moral) de Sócrates. Serei eu o alienado e delirante?! Depois de ver um bocadinho do Prós e Contras de segunda-feira...

Sou anti-ditaduras. O PC e o BE, para mim, representam ideologia ditatorial. Logo, combato-os. É um direito democrático que não teria se eles fossem governo e, digo-o pela primeira vez publicamente, sofri as perseguições de 1975. Sei, pois, o que é que eles representam na pele de cordeiros. Delírio meu, concerteza!

Indo longa a prosa, e bastando ler os meus escritos, é injusto que pense que tenho temas tabu, ou melhor tenho apenas dois: não falo da minha vida intíma e não falo de Justiça, por razões de convicção, a primeira, por razões profissionais, a segunda. No mais, se lê os meus escritos, verificará que abordo temas bem melindrosos e, mutas vezes, tenho sido o primeiro a chamar os nomes às coisas. Logo, quando tiver de abordar outros temas, pode ter a certeza de que o farei.

Na certeza de que continuará a visitar-nos... assiduamente
Cumprimentos

** texto escrito de uma assentada, sem correcções, perdoe-se, assim,
qualquer erro.