08 outubro 2010

Denegriram Vargas Llosa

O prémio Nobel da literatura começou a perder crédito a partir da década de 60. Sobretudo. A partir dessa altura, a influência política e a ideologia dos candidatos passaram, quase sempre, a serem determinantes na respectiva atribuição. És de esquerda ou próximo? Toma lá o "nosso" prémio para promoção pessoal pela dedicação à "causa".

Nos últimos 45 anos, a qualidade literária de Kawabata, Beckett, Bellow, Grass, Naipaul, Kertesz, Herta Muller e, agora, Vargas Llosa, por si só, é demasiada para ficar confinada a este prémio e justificar a sua existência, nos actuais moldes, porque atribuído normalmente a desconhecidos sem qualidade ou por escolha estritamente política.

Para escritores geniais como eles, é um presente envenenado, logo dispensável, pois a sua literatura não precisa deste tipo de colagens e, muito menos, de promoção de vendas, porque cada um deles, com ideias políticas bem diferentes, existe por si próprio.

A boa literatura impõe-se por si. Misturá-la com a das influências e com os influenciáveis é crime que convida à iliteracia.

Mario Vargas Llosa não precisava disto para ser lido ou para mostrar que tem qualidade. Basta lê-lo, para perceber. Desta forma, é quase um assassínio de carácter.

Se, no próximo ano, atribuírem o dito prémio a Philip Roth, talvez, e repito, talvez, seja um sinal de que a Academia Sueca percebeu o erro em que anda a laborar e se quer reabilitar.

Até lá, fica o estigma ao premiado.

7 comentários:

Carlos Faria disse...

Que o Nobel da literatura tem sido por vezes atribuído a pessoas mais com objectivos políticos do que pela qualidade intrínseca da sua obra, penso que é verdade.
Discordo que fique denegrido quem com qualidade literária ganhe o prémio Nobel, tal acontece com Vargas Llosa.
Volto a concordar que a academia está a tempo de no futuro evitar repetir os erros do passado, tal não tem necessariamente de passar por Roth (mas não impede que passe).

Anónimo disse...

quando ganha o José Andrade o Prémio Nobel da vilania inteletual?

Anónimo disse...

Quem é o José Andrade?

Anónimo disse...

O José Andrade é aquele gajo que fala com trejeitos amaricados.

Anónimo disse...

qués dizê trejeitos amaricanos???

Anónimo disse...

Um prémio é sempre subjectivo e dado com as escolhas de quem o dá, querer ver fantasmas de associar o prémio à esquerda é uma mania que roça o "psicótico" e esquece que a direita se encontra em maior numero representada nestes círculos,mas de esquerda e direita se fala?
É mais um post falhado preconceito e demagógico.

Anónimo disse...

isto já cheira a regedor anónimo