20 novembro 2010

A dívida da Praia


A administração da Câmara Municipal da Praia da Vitória conseguiu, no final de 2009, ter uma dívida total de quase 29 milhões de euros, para um universo de cerca de 20 mil habitantes. Convém também dizer que a empresa municipal Praia em Movimento não tem disponível, como é legalmente exigido, os relatórios e contas de 2009. E também é interessante referir que a auditoria do Tribunal de Contas de Maio de 2010 ao município praiense afirma que “considerando a globalidade dos empréstimos em curso e tendo presentes as excepções legalmente previstas, à data de 31-12-2008, a capacidade de endividamento a médio e longo prazos utilizada era de 98,99%” Tendo em conta que a dívida da Praia da Vitória aumentou consideravelmente de 2008 para 2009, a frase do TC assume uma importância indisfarçável.

No entanto, fica a certeza que a vida não é fácil para o poder local devido à guerra aberta que o governo de Sócrates, com a complacência de Carlos César, faz aos municípios e, em particular, aos municípios açorianos.

8 comentários:

Carlos Faria disse...

Este post faz-me pensar em vários aspectos diferentes:
1 - A guerrilha política onde cada um com telhados de vidro vê as dívidas do município do outro ou da cor que pretende denunciar. Como este mal é geral a todo o território, haverá sempre um município de qualquer cor sujeito a esta denúncia pelo TC.
2 - O mal cresceu exponencialmente com o corte continuado ao longo dos anos das receitas dos município e por vezes acompanhado pelo aumento de exigências atribuídas ao poder local por ausência do central ou regional, os pais dos mesmo cortes.
3 - A legalização de um esquema contabilístico nacional e julgo que mesmo europeu que permite esconder dívida pública através das empresas públicas, o que automaticamente fez com que as entidades competentes transferissem para estas acções cujas restrições contabilísticas de outra forma não lhes permitiam endividar-se do mesmo modo.
4 - A hipocrisia institucional que permite legalizar esquemas deste género que vão sair caríssimos às gerações vindouras e sem o castigo político ou mesmo criminal de quem comete este atentado contra os princípios básicos de uma economia saudável.

Rui Rebelo Gamboa disse...

Estou completamente de acordo com todos pontos, sem excepção. Mas é esta a nossa realidade e é com ela que temos que viver e lidar.

Eh pá, tem tino nessa cabeça! disse...

E a dívida GRANDE de Ponta Delgada?

Tino...de Rãs disse...

e a dívida astronómica da saudaçor e dos hospitais?

Anónimo disse...

Mas a dívida da saúde é para fazer festas no campo de São Francisco?

Anónimo disse...

Quem pagou as castanhas e a vinhaça nas Portas Mar?

Anónimo disse...

Massa crítica para o açor de cultura da Cambra de Ponta Delgada Zé Andreade é o mesmo que um grupo de cidadãos conspiradores e mal-dezentes.

Irra que o homem é intelectualmente maduro.

Anónimo disse...

A divida da saúde é para que?

Para a pouca vergonha a que se assiste com cortes e outras vergonhas do PS?