28 dezembro 2011

A mentalidade portuguesa e o trabalho

O português pensa que nasceu no paraíso onde a árvore de todos os frutos está à disposição de todos, onde não é preciso colhê-los, mas esperar que caiam no prato, onde todos têm direitos mas nenhum dever, onde o consumo desregrado e irresponsável é a ordem do dia e onde o trabalho é para os outros.

Alguém conhecido, que tem um olival com tamanho e qualidade suficientes para uma boa colheita e produção mais que capaz para alimentar um número avantajado de concidadãos, não conseguiu pessoal, a quem pagaria a jorna, para apanhar a azeitona.

Então, fez notícia de que daria a azeitona a quem quisesse apanhá-la. Mesmo assim, ninguém a quis.

No entanto, são milhares os candidatos ao Banco Alimentar contra a Fome.

A comida no pacote é mais fácil de comer e não suja os sapatos.

7 comentários:

Anónimo disse...

Interessante pensamento, uma forma caprichosa de não querer compreender as razões do problema, mas unicamente aproveitar a oportunidade para dizer que o Povo Português é malandro e não quer é trabalhar.
Dizer e encontrar os responsáveis por se ter abandonado a agricultura as pescas, as indústrias de extracção e outras nada...
É muito fácil pegar num exemplo e tomar a parte pelo todo, sem explicar as razões das coisas, quem ler isto até vai pensar que não há desemprego, que a diferença entre pobres e ricos não está a aumentar, etc etc.
porque não diz quem foram os responsáveis pelo consumismo?
É um raciocínio fácil, tão fácil que sempre se acerta, pois à sempre alguém que não quer ou não está motivado para trabalhar, mas será isto uma explicação sociológica estruturada?
Certamente que não, mas não é inocente e nisto é "criminosa", numa altura destas em que se retiram direitos, se diminui os ordenados, se facilita o desemprego, se obriga a trabalhar de graça, etc, etc...
Estas ideias são cerejas em cima do bolo, daqueles que querem trabalho escravo e que pretendem levar a luta de classes(ao contrário)para um tempo inusitado.
Será que a mente capiciosa deste senhor, não vê outro tema para debater?

Anónimo disse...

Se o rendimento mínimo garante a comidinha porque haviam de ir trabalhar? Os portugueses sao bon a trabalhar no estrangeiro porque lá só o trabalho garante rendimento. Ole hoje os repatriados ficaram muito contentes com a casa que o Cesar lhes arranjou. Quem nao ficava? Violam as leis de poutro país e são corridos de lá e depois chegam cá e têm casa, comida e roupa lavada tudo pago por nós. que maravilha de país. Grande César a luta de classes é isto!
Apoiado Gonçalves! A malta nao que mesmo é trabalhar.

Anónimo disse...

Caro anónimo das 16.22
Você ficou todo contente porque arranjou um exemplo para aplaudir o José Gonçalves, tudo bem, agora compreender o problema é bem mais do que isto...
Porque razão atira o não querer trabalhar, para um conjunto de pessoas, o Povo de que(suponho eu) faz parte, sem contribuir com ideias úteis para o problema e esquecendo-se dos que recebem rendimento máximo, como o foram os amigos do PSD do BPN, e todos os poderosos deste País, mas sobre este nada(será por medo, ou por querer comer da mesma malga?).
O caso dos emigrantes continua a ser um caso único, que ao contrário do caso de JG,tem uma realidade diferente(não conheço e não sei se foi bem resolvido)seja como for talvez o convite de Passos Coelho para as pessoas emigrarem sem se criarem as condições necessárias para tal, possam fazer acontecer muitos casos desses e depois virá Passos Coelho ou os seus seguidores(quiçá você) a dizer que salve-se quem puder que não têm nada a ver com isso pois governantes como estes não só, não entendem nada de governação, como quando dá para o torto, que Deus resolva...
A luta de Classes é a ofensiva da Burguesia querer retirar todos os direitos que foram conquistados com luta, e não o servilismo de quem aceita tudo em beneficio dos poderosos e ao contrário quer retirar os direitos daqueles que efectivamente trabalham e criam riqueza...
Se tivessem que trabalhar, se calhar estavam mais preocupados com o ataque que se está a verificar nos ordenados e no aumento do desemprego e não tudo inventarem para deitarem abaixo quem trabalha, pois os que recebem subsídios são os apoiantes que fazem com que em trinta anos, ganhem as eleições sempre os mesmos, com os apoios corruptos das empresas, que recebem em troco, os chorudos subsídios, e as grandes negociatas, como são as Parcerias Público privadas e os arranjinhos dos políticos do PS/PSD/CDS, para irem para administradores destas empresas a ganharem rios de dinheiro à custa destes negócios corruptos...
Sejam intelectualmente honestos e não tentem enganar o Povo, com esta conversa perfeitamente encomendada e que mais não pretende do que diminuir ainda mais os ordenados daqueles que realmente produzem

Anónimo disse...

anonimo das 2:22
voçê faz-me lembrar a malta do PC. aplaudem a matança na coreia do norte e encobrem toda a hist´ria da uniao sovietica. Eu concordei com o Gonçalves porque o fato que ele indicou é verdade. estamos num pais e tambem cá na regiao em que a malta nao quer trabalhar porque conta com os apoios sociais. simplesmente nao querem trabalhar. os repatriados que vieram ontem sabiam bem aquilo que poderia acontecer por serem clandestinos. uma coisa é terem apoio no país onde estavam ilegalmente por parte das autoridades portuguesas outra coisa é patuar-se com isso. penso que será bom para eles voltarem até porque vi o homem na televisao a querer ir para lá e com um espirito que uma boa da malta de Rabo de Peixe nao tem. o homem quer ir para lá trabalhar. cá o César dá tudo em troca de votos. é essa a diferença cá os portugueses contam sempre com o Estado e lá fora sao os melhores trabalhadores. lembro-lhe que o primeiro ministro nao disse aquilo que voçe diz . o que ele disse é que os governos de Angola e Brasil manifestaram a vontade de terem professores portugueses. isso é bom para Portugal e para aqueles que quiserem aproveitar em vez de ficarem a exigir que o Estado lhes de emprego. o resto é politiquice.

Anónimo disse...

Pouca conversa e mais trabalho. Os vossos patrões querem comprar carros novos. Vão mas é fazer mais meia hora e vão cheios de sorte em não pagarem aos vossos patrões.

Anónimo disse...

Caro Anonimo da 14.46
Começando por Angola e os pretensos professores que eles querem lá, Angola é um País lindo mas com um governo corrupto, mas que tem "bons" amigos no governo PS/PSD, agora o que se sabe é que o governo nada faz para alterar o que vai mal nas relações entre estados é que quem vai, fica sujeito não só a corrupções várias como a um sistema de vistos com multas insuportáveis, seria isto que o governo devi alterar antes de mandar ir para Angola...
O sistema de captar votos tem sido igual no tempo de Mota Amaral e no César, dizer o contrário é não ser verdadeiro, ou esquecido...
Você veio bater à porta errada, não só não aplaudo a Correia(nem a do Norte nem a do sul) e a seu devido tempo lutei contra os erros do PCP e da União Soviética, mas a verdade é que agora em Capitalismo eles estão igual ou pior e já ninguém critica...
O caso dos apoios tanto para os de cá como os que vêm do Canada tem que ser controlado e visto caso a caso, e não esta necessidade de atacar os apoios aos pobres a qualquer custo, sem uma única palavra contra os milhões que o estado dá aos poderosos.
De resto não sou favorável, a que as pessoas não trabalhem, mas se for impossível encontrar emprego, não podemos deixar as pessoas morrer de fome, quando outros recebem milhões para fecharem as empresas e despedirem os trabalhadores.
Um bom Ano de 2012

Anónimo disse...

Os comentários de cima fazem-me pedir perdão a Deus e clamar por misericórdia.