22 dezembro 2011

O Natal (não) é quando um Homem quiser

O Natal é uma época que de duas formas distintas do comportamento humano, tem repercussões muito positivas para o nosso funcionamento enquanto sociedade.

Desde logo, devido aos valores como a solidariedade, a generosidade, o altruísmo e a fraternidade, que assumem nesta altura do ano, uma forte presença dentro de cada ser humano. Infelizmente vivemos cada vez mais numa sociedade muito acelerada, sem tempo para os problemas dos outros, sem tempo sequer, às vezes, para os problemas dos nossos familiares. No Natal, pelo contrário, paramos e estamos muito mais alertas para esse tipo de questão. Evidentemente, este tipo de valores só podem contribuir positivamente para o nosso funcionamento enquanto sociedade. Por razões óbvias, claro, mas também porque muitos dos problemas por que estamos a passar actualmente têm origem em condições e sentimentos humanos opostos aos do Natal. No cerne da crise económica e financeira em que vivemos, para além de todas as explicações técnicas, existem razões de ordem moral e humana, como a inveja, a cobiça ou a avareza. O Natal é por excelência uma época em que regra geral esses males humanos da nossa sociedade são momentaneamente afastados, para bem do nosso todo comum.

Por outro lado, e numa perspectiva mais material e tangível, o Natal, e todo o consumismo que lhe está associado, contribui também para o melhoramento das condições da nossa vivência em comunidade. A nossa sociedade evoluiu para uma organização que assenta numa Economia em triângulo, com os vértices Estado, Empresas e Famílias. É nestas 3 entidades que cada indivíduo se insere de formas diversas. E é na dinâmica que se gera à volta desse triângulo que se cria riqueza para podermos viver e sobreviver no mundo actual. O consumo é um dos principais combustíveis para se gerar essa dinâmica. Ao consumirmos estamos, desde logo, a adquirir um bem ou serviço essencial para a nossa própria existência, mas simultaneamente estamos a contribuir para que a empresa que nos fornece esse bem ou serviço, sobreviva economicamente, criando, assim, emprego. O círculo passa obrigatoriamente pelo Estado, entidade aglutinadora e que regula as relações entre todas as pessoas individuais ou colectivas, de modo a garantir um distribuição o mais equitativa e justa possível da riqueza que se vai gerando dessas relações.

O Natal é, assim, uma época boa para a nossa sociedade. Esta tradição da nossa herança cristã, evoluiu de forma saudável e positiva através dos tempos, constituindo hoje um ponto fundamental no nosso calendário. Uma época de reflexão interior, de entreajuda, de solidariedade, de fraternidade, mas ao mesmo tempo, uma época em que se alimenta a Economia e que se gera riqueza.

Desejamos, pois, um feliz natal, com muitas prendas e muita felicidade!

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