24 julho 2012

Um compromisso para ser deputado

Aquele que for convidado para exercer a função de deputado deverá assumir o compromisso  de que tal só poderá ocorrer em regime de exclusividade de funções.

Esta deverá ser a condição essencial e necessária para a inclusão de qualquer nome nas listas de candidatos às próximas eleições regionais.

Exigem-no os eleitores; exige-o a transparência democrática; exige-o a recuperação do bom nome da classe política.

Sobretudo, tal é exigido pelos novos ventos de mudança. 

O princípio do "fazer melhor e fazer diferente" só terá sentido se assentar nesta simples premissa. 

Para além do facto de há muito dever ser regra do respectivo regimento, mais sentido faz na actual situação economico-financeira e social que o país e a região atravessam. Se, a tal, aliarmos as imputações de tibieza ética que têm sido popularmente associadas a alguns representantes do povo, a razão política impõe esta solução como a mais clara e transparente, por muito custe àqueles que continuam a exercer a sua profissão, com a mesma seriedade e honestidade intelectual com que se sentam no parlamento. 

A confiança depositada pelo eleitor é uma honra que merece todo o respeito e carece da reciprocidade do bom desempenho. O regime de exclusividade é um bom começo. 

Assim, senhores putativos candidatos, em nome do vosso bom nome, optem!      

  

4 comentários:

Anónimo disse...

Caro José Goncalves
È uma ideia boa, embora insuficiente,pois a promiscuidade vai para além disso, desde logo, porque o verdadeiro risco é no pós mandato em que são feitas negociatas com empresas e os deputados que trataram de legislação que implicou certas empresas ou interesses vão à posterior, trabalhar para estas mesmas entidades.
Penso que(nomeadamente advogados e não só)que tivessem exercido actividades que fossem passiveis de implicar incompatibilidades, com a actividade de deputado, deviam ser impedidos de concorrer, mas para além disso devia haver um controlo mais restrito sobre a situação económica, antes e depois da eleição e não a mera divulgação(nem sempre aplicada)dos rendimentos.
È indispensável que exista uma responsabilidade penal(embora limitada)pelos actos dos governantes e entes públicos.
Seja como for esta ideia é já um principio a concretizar, para uma maior transparência da actividade politica, tão mal retratada nos nossos dias.

Anónimo disse...

caro Gonçalves

acho louvavel que se comece por algum lado. Este pode ser o primeiro passo para a moralizaçao dos políticos. Bem sabemos que será impossivel controlar toda a promiscuidade mas pode ser diminuida. Acho bem que o seu PSD tambem estena isso aos medicos nao vá ter algum Antonio Cordeiro.

PS - Ainda bem que regressou à escrita

Anónimo disse...

caro Gonçalves
ouvi dizer que o PSD ja tem lista de deputados com alguns nomes ainda clandestinos mais ou menos escolhidos por aclamsçao á PC e lá estao os profissionais de qualquer coisa que nao vao ficar a tempo inteiro no parlamento. esta coisa de se ter só uma profissao tem sempre uns tipos que sao excecão. Ainda ontem a SIC no jornal da noite apresentou uma reportagem sobre os profissionais do parlamento e o exercicio de profissoes liberais, principalmente advogados. é tudo muito ético e fica na conciencia dos deputados que por serem seres muito inteligentes e boas pessoas sabem o que é etico e o que nao é. a sua consciencia é que manda e les sao boas pessoas e por isso fazem boas escolhas e as boas escolhas é a acumulaçao. Açoreanos votem em branco.

Anónimo disse...

caro José Gonçalves
O anónimo anterior disse de certa forma o que esta realidade nos apresenta, um perfeito faz de conta, apresenta-se boas propostas para satisfazer a vontade dos eleitores em democratizarem e tornarem cristalino a vida politica, mas ao arrepio destas ideias apresentam-se listas que são o contrário disso, mas de facto o PSD, só por milagre podia ser verdadeiro e querer outra coisa que quebra-se com a corrupção e o compadrio, pois os partidos do arco do poder estão intimamente ligados a tudo que é contrário à legalidade á transparência e ao bem comum na administração da coisa pública...
Só não estou de acordo com o apelo à abstenção, pois este é no fundo a vontade dos partidos prevaricadores, a solução possível, será votar nos pequenos partidos, pois assim que mais não fora cria-se a ideia que não são sempre os mesmo a receberem os votos do Povo.