16 setembro 2012

Que fogo te abrasou?

Indignado, o Nuno Barata ofereceu-nos a construção de um cocktail molotov. Não é todos os dias que se vê um homem das direitas democráticas alinhar, teoricamente, com as práticas das esquerdas revolucionárias.
 
Os Ches, os indignados das Cimeiras, os Okupas e quejandos, apoiando-se em Camões, já ali viam "um Nuno fero, Que fez ao Rei e ao Reino tal serviço," mesmo que o ensinamento do impulso emotivo para alguns deles nada tivesse de novo, quando, com um clique, apenas mais um simples clique e uma palavra, o bom do Nuno lhes atraiçoou o instinto e o ímpeto, arrepiou caminho e, renegando o estatuto revolucionário, reentrou nos brandos costumes da gente branda. Mais do que acto de contrição, que desilusão apagou o fogo que te abrasou?


2 comentários:

Anónimo disse...

Caro José Gonçalves
Aqui esta uma forma sabia de escrever sobre outros assuntos(fugindo à "fogueira" que queima)com a qualidade literária que é capaz, e contribuindo para se pensar sobre os limites da liberdade e da censura.
No fundo é uma forma eficaz e conseguida de interferir na blogosfera(sem se comprometer) e sem ser acéfalo.

Saudações

Anónimo disse...

E que puta é que te pariu, para seres assim tão sabujo?