25 outubro 2012

O futuro político de Carlos César


Hoje, Jorge Macedo repesca o tema num artigo de jornal, apontando-lhe várias alternativas e, em simultâneo, avançando com putativos candidatos socialistas para o mesmo cargo.

Não há dúvida de que, se César quiser mesmo o cargo, terá não só de afastar os pesos pesados do seu próprio partido como também aglutinar os votos da esquerda radical, convencendo-a a deixar cair Carvalho da Silva (nesta altura, é o nome mais bem aceite) eventual congregador dos votos do PC e do BE (as presidenciais foram certamente tema da recente aproximação entre ambos), ou, em caso de afastamento entre estes dois partidos (terá Louçã coragem para se apresentar ao eleitorado?), convencê-los a aceitarem e apoiarem uma candidatura única de toda a esquerda. Entre os nomes que são falados nas hostes socialistas, César será o político com melhor aceitação global na esquerda portuguesa.

Se, de facto, for esta a vontade de César, e caso o PS aceite, a chegada ao mais alto cargo republicano só acontecerá nestas condições, excepto se à direita a candidatura for tíbia.

Claro que Carlos César, a curto prazo e caso não encontre posição que o coloque em relevância supra partidária, poderá ser mais modesto nas suas pretensões políticas e escolher um desafio catapultador e que, simultaneamente, o deixe mais próximo da vigilância regional: enfrentar José Manuel Bolieiro nas eleições autárquicas que ocorrerão daqui a um ano. Não sendo provável, seria interessante, muito interessante.

Quem disse que desta água não beberei?!

4 comentários:

Rui Rebelo Gamboa disse...

Antes da autárquicas, há as europeias ;)

José Gonçalves disse...

Exactamente "...e caso não encontre posição que o coloque em relevância supra partidária..." :)

Anónimo disse...

Se um ex- presidente continua a incomodar muita gente, porque é que uma ex- dirigente não incomoda muito mais?
Afinal é sobre o destino político da ex-líder do PSD que se deveriam debruçar tão doutos e visionários analistas. Que papel ainda lhe pode restar? Que deputação e que subserviência será capaz de assumir no Parlamento. Que futuro pode ter como candidata ao Parlamento Europeu.Que perdão lhe dará o futuro líder Duarte Freitas?
Afinal "amor com amor se paga" ou será "traição com traição se paga"?.

Anónimo disse...

Caro José Gonçalves
As eleições Presidenciais ainda vão longe, mas compreendo a vossa preocupação, pois o vosso candidato agora presidente Cavaco Silva, falhou nos seus dois mandatos, o que vos coloca embaraçados face à futura corrida a Belém...
Penso contudo que a vos interessar esta temática, seria muito mais interessante, saber de entre a direita, quem tem coragem para remar contra o vazio que vai deixar o Reinado de Cavaco?
Quanto aos nomes da dita esquerda o cenário è tão inverosímil, que só uma tentativa de esconder os cenários negros da direita, PSD/CDS, os pode justificar.
Alguém de bom senso pensa em eleições Presidenciais face a todo o contexto de crise económica e politica do Governo de Passos?
Escrevam sobre a realidade politica da Governação, da troika, da Europa e da saída para a crise, estas è que são noticias fundamentais do momento politico actual, o resto é tentar desviar as atenções do essencial.
Saudações
Açor