04 maio 2013

Tolices no ensino

Ao que parece, vai ser pedido aos alunos que irão realizar o "exame" do 4º ano que assinem uma declaração de compromisso de honra em como não utilizarão telemóvel durante a realização dos mesmos.
 
Não bastando já a ideia absurda de deixar as criancinhas levar telemóveis para dentro duma sala de aulas e, ainda por cima, ligados, vem o Ministério da Educação (cujo ministro prezo) dar cobertura a tal aberração e, pior, regular juridicamente tal facto, fazendo-o com incapazes (latu sensu, deixando de lado a questão da imputabilidade em função da idade).
 
Mas o absurdo continua nos "representantes" dos pais que, em vez de agirem pedagogicamente (no sentido clássico do termo) e proibirem os filhos de levarem os aparelhos para a escola, ainda suportam a ideia da possível batota, recusando aquela assinatura, apoiando-se na incompreensão dos petizes na distinção entre o Bem e o Mal, o Certo e o Errado.
 
 A dupla bizarria só poderia acontecer num sistema educacional onde os exames são a brincar (basta que o professor dê positiva ao aluno para que este transite, independentemente da nota do dito) e no qual todos parecem brincar às experiências curriculares e de avaliação, sem qualquer preocupação com o real futuro daqueles que, vindouramente, serão o escol da identidade da Nação.
 
A jusante, todos reclamam do estado do país; a montante, ninguém se preocupa com a sua causa.
 
Merecem-se!

 

9 comentários:

Anónimo disse...

Gonçalves

Texto seco, irónico, realista, cínico e demonstrativo daquilo que somos e daquilo que passamos nas escolas.

Ainda bem que regressou à escrita em boa forma
Parabéns pelo texto

Anonimo por razões profissionais

Anónimo disse...

Caro José Gonçalves
Concordo totalmente com o seu comentário.
O Ministro da Educação é um fundamentalista do rigor, mas é um rigor para dar "espectáculo" e não para melhorar o ensino.
As crianças não necessitam de competitividade com esta idade, necessitam é que os incentivem no gosto pelo saber, começando pelas brincadeiras e pela socialização das crianças em meio escolar, sem esquecer do alimento que muitas vezes falta em casa.
Parabéns pelo Post.
Saudações
Açor

Anónimo disse...

Se o Açor concorda deve haver avaria no raciocínio...

Anónimo disse...

Caro anónimo das 17:43
Aqui está um silogismo completamente errado, porque razão o raciocínio esta errado se eu concordo com ele?
Nunca vi comprovação mais acabada de fundamentalismo e extremismo, desde quando é que pessoas com pensamentos diferentes, não podem estar de acordo, em vários assuntos?
Saudações
Açor

Anónimo disse...

Brincadeiras e «socialização» nas escolas é o que só tem havido e há. A avaria está no raciocínio do passarinho, para não variar.

Anónimo por razões profissionais

Anónimo disse...

Caro Anonimo das 10:39
Tem todo o direito ao anonimato, mas não perde o anonimato se usar um pseudónimo e assim é mais fácil, dialogar sabendo que se está a dirigir a uma pessoa X mesmo que seja virtual.
As brincadeiras na idade referida podem ser um óptimo instrumento para a aprendizagem, é necessário que sejam orientadas e que sejam complementadas com um ensino em que compreenda o raciocínio entre outros parâmetros pedagógicos.
Agora esta ideia de fazer exames nacionais para crianças até ao 4 ano, nem no tempo da 4 classe!
A aprendizagem e a escola não deve ser orientada pelo oito e o oitenta, as valências no ensino devem ser mistas e complementares,aspectos teóricos com práticos e mesmo testes mas vocacionados para a idade dos estudantes e não para ideias radicais do ministro da Educação que quer passar do oito para o oitenta.
Todos sabemos que a maior mais valia da escola primária é fomentar o gosto pelo ensino pela leitura e pelo saber, não é com uma escola em que eles não sintam alegria que os estudantes, daquela idade vão querer ir mais além.
Saudações
Açor

Anónimo disse...

Caro Anonimo
Você se esconde em "poucas palavras", não tenha medo, não só porque escreve sob anonimato, como as suas ideias, são as do poder, só poderia levar aplausos e não criticas, ainda por cima a sua ideia(parece) "será" daqueles que se aparentam com os para camaleões estarem sempre com o poder.
Não se esconda na falta de ideias, com medo que critiquem as "avarias do seu pensar", não pensar e expor o pensamento, para não errar, pode passar despercebido por um certo tempo, mas não o será para sempre, pior do que isto, é um sintoma de "um vegetal"...
Não sei que tipo de escola teve, mas a primeira lição que não reteve, foram as boas maneiras,(sempre faz falta a socialização) mas inventando que sua Excelência, não esteve numa escola pública, sempre lhe digo que as mais valias educativas da escola privada, foram muitas vezes, por terem uma abordagem mais ecléctica do ensino, orientando os alunos para a cultura, as actividades lúdicas e neste cruzamento pedagógico, eram leccionados os ensinamentos básicos da tabuada, gramática, matemática, etc...
Nós educadamente nos dirigimos aos nossos interlocutores, pelo seu nome, mesmo que seja virtual e não por caricaturas que desprestigiam quem as aplicam.
Existem muitas pessoas(penso que posso excluir você)que querem que o ensino publico seja limitado aos ensinamentos básicos, necessários aos trabalhos profissionais rotineiros, e assim se reservava a força de trabalho dos filhos do Povo para os trabalhos menos qualificados, reservando o ensino mais evoluído ao privado, conseguido com este objectivo, negócios na área do ensino e os melhores lugares profissionais, para os filhos de quem tivesse dinheiro para suportar o ensino privado para os filhos.
Independentemente dos erros e falta de eficácia do ensino Público actual, a verdade é que ele criou muito mais intelectuais, técnicos e cientistas, do que o ensino do passado(que o Crato quer ressurgir)...
Para melhor, esta bem, está bem, para pior, já basta assim.
Por um ensino público Universal e de continuo progresso pedagógico.
Saudações
Açor

Anónimo disse...

Grande Crato! Consta que quer reintroduzir o latim. Se isso for verdade, merece estátua em frente ao M.E.
O grego não é necessário. Nesta conjuntura seria até redundante.
Mas o latim... Crato amigo, o povo está contigo.
--Latinista desempregado

Anónimo disse...

Não se pode contrariar as criancinhas caso contrário ficam traumatizadas para a vida. O Portas e o Coelho foram contrariados em criança por isso são uns belos governantes.