O presidente da república discursou e apresentou-nos um novo caminho constitucional: a legitimação de um governo de iniciativa presidencial através de eleições legislativas. O que, traduzindo para politiquês, será mais ou menos isto: eu entendo que não devo confiar totalmente em nenhum dos partidos do arco do poder, pelo que vão-se entendendo porque haverá eleições daqui a um ano e irão os três para o governo, nos termos que eu entender, após augusta consulta aos portugueses. Se não quiserem, lavo daí as minhas mãos e, dentro dos poderes (bem esticadinhos) que a Constituição me confere, actuarei em conformidade, determinando aquilo que não souberam fazer.
O resto do discurso, que faz do caos a lógica, é para os nossos credores letargirem a curto prazo.
Ah, ditosa pátria!...
Ah, ditosa pátria!...
1 comentário:
Caro José Gonçalves
Estou totalmente de acordo com o Post. estamos em presença de alguém, Cavaco Silva, que de tanto pensar, em como se "sair bonito na fotografia", pensou, pensou e depois dum passe de mágica não conseguido, meteu os pés pelas mãos e de tão complicado criou mais instabilidade que os piores receios dumas eleições desastrosas, consegui dar um nó cego na democracia e colocou todos os partidos de mal com Deus e com diabo.
Enfim Cavaco no seu Melhor...
Não é fácil estar no convento e falar contra ele, mas no essencial dou os meus parabéns pela verticalidade.
Açor
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