Com respeito ao fuzilamento dos dois prisioneiros,
limito-me a dizer que é muito nobre, muito justo, muito alevantado, sustentar
os princípios da mais acrisolada filantropia e humanitarismo num parlamento,
numa assembleia qualquer, numa redacção de jornal, entre concidadãos nossos que
pensam e sentem como nós e ainda por cima mantidos em respeito por numerosas
forças do Exército, da Armada e da Polícia militar e civil; é porém muito
diferente o caso em que se achavam 50 brancos no meio de cerca de 3000 pretos
ainda ontem nossos inimigos. Se não mandasse matar ninguém, todos
os cafres suporiam que ainda tinha medo do Gungunhana e voltariam a dizer: –
Português é mulher, não mata ninguém.
Mouzinho de Albuquerque, A Prisão do
Gungunhana, Angelus Novus, Editora, Coimbra, 2010
2 comentários:
o senhor Montandre continua a sua saga fascista e racista. Depois de termos colonizado aquilo que não era nosso e explorado os povos africanos vem com citaçoes de homens que mais não fizeram do que querer o imperialismo salazarista que impediu o desenvolvimento de Africa. A ajudar o senhor Montandre continua com as suas poses machistas falando da mulher como se fosse um objecto. O senhor MontAndre vive no seculo XIX. Cure-se.
Ia eu a dizer que esse enxovedo do 31 do 10 era pela certa descendente de Reinaldo Frederico, mas não quero beliscar os manes do Imperador. Procederá antes em linha recta do maninelo do dito, e pelo seu arreganho e bacoquice bem se vê que se filiou no moribundo Berloque de Esquerda, de cujas causas se penetrou também por modo e lugar recto. Bom proveito ou fruto lhe façam ou engendrem.
Mas continue a esgargalhar-nos com as suas saídas e opiniões originais, que por aqui isto anda ultimamente muito minguado de escurras e bobos que nos desopilem o fígado.
Bem haja.
Montandre - como ele diz.
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