27 abril 2014

De Abril a Abril



Sónia Cerdeira: – Em 2011 dizia que não se queixava do Governo. Mantém a opinião?

Maria Filomena Mónica: – Provavelmente não me queixava porque tinha esperança na mudança, depois do Governo mais criminoso que tinha existido na História de Portugal, que era o de Sócrates e que nos deixou à beira do abismo. Este Governo não me enfurece como o de Sócrates, mas não tem tido garra, nem coragem.

Sónia Cerdeira: – Mas tomou medidas das quais muitos portugueses discordam…

Maria Filomena Mónica: – Imagino que as medidas eram necessárias. Se devíamos muito dinheiro ao estrangeiro, agora temos de pagar. Andámos a comprar coisas que se calhar não eram essenciais e a corrupção foi enorme e continua. […]

Entrevista, Sol, 17 de Abril de 2014

*

Mas vamos e venhamos, amigos: passar do governo mais criminoso da História de Portugal para um governo que peca por falta de garra e coragem, mas que lá terá tomado as medidas necessárias a ir obstando à queda no abismo até onde o mais criminoso da história nos conduziu alegremente, – passar de um ao outro convenhamos em que sempre é uma conquista civilizacional. Para já nada dizer da salvação nacional, que essa talvez ainda está em vê-lo-emos.

  Enfim, em Abril, mentiras mil, não acho só eu..

14 comentários:

Anónimo disse...

Caro Luiz Mont Andre
Tem razão, todo este contexto, só faz sentido em dia de mentiras...
O Sócrates ter a importância de ser o mais perigoso da História Portuguesa, só em dias de mentiras, Passos Coelho ter tomado as medidas certas?
Nem lembra á melhor mentira, quanto ao resto, a entrevistada é uma intelectual que me merece predicados, desde logo por ser uma liberal dos costumes e uma burguesa interessante...
Quanto aos seus dotes de economista ou de politica, penso que não acompanha os seus dotes intelectuais e não passam de legitimas opiniões a não levar a sério.
Açor

Anónimo disse...

Está bem. Doravante vamos todos levar a sério somente as que tiverem o beneplácito e 'exequatur' do Açor, e as de quem ele reconhecer dotes de economista ou de político.
Para não nos enganarmos.
LM

Anónimo disse...

Caro LM
Tem todo o direito de considerar seja o que for, mas deve dar o mesmo direito seja a quem for...
A minha opinião não é uma questão exclusivamente de gosto, eu opino de acordo com os argumentos que a entrevistada usou, não sei quem é o signatário de LM, se é o próprio autor do texto, nada mais faz do que se contradizer com o que escreveu, pois, se bem me lembro, não levou igualmente em boa conta os argumentos da dita, senão não teria a necessidade de os considerar em contradição.
Nada tenho contra o desvalor de Sócrates, mas considera-lo o pior 1º. ministro Português, é não ter a noção da relatividade e considerar acertadas as medidas de Passos pode ser imparcialidade de quem é "socialista" mas não abona nada em favor do conhecimento das coisas da politica, história e da economia.
Açor

Anónimo disse...

Ia eu perguntar onde raio foi que eu tive necessidade de considerar os argumentos da dita em contradição, e em contradição com o quê. Mas é melhor não, discursivo Açor, é melhor não, nem vale a pena.
Cada um na sua, e em paz e às moscas.
Como sempre e é de regra.
LM

Anónimo disse...

Caro LM
Você(com a devida vénia)faz-me lembrar um drogado que ao ver pó de talco, julga encontrar produto para o seu vicio, mas no seu caso, não é vicio, é fanatismo anti esquerda, vê numa liberal de costumes uma sua correlegionária...
Mesmo gostando de escrever só para os seus "apaniguados" eu como pessoa livre, não só leio os seus textos, como os comento...
Se não quiser ser mal interpretado seja claro e não "oportunista" a considerada critica este governo, mesmo concordando com a austeridade...
Onde fica o 25 de Abril e qual o seu posicionamento?
Pior cego é quem não quer ver, não vou perder tempo nem fazer perder tempo a outros, mas se quiser ver a "qualidade deste Governo" pode ver os meus comentários ou então analisar o que dizem pessoas da sua área politica(suponho)Feitas do Amaral, Bagão felix, Adriano Moreira, Manuela Ferreira Leite e quase todos os que compõem os 70 que apresentaram um manifesto pela renegociação da divida...
Mas como sei que você se limita a ser correia de transmissão do seu partido, seja feliz...
Açor

Anónimo disse...

caro LM
Vamos admitir que não se contradisse e que eu interpretei mal a sua defesa duma "socialista" que considera que este governo não teve garra nem coragem, mas será normal considerarmos uma"... conquista civilizacional..."(palavras suas) a um governo que se segue ao governo do mais perigoso 1º. Ministro e que não tem garra nem coragem?
De certa forma a resposta esta na sua interrogação sobre a salvação deste País "...velo e-mos..." (palavras escritas por si)...
Mas não será a salvação deste País a 1º. prova deste governo?
A verdade sabe o LM e sei eu, é que este governo não salva seja o que for, talvez salve os dinheiros dos financeiros e dos corruptos, como afirmou a prof. Mónica que a corrupção continuava...
Outra pergunta se a corrupção continua como nos diz a entrevistada e a corrupção foi a causa e uma das característica do anterior governo e da sua desgraça, porque não continua a ser a desgraça deste governo de Passos?
Para acabar, como define as conclusões de Olga Cardoso(num estudo encomendado por este governo,) em que esta apoiante do governo, considera que o governo não resolveu nenhum problema económico do Pais e a austeridade deixou o País pior?
Você não diz nada do que pensa da Democracia(defina-se homem, não tenha medo de dizer que é antidemocrático!)mas não será, palavras como cada um na sua, não vale a pena, discursivo não, como sinónimos de que não convive bem com ideias diferentes e que discussão de ideias não é o seu forte...
Mas responda-me o que quis dizer com mentiras de Abril?
Não se amesquinhe, mas compreende que quem lê possa pensar que estava a aplicar, contradições à entrevistada Socialista referida?...
Açor

Anónimo disse...

Os 70?!
Quais 70, Açor?
Para mim os 70 são os da Septuaginta.
Não conheço outros, criatua.
Eu vivo com os antigos. Cuidava eu que já cá se sabia.

Anónimo disse...

Caro LM
Que antigos é que se refere?
Se são os de Marcelo/Salazar, está no seu direito, a liberdade deve chegar a eles, embora eles não o tenham permitido aos outros...
Sabe que eu até gostava de saber o que pensa os "fascistas" "Salazaristas" dos dias políticos que se vivem em Portugal, ou será que o complexo da PIDE os persegue como sombra e eles pouco dizem com medo(lá têm eles os seus fantasmas)...
Açor

Anónimo disse...

Pergunte-lhes, Açor, pergunte-lhes.
Mas tudo isso é gente moderna de mais. Foram até o modernismo no seiu tempo. Não vale a pena saber-lhes a opinião.
Além de que gente com a «forma mentis» do Açor aproveita muito mais relendo e sublinhando o Livro Vermelho e o Manifesto, que decerto lhe darão mais alegria e ânimo, confirmando-o nos seus ideais, convicções, propósitos, o que nestes dias bem precisará.
A luta continua, Açor.
Não descorçoe.

Anónimo disse...

Caro LM
Não fique embaraçado, eu fiz a pergunta com a mais abrangente sede de conhecimento, se não é fascista, não me pode responder, mas afinal o que é?
É que nunca expõe uma ideia e desconsidera sem contrapor tudo o que os outros dizem...
Já lhe disse que melhor ficaria com os seus textos literários, mas penso que por maior desqualificado que quiser ou tiver o azar de ser, tem toda a liberdade de dizer o que lhe aprouver, mas não fique embaraçado se outros reivindicarem a mesma liberdade...
Não queria, mas você esforça-se à exaustão para se colocar numa posição de sectário, fanático e alienado, chego a pensar que tudo isto é mau demais para ser verdade e que no fundo você é só um excêntrico pós moderno.
Seja feliz, mas convém esperar sentado, pois o Carnaval ainda vem longe.
Açor

Anónimo disse...

Expor ideias, uma sequer? Einstein, que era Einstein, reconheceu que só lhe desceu uma ou duas na vida.
Embaraçado com a liberdade reivindicada pelos outros? Nós, se ficamos embaraçados, é quando alguém concorda connosco.
Esperar o Canaval, sentado ou de pé? Nós não esperamos nada, e, quanto a posições, sendo preciso optar por uma, inclinamo-nos pela de deitado qual o missionário, porque também não glorificamos o esforço, muito menos se levado até à exaustão, moderados que somos.
Açor, Açor, os homens só se compreendem entre si quando não precisam de se explicar. Duas pessoas só se entendem quando lhes bastam meias palavras, «à demi mot» (A. Gide).
Podíamos ficar para aqui perdidos nesta caixa por uma eternidade a discutir, que ao cabo estaríamos tão adiantados, entendidos e explicados um ao outro como estamos agora.
Permaneçamos pois onde estamos, que não podemos ir mais longe no que interessa.
Nada de novo.

Anónimo disse...

Caro LM
O seu ultimo comentário infelizmente diz-me muito do estado de desenvolvimento social da Humanidade é por isso que luto, para que as pessoas não se deixem prender nos seus dogmas e que possam ser livres, a minha forma de ponderar a liberdade é julgar que pessoas diferentes possam e devam dialogar mesmo que seja necessário não só todas as palavras como muitas acções.
Esteja descansado que não o errei perturbar mais na sua torre de babel...
Açor

Anónimo disse...

Ora aí está. É o que eu lhe dizia lá mais acima: a luta continua.
Avante, camarada!

Anónimo disse...

Caro LM
Nem você sabe, o quanto está perto dos dogmas destes, a quem chama
"Avante Camaradas", quanto à "luta continuar" ela é independente da vontade de um ou de outro(armado em importante)ela decorre da realidade da vida ser uma luta, na humanidade e na Natureza, se quiser só virtualmente é que se pode "inventar um não movimento"...
Açor