11 abril 2014

Lóbi, o incompreendido.

A Prof. Patrão Neves revelou, na entrevista à RTP-Açores de balanço ao seu mandato no Parlamento Europeu que agora acaba, que o Governo Regional nunca reuniu com os dois eurodeputados em simultâneo para se delinear uma estratégia europeia. 

Por isso, é normal que a administração regional nem pense em lóbis, ou representações permanentes em Bruxelas, ou nada que se pareça. O conceito de lóbi deve estar para os nossos responsáveis políticos, como a física quântica está para o Jorge Jesus. E na verdade, não é assim tão difícil. Dá trabalho e é preciso tempo? Claro. Mas ao tempo que já se fala nessa necessidade.


Pela minha parte, repito aqui parte de um pequeno texto que escrevi em Junho de 2009 e que mantém toda a sua actualidade e pertinência, digo eu.


3 comentários:

Carlos Faria disse...

e temo que mesmo a indicação de nomes para o parlamento europeu por líderes regionais pouco tem a ver com uma perspetiva coerente de criar ou reforçar uma frente açoriana em Bruxelas...

Rui Rebelo Gamboa disse...

Evidentemente que não se coloca em causa a competência dos candidatos, no entanto o trabalho de um eurodeputado e, bem assim, de uma eventual representação em Bruxelas, só se torna verdadeiramente eficaz com tempo. Tempo para se compreender as dinâmicas próprias do funcionamento das instituições e, talvez mais importante, tempo para se conhecer os corredores do poder, em particular na comissão e além disso é preciso tambem tempo para se compreender e conhecer tudo o resto que gravita em torno das instituições e ter noção que ha lá quem ja lá esteja ha muito tempo a fazer exactamente aquilo que se nos proporíamos fazer, se, realmente, tivéssemos uma política europeia.
Ou seja, mesmo que se quisesse ter uma frente conjunta europeia, já estaríamos em deficit em relação a quem lá está. Por isso, estas escolhas jamais tiveram como factor a defesa do interesse açoriano junto da UE. É outra coisa qualquer que eu nem quero nem me interessa compreender. É a política pequena que eu desprezo.

Anónimo disse...

Muito bem, caro Gamboa!

Ld'M