23 maio 2014

Eleições e SATA

1 - Quando a capital portuguesa é invadida pelos espanhóis de Madrid, o que deve fazer um português? Naturalmente, invadir Espanha pelo flanco: Barcelona.
 
Eis a razão de este escriba ser um abstencionista forçado no próximo domingo. Estou de férias. Por isso, não posso votar. A minha condição de ausência não cabe na lei. Segundo a eminente Comissão Nacional de Eleições,  «[...] o facto de estar de férias não é uma situação que legalmente justifique o exercício do voto antecipado, enquadrável no art.º 79.º-A, da Lei n.º 14/79, de 16 de maio.». E, pronto, dada a assertividade - como gostam de dizer os modernos -  nem me atrevo a contestar a rigidez absoluta na interpretação jurídica da norma.
 
O sistema eleitoral português é sui generis. É-o per si.  Mas, disso, não curarei agora. Basta a constatação de que ninguém sabe qual o número real de eleitores em Portugal para o pôr a nú nos procedimentos.
 
O Sport Lisboa e Benfica foi pioneiro em Portugal no escrutínio eleitoral. Desde que resido nos Açores, já participei à distância de um clique nas eleições para os órgãos sociais do clube. O voto electrónico foi o meio que permitiu que não me abstivesse em cada um dos momentos decisivos do meu clube, parecendo-me seguro e eficaz quanto ao controlo informático do mesmo. Ou seja, não interessando se votei ou não no vencedor, não tive razões para pôr em causa a sua fiabilbilidade e credibilidade - nem nenhum benfiquista teve ou fez público clamor de tal, derrotados incluídos -.
 
Na política, o bom exemplo eleitoral do Benfica não valerá. Será por causa dos euros e dos eleitores fantasmas?! Da abstenção é que não é.

2- A SATA nunca curou de tratar bem os estudantes açorianos, impondo-lhes preços proibitivos nos bilhetes e actos burocráticos anacrónicos na demonstração da sua condição. O melhor exemplo advém da prova para viajar. Um estudante tem de deslocar-se a uma agência da SATA ou imprimir no respectivo sítio na internet um impresso no qual deverá a respectiva Universidade apôr a chancela probatória de que é estudante. Se fosse uma vez no ano, ainda poderia passar, mas em todas as viagens?!!! E num impresso da SATA?! Este é que faz fé em vez de um documento emitido pela Universidade e que é válido para o ano lectivo?! (E deixem lá a conversa da prova junto do Fisco - esse papão - porque isso é o mais fácil de resolver).
 
Eis uma peculiariedade de bom tratamento ao Futuro da Região. E, depois, admiram-se que isto, somado a umas quantas atitudes relacionadas com o trilho profissional na Região, os afaste para outras bandas.
 
(O Messi manda cumprimentos e lembra que os bilhetes entre Lisboa e Barcelona são baratinhos. O pior é chegar a Lisboa). 


1 comentário:

Anónimo disse...

caro Gonçalves

Por muito boas que sejam as suas razoes para a ausencia parece-me que apenas nos quis iludir com uma desculpa para justificar a abstençao. Os elementos deste blogue parecem insatisfeitos com o rumo do PSD e por isso ou se calam ou quando falam dão sempre indiretas. Numa coisa tem razao o modo como se vota em Portugal está ultrapassado. É por isso que devemos dar lugar a novos governantes, a politicos com uma visao reformista, acabando com o dominio economico sobre o pais. É por isso que apoio o que voce diz sobre a Sata. Já chega de prejuizo para os açoreanos.