Os pensadores chateiam-me. Um homem que faz profissão de
pensar, que se trabalha dia e noite por pensar, afigura-se-me, salvo excepção,
um fenómeno. Nós pensamos só quanto basta, não pensamos para pensar,
mas para cumprir mais eficazmente o nosso trabalho quotidiano, fazer a nossa
obra, criar os nossos filhos e merecer a suprema graça, que é envelhecer com paciência,
a fim de podermos, chegado o momento, morrer em paz, encarar a morte.
Georges Bernanos, Brésil, terre d’amitié, La Table
Ronde , 2009, p. 39
1 comentário:
então agora é o fatalismo catolico? O senhor é fatal para o nosso cerebro. Não se define politicamente. Não tem opinao sobre o que se passa no país e no mundo. Agora percebi porquê. É esta coisa de nao querer dar uso ao cerebro como diz o citado.
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