28 setembro 2014

Portugueses, a percentagem certa


Ledes por aí algures, na rede:
«Portugal é um dos países mais ricos da UE, e não dos mais pobres!
Portugal é um dos poucos países no mundo que pode fechar as suas fronteiras, pois a natureza dá-lhe uma grande riqueza que contém tudo o que é necessário para que a sua população possa viver feliz e em paz!
A maior parte dos portugueses desconhece que o seu “pobre” país possui:
- A maior Zona Económica Exclusiva da UE, que é tão grande como todo o continente europeu.
- 80% de solo arável, mas está quase em completo abandono.
- Invejável rede hidrográfica a nível mundial.
- Grandes reservas de água doce, em aquíferos subterrâneos, quase inesgotáveis.
- As maiores reservas de ferro, da UE, de excelente qualidade.
- As maiores reservas de cobre da Europa (segundas do mundo).
- As maiores reservas de tungsténio (volfrâmio) da Europa.
- As maiores reservas de lítio da Europa.
- As maiores reservas de terras raras.
- As segundas maiores reservas de urânio da Europa.
- Grandes reservas mineiras de ouro, prata e platina.
- Grandes reservas de carvão mineral de excelente qualidade.
- E as incomensuráveis riquezas que as águas do Atlântico escondem.
- Uma das maiores reservas de petróleo da Europa, que já vão ser exploradas na costa do Algarve, por companhias alemãs e espanhola. Vão pagar a Portugal apenas 20 cêntimos por barril, enquanto ele já passou há muito tempo os 100 dólares por barril.
- Reservas de gás natural e de xisto, que dá para Portugal pelo menos para 100 anos sem precisar de ninguém.
E isto é apenas a ponta do iceberg que circula pela internet…
Portugal é possivelmente o país mais rico da EU, na sua dimensão […].»

*
Mas, amiguinhos, Portugal pode ser isto e aquilo, ou tudo isso e muito mais. Infelizmente tem excesso de portugueses. Está provado que a percentagem máxima de portugueses que um país aguenta é 20 %. Olhai-me por exemplo o Luxemburgo, o país da Europa com maior rendimento per capita.

1 comentário:

Zé e Tózé, os primos do Afonso disse...

Mas agora chegou o salvador da pátria, o D. Sebastião, que vai explorar toda essa riqueza e fazer com que os salários tripliquem e os impostos desçam para um valor residual. Para ele tudo isso será possível mesmo que não saiba governar Lisboa e tenha consigo a tralha socrática. Dá-lhes, António!...