19 abril 2006

Portugal na Nova Ordem Internacional III

continuação,

Marcelo Caetano ao ser nomeado para substituir Salazar, assumiu o compromisso de ‘ continuidade e renovação’. Era esperada uma certa abertura política, uma vez que o Estado Novo tinha sido caracterizado por um nacionalismo muito marcante.
Quando no Congresso de Haia de 1969 a porta da CEE ficou aberta para a Inglaterra a política tinha de mudar em Portugal. Ainda mais porque as conclusões saídas daquele Congresso tinham tido grande apreço em Portugal.. Marcelo, no entanto defendeu a não adesão à CEE, seguindo as ideias de Salazar, justificando com as vantagens económicas mas com as desvantagens políticas que o processo de integração traria.Em 1971, o Reino Unido entrou na CEE, isto fez com que Portugal, fosse obrigado a ter negociações abertas com a CEE, devido à grande importância do Reino Unido na economia portuguesa. Assim, a Comissão Europeia recordou que Portugal tinha três vias possíveis: a integração, a associação ou um Acordo Comercial. Os Acordos de Bruxelas foram assinados em 1972, onde ficava em aberto a hipótese de Portugal estreitar os seus laços com a CEE. No entanto pode-se dizer que a distancia entre Portugal e Europa não era muito diferente daquela que se verifica 10 anos antes, com Salazar e a razão para evitar uma maior aproximação também era a mesma, o atraso da economia portuguesa.

Trabalho universitário: "Adesão de Portugal à CEE - Evolução Histórica:
De Salazar a Cavaco Silva" por Rui Rebelo Gamboa

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