15 maio 2006

Humberto Delgado

Por ocasião da estreia do filme "Meu Pai, Humberto Delgado", aqui fica uma cronologia de notícias sobre a eleição presidencial de 1958 e sobre o General.

19 de Abril de 1958 - ”O processo de candidatura de Humberto Delgado é entregue no Supremo Tribunal Administrativo e divulgada a circular "Eleições para a Presidência da República: candidatura independente do general Humberto Delgado". In DN,1, 19/04/58

20 de Abril de 1958 – “Apresentação pública da candidatura de Arlindo Vicente à Presidência da República.” In DN,1, 20/04/58

1 de Maio de 1958 - “Perante a inexistência de acordo sobre à reeleição de Craveiro Lopes e face à recusa de Salazar em trocar a Presidência do Conselho pela Chefia do Estado, a União Nacional escolhe como candidato Américo Tomás, ministro da Marinha.” In S.J.P., 08/02/1999

3 de Maio de 1958 – “ O Almirante Américo Thomaz é o candidato da União Nacional à Presidência da Republica (...) Nasce em 1894 em Lisboa, frequentou a Escola Naval, onde recebeu um prémio por ter sido o melhor aluno. (...) Foi Capitão de Fragata. (...), Fez serviços nos Cruzadores portugueses durante a I Guerra Mundial. (...) Em 1939 foi nomeado Presidente da Junta Nacional da Marinha Mercante, em simultâneo foi Chefe do Gabinete do Ministro da Marinha até 1944, altura que foi nomeado titular da pasta. (...) Recebeu vários louvores.” In DN, 1 e 2, 3/05/1958

4 de Maio de 1958 – “ A próxima eleição. (...) O processo de candidatura do Almirante Américo Thomaz vai ser entregue nos próximos dias, tornam-se assim três os candidatos à Presidência da Republica (...).
O General Humberto Delgado tem 52 , entrou para a Escola do Exército em 1922, concluiu o curso de piloto em 1933 (...) acabou o curso de Direito em 1936 (...) Promovido a Brigadeiro em 1952 e a General em 1953 (o mais novo das Forças Armadas). (...) Professor Catedrático da Escola do Exército (...), é actualmente Director-Geral da Aeronáutica Civil. (...) Desempenhou várias missões no estrangeiro (...) representou Portugal no comité militar da NATO (...) foi adido de Portugal em Washington. Foi condecorado pelos americanos e ingleses devido ao apoio que deu à causa aliada.
O Dr. Arlindo Vicente nasceu em 1906, (...) licenciou-se em Direito na Universidade de Coimbra, trabalhando ao mesmo tempo para sustentar os encargos. (...) Fixou residência em Lisboa onde exerce advocacia (...) Sempre se dedicou às artes plásticas” In DN, 1e2 04/05/1958

6 de Maio de 1958 – “ Vai iniciar-se a campanha eleitoral para eleição do Presidente da Republica” In DN, 1 06/05/1958

9 de Maio de 1958 – “ Os candidatos à Presidência da Republica, Humberto Delgado e Arlindo Vicente tornaram públicas as suas mensagens ao País. Humberto Delgado com a Proclamação e Arlindo Vicente com o Manifesto.” In DN, 1 e 7 09/05/1958

10 de Maio de 1958 – O Programa do Almirante Américo Thomaz: “ Se não oferece a perspectiva de experiências contigentes, promete prosseguir com a firmeza no espaço que ao longo de trinta anos renovaram Portugal” In DN, 1, 09/05/1958

11 de Maio de 1958 - “ No Café Chave de Ouro às 10 horas, o General Humberto Delgado tomou o seu lugar, a seu lado Vieira de Almeida, Aquilino Ribeiro, Dr. Rolão Preto, António Sérgio, Prof. Azevedo Gomes, Dr. Vasco da Gama Fernandes, Prof. Alcina Bastos, Arq. Artur Andrade, Dr. António Macedo e Dr. Luís Almeida Braga. (...) As perguntas dos jornalistas seguem-se. (...) “Se for eleito Presidente, o que faz ao Presidente do Conselho?”, “Obviamente demito-o!” fortes aplausos e risos ouviram-se na sala. (...) “O que pensa de Américo Thomaz?”, “ Não me interessa ninguém da União Nacional. Vão todos proteger a ditadura.”, “ Que atitude terá para com o P.C.P.?”, “Tanto quanto sei não há Partido Comunista em Portugal.”, “Que acha de Salazar?”, “ Evidentemente deve-se-lhe um grande trabalho de arrumação, mas não é de um economista que o País precisa. Está obsoleto. Não evoluiu nem um milímetro.” Delgado acrescentou ainda que caso seja eleito “Iremos para um regime forte do tipo militar”. In DN, 1 e 2, 11/05/1958


13 de Maio de 1958 – “ Admiração pela obra de Salazar e repulsa pelas afirmações de Humberto Delgado. (...) chegam à nossa redacção diversas cartas de apoio ao Pres. do Conselho e de protesto contra as declarações de Humberto Delgado.” In DN, 1, 13/05/1958

14 de Maio de 1958 - “Humberto Delgado é entusiasticamente acolhido pela população do Porto. Dois dias depois, regressa a Lisboa, e é recebido em Santa Apolónia por uma manifestação que é reprimida pela Polícia.” In S. J. P., 08/02/1999
15 de Maio de 1958 - Em entrevista ao jornal "Republica", durante o período eleitoral de 1958, o entrevistador qualifica-o como "um dos elementos mais destacado da actual situação". Replica que as suas funções são vincadamente de tipo militar, não passam do campo profissional, militares em geral, aeronáuticas em especial. "Sou um homem do 28 e não do 29 de Maio". Explica a mudança pela "transformação da dureza do provisório em definitiva, que nunca constou do programa". A ditadura "aceita-se como um termocautério para tratar um abcesso, acção intensa mas de curta duração". Anota a influência que a estadia nos Estados Unidos teve no seu espírito, na inclinação para um sentido liberal, que já vem de trás. In J.R., 1, 15/05/1958
- «No seu programa como candidato independente, sem qualquer compromisso partidário, Delgado propunha vários pontos de nítido cunho liberal: reintegração dos funcionários afastados do serviço por motivos políticos, amnistia a todos os presos políticos, liberdade de expressão e de associação, eleições gerais livres a curto prazo e moralização dos costumes políticos e da administração pública.» In R.M.P.

17 de Maio de 1958 – “Nota oficiosa do Governo reafirmando a disposição de evitar qualquer perturbação da ordem pública e impedir a criação de um ambiente propício a actos subversivos, e salientando que quaisquer manifestações que possam para eles concorrer serão severamente reprimidas.” In S.J.P., 08/02/1999


20 de Maio de 1958 – “Américo Thomaz em conferencia de imprensa diz que o Chefe de Estado não o chefe de alguns mas o chefe de todos os portugueses” In DN, 1, 20/05/1958


21 de Maio de 1958 - “ A propaganda da União Nacional em São Miguel” In DN, 7, 21/05/1958

30 de Maio de 1958 – « Dr. Arlindo Vicente retira-se da corrida a favor do General Humberto Delgado e firmam um acordo ( Pacto de Cacilhas) e divulgam um panfleto intitulado “Portugueses”» In DN, 1 e 2, 30/05/1958

4 de Junho de 1958 – Abertura editorial do Diário de Notícias apela ao voto num artigo com o título: “ O dever de votar”. In DN, 1, 04/06/1958

9 de Junho de 1958 - “ O acto eleitoral de ontem (...) com ainda varias freguesias por apurar, (...) os resultados até ao momento são os seguintes Almirante Américo Thomaz 81%, General Humberto Delgado 19%” In DN,1, 09/05/1958

10 de Junho de 1958 - “Nova contagem, (...) com quase todas as freguesias apuradas os resultados são: Almirante Américo Thomaz 75.6%, General Humberto Delgado 24.3%” In DN, 1, 10/05/1958

10 de Junho de 1958 - “A evidencia de fraude eleitoral foi tal que Salazar podia ter escolhido o polícia de giro mais à mão para Presidente da República” In NYT, 10/05/1958

3 de Janeiro de 1958 – “Humberto Delgado é compulsivamente passado à situação de “separado do serviço”, pelo que o seu vencimento será reduzido 25%, não poderá usar uniforme ou condecorações nem utilizar prerrogativas ou honrarias inerentes aos militares, ficando sujeito a responsabilidades de carácter criminal que lhe possam vir a ser imputadas.”
12 de Janeiro de 1959 - “Humberto Delgado refugia-se na Embaixada do Brasil, (...) com receio de uma manifestação organizada pela PIDE e pela Legião com o intuito de o assassinarem. (...) O Embaixador Álvaro Lins espantou o governo português ao acolher o refugiado. (...) demoradas negociações que duraram 3 meses, onde o próprio Salazar escreveu ao Presidente do Brasil Kubitcshek de Oliveira pedindo que não desse asilo (...) forçado pela opinião pública interna (...) o Brasil deu asilo político a Delgado que seguiu a 21 de Abril de 1959 para o Rio de Janeiro” In R.M.P..

Dezembro de 1961 - “No fim de 1961, acompanhado pela sua secretária brasileira, Arajaryr Moreira Campos, que esconde na sua bagagem a farda do General, entra clandestinamente em Portugal com o fim de se juntar aos conspiradores que preparavam a revolta que iria eclodir em Beja na passagem do ano. Delgado vem com um passaporte falso, disfarçando-se com óculos grossos, um farto bigode postiço e o chapéu carregado para a frente. Num sapato colocara uma pedrinha que o faz claudicar.” (...) “. Esta sortida causa-lhe dificuldades no Brasil devido a ter quebrado as normas do seu estatuto de asilado. Deixa o país em 1963 (...) fixa-se em Argel e funda aí em 1964 a Frente Patriótica de Libertação Nacional, composta por diversas correntes ideológicas, com marcada presença comunista. Também aqui falha em manter uma compatibilidade com os seus seguidores. Entretanto, havendo assumido a responsabilidade pela organização do assalto por Henrique Galvão e o seu grupo ao paquete Santa Maria em Janeiro de 1961, foi julgado à revelia e condenado a dezanove anos de prisão.” In R.M.P.

13 de Fevereiro de 1965 – “ Convencido que se ia reunir com um grupo de Oficiais que planeavam derrubar o Governo, Humberto Delgado segue para Badajoz. (...) uma brigada da PIDE chefiada pelo Inspector Rosa Casaco, com o consentimento do Director da PIDE Barbieri Cardoso, atravessou a fronteira utilizando passaportes falsos a fim de montar uma cilada que haveria de matar o General Humberto Delgado e a sua secretária” In R.M.P.
- “Em Villa Nueva del Fresno, Casimiro Monteiro, agente da PIDE, assassina Humberto Delgado.” In R.M.P.

17 comentários:

Pedro Lopes disse...

Bravo Rui, descrição premonorizada de um período que poderia (tenho a certeza que mudaria e para melhor)ter alterado o rumo da nossa história. Como já referi a eleição do "General sem medo" alteraria o curso da guerra colonial, da descolinização por inerência, e Portugal teria chegado mais cedo a uma sociedade livre. Aprendámos com o passado e não deixémos que "a pide" se atravesse no caminho do progresso, da liberdade, da Democracia.
A propósito, há quem defenda que os estados democráticos estão esgotados. Terá esta ideia fundamento? E qual a "evolução", entendasse para melhor, deste regime que vigora nas sociedades, ditas de Ocidente.

Rui Rebelo Gamboa disse...

Há, no entanto, uma afirmação de Humberto Delgado que me deixou algo apreensivo quando fiz esta pesquuisa "Delgado acrescentou ainda que caso seja eleito “Iremos para um regime forte do tipo militar"

Quanto à tua sugestão sobre a Democracia, é um problema actual, mas a minha opinião, assim de cor e sem pesquisar nada sobre esse assunto é que é a única forma viável actualmente, é claro que não é perfeita, mas é um mal menor. Não conheço nenhuma alternativa melhor.

Thomas More deu-nos a sua ilha Utopia, com um sistema de governação infalível, mas como sabemos não era bem assim.

Pedro Lopes disse...

Rui eu também li no jornal Público do fim de semana essa frase do Gr.Humberto Delgado "do regime forte do tipo militar", e tanbém parei aí por momentos. Mas o que concluí é que, sendo ele militar e querendo demarcar-se dos cívis que governavam, passou essa mensagem para segurar os amigos militares e tranquilizar quem tivesse receio de uma sociedade desamarrada, pouco moralista. Depois, se chegasse ao poder havia de aperfeiçoar o regime e, progressivamente,ir constituindo um verdadeiro parlamento.No entanto...
pois a Ilha onde afinal também reina a lei do mais forte e o mal...quem controla quem?

Rui Rebelo Gamboa disse...

Eu não sei se seria assim, os regimes militares da época não eram muito democráticos, mas pronto.

Eu não li o Público, estas notícias foram pesquisadas e retiradas da Biblioteca de Ponta Delgada, dos jornais da altura. O Jornal de Notícias que era do regime, o New York Times, de mais tarde a Revista do Mundo Português.

Pedro Lopes disse...

Já agora Rui, e como disses-te que estavas em época de trabalhos e frequências na UA, essa pesquisa e o texto que aqui escreves-te, foram para alguma cadeira?
Ou foi só por interesse, dado que mencionas-te o filme sobre essa época que agora estreou?
Esperava uma resposta mais extensa, que alargasse a discussão.
Nunca pensei, como me parece que interpretas-te, que tinhas retirado o conteúdo do que escreves-te do Público ou de outra fonte qualquer.
Seria o Gr. Delgado igual a outros lideres militares que formaram autênticas ditaduras sobre a sombra dos Exércitos?
Falar verdade, só assim interessa.

Rui Rebelo Gamboa disse...

Caro PP, eu não retirei o conteudo do Público, mas se o tivesse feito, também não estaria mal, penso eu, até porque retirei de outros jornais e serviria um bom fim, que é a discussão.

Eu já tinha estado algumas vezes na Biblioteca Pública a ler jornais, principalmente da época alta do salazarismo, para aferir, na 1ª pessoa, aquilo que se diz. Foi depois disso que me foi sugerido um trabalho, tipo cronologia de notícias, para a cadeira História Contemporânea de Portugal, pareceu-me ajustado publicar, porque este filme saíu recentemente e estreou, em 1º lugar, cá em Ponta Delgada, penso eu. Sinceramente, neste momento, não teria nenhuma chance de ir passar uma boa tarde para a Bilbioteca, simplesmente, não tenho tempo.

Quanto àquilo que poderia ter sido se Delgado tivesse sido eleito, é muito difícil dizer alguma coisa, como deves compreender, no entanto, só no campo das hipóteses, penso que íamos para um outra ditadura tipo militar, porque era aquilo que acontecia na altura, porque era a natureza do próprio (o ser autoritário), até porque, naquela altura, não parece que de outra forma se conseguisse governar, o PCP (que ele não reconhece, apesar de aceitar o apoio de Arlindo Vicente) iria fazer tudo para colocar Portugal do lado soviético e os americanos iam lutar contra isso, como é óbvio. No entanto, o que fica, o que é facto e aquio que deve ser realçado é a sua luta por algo que ele acreditava, mesmo no exílio e mesmo com a ameaça constante de poder morrer. É um heroi, para mim, não tenho duvidas disso, mas faltou-lhe algum realismo.

Se te interessas sobre este assunto, o site do PNR (aquele de extrema direita que fique claro que não tenho nenhuma simpatia por eles, mas é interssante e importante perceber as suas motivaçoes) tem uma entrevista a um ex-membro da PIDE (aliés tem várias) que não assume que matou o General, mas percebe-se que sim, é incrível e só visto!

Pedro Lopes disse...

O Kissinger, o Embaixador dos EUA em Portugal fez por assegurar que os comunistas não teriam assento nos governos de transição pós 25 Abril. Ainda bem, digo eu.
Não sei como seria com o Gr, Delgado, certamente com igual apoio.
Obrigado pela dica, vou ver se tenho "coragem" para aceder ao dito site.
Quanto à questão das fontes, eu acho condenável que se publique, na íntegra, o que outro autor escreveu. Isto é válido num Bloge, num jornal, num trabalho de faculdade, ou num livro publicado.
Certamente pensarás o mesmo. A honestidade intelectual a isso nos obriga.
Por isso frisei o facto de não pensar que o teu texto neste teu Bloge fosse ipsis verbi o que está no artigo do Público ou noutra fonte.
As fontes que mencionaste só provam que não te singiste a uma fonte mas sim a várias, espondo, tu, os factos depois das pesquisas.
Um ABRAÇÃO

Rui Rebelo Gamboa disse...

That's it, man!

O Kissinger foi embaixador em Portugal? Eu sabia daqule homem muito estranho que é o Frank Carlucci, mas do Kissinger não tinha ideia.

Mas digo-te, o Kissinger é um dos principais teorizadores sobre relações internacionais do século passado, goste-se ou não. E a verdade é que a teoria dele foi a que teve mais sucesso, again, goste-se ou não.

Pedro Lopes disse...

Tens razão é o Carlucci. O amigo do Artur Albarran

Pedro Lopes disse...

"Where is my mind, where is my mind"

Rui Rebelo Gamboa disse...

"Put your feet on the air and your head on the ground, where is my mind?" Era dessa musica dos Pixies que estavas a falar?

Pedro Lopes disse...

yes brother.
Foi a expressão que me lembrei para tentar colmatar a minha confusão (Kissinger/Carlucci).
"Curto boé Pixies"
Faz parte da minha "cultura músical".
Já vi que da tua também. Dá para perceber a tua sensibilidade músical pelas músicas que aqui vamos escutando.
Mas há muito mais.. Joy Division, The Smiths, The Cure, My Blody Valentine, B 52 (não o avião, claro), Happy Monday, e a lista não terminava....
Continuo a achar a música como o mel que adoça a nosso quotidiano.

Pedro Lopes disse...

A música tem capacidades que os terapeutas/ ou psicanalistas não tÊm, tais como mudar, de imediato, o nosso estado de espírito.

Rui Rebelo Gamboa disse...

Falaste aí numa série de grupos que fazem parte da minha herança também. Essa cena inglesa dos anos 80 (Smiths, Cure, Joy Division, etc) abriram muito caminho para o boom e popularização da música dita alternativa nos anos 90 até hoje.

Eu não gosto muito desses rótulos, gosto de música e sou muito exigente.

Pedro Lopes disse...

Pois é os rótulos.
A música alternativa de hoje, não é necessáriamente a de amanhã. Ou seja, para mim a música considerada alternativa, há-de ser sempre, a meu ver, aquela que não é das massas, que não é POPular.
Não me rejo por esta regra (de não ser de massas) pois há boa música que é conhecida ou está no ouvido das massas.
Eu penso que a diversidade músical impera nos dias de hoje e isto torna impossível criar rótulos que sirvam a tõa diversos estilos músicais.
Também eu sou muito exigente. A experiÊncia diz-me que só com várias audições (que muitos não tÊm tempo ou paciência, limitam-se a ouvir o que lhes é dado nas rádios, MTV´s e afins)se pode tirar tudo de uma tema musical. A armonia, os jogos instrumentais, muitas vezes de pergunta e resposta, os ritmos e todos os instrumentos que povoam esse tema o tornam num "organizado" conjunto de notas.
A música é um Mundo.

Rui Rebelo Gamboa disse...

"A experiÊncia diz-me que só com várias audições"

Tens toda a razão. Muita da música que para mim é hoje essencial, começou por ser algo incompreensivel e mesmo detestável, no entanto...

Pedro Lopes disse...

A audição superficial fica para "orelhas moucas".

E há quem não procure o seu "alimento".