11 maio 2006

Manuel Maria de Guimarães Carrilho

You´re unbelieveble!

37 comentários:

Anónimo disse...

Ontem, depois de o ouvir, fiquei sem saber se o que o anima é "mau perder" ou se, realmente, aquilo que ele diz tem fundamento...acabei confuso...é provavelmente uma mistura das duas coisas, não sei???? Seja como for, não consigo deixar de gostar do homem. Tanto quanto sei, foi um excelente ministro, ultra integro, dedicado e com uma intiligencia mt acima da média (na nossa classe politica) Não nutro simpatias pelo PS, nem pela esquerda de champagne, (o PS é mais esquerda de vinho...a de champagne é o Bloco eh ehe ehe eh ), mas sempre simpatizei com o Carrilho...se calhar estou cego!!

Pedro Lopes disse...

A vaidade estraga o ser humano.
O Carrilho, como filósofo que é, deveria sabê-lo.
Não me recordo de vê-lo disputar, com votos entenda-se, eleições, e pode-se concluir que não sabe perder.
Lamentável

Pedro Lopes disse...

(cont.) nunca o vi disputar eleições, a não ser as que perdeu para a Câmara Municipal de Liboa.

Anónimo disse...

Não sei, sinceramente, se a postura dele, de ontem, foi a de uma pessoa que não sabe perder (as expressões faciais, os maneirismos, a tonalidade verbal, as palavras que usou e as referencias que invocou, enfim, todo o seu ser, não comunicava o sentimento de mau perder...mas pronto, se calhar eu estou errado e, no seu intimo, Carrilho sentia as mais vis emoções e intenções...Who knows??

Anónimo disse...

Na minha opinião, um filosofo é alguém que sabe se deixar estragar por todas as emoções e sensações, sem sucumbir a elas, reservando um espaço que lhe permita pensar o que sente...

Pedro Lopes disse...

Caro Ezequiel já reparei, e li, que nutre simpatia pelo Carrilho, mas penso que não deu suficiente importância à vaidade que eu, humildemente, atribuo ao visado.
O filosofo deve pensar e reflectir sobre o tangível e o não tão óbvio, e Manuel Maria, turvado pela vaidade, não soube fazer uma análise racional (minha opinião)e ver que, as qualidades que lhe sobram noutras áreas, não as tem para um cargo que exige muito de relacionamento pessoal e grupal. Ele, como um bom filósofo, dá-se melhor sozinho nas suas reflexões e em família.
Claro que terá razão em algumas coisas que afirmou.
Um abraço Z. encontrámo-nos aqui

Anónimo disse...

(estou num teclado estrangeiro)

Caro PP,

Acho que se esta a precipitar. Nao nutro qualquer simpatia pelo carrilho alem de empatia natural de humano. Descrevi as minhas impressoes, obvmt. Posso estar completamente enganado.

Quanto ao "O filosofo deve pensar e reflectir sobre o tangível e o não tão óbvio" , a impressao que tenho e que os filosofos nao se regem pela categoria do dever (deve pensar sobre x ou y etc). Afirmar que a filosofia deve reflectir sobre isto ou aquilo e', a meu ver, como pedir a uma pessoa que so pense em x ou y. A filosofia, tanto quanto sei, que nao e muito, e' o cultivar da sensibilidade, da abertura ao mundo e, como tal

Anónimo disse...

permite pensar sobre o tangivel o intangivel, o imponderavel, o inefavel, o evidente

ps: um dos mais influentes filosofos de sempre, wittgenstein, dedicou mt tempo ao estudo do obvio e do evidente e nao se deu nada mal. A filosofia, como disciplina mae, abrange tudo, desde a psicologia ate a arte, historia...

bem, pelo menos foi isso que aprendi...

Anónimo disse...

desculpas,
um abraco para si tb
(estou num teclado estrangeiro)

Rui Rebelo Gamboa disse...

Eu acho que o Carrilho não está ao nivel dos políticos portugueses, está acima. E mantem uma intergridade que o prjeudica, a questão do aperto de mão é o melhor exemplo, os políticos têm qu ter a capacidade de ouvir as piores ofensas e depois, com um sorriso, cumprimentar o adversário como se estivesse tudo bem.

Agora as razões que ele apresenta, que houve tipo um 'complot' da comunicação social, dos comentadores, etc, contra ele, não são de acreditar e ele devia ter previsto isso antes de escrever esse livro. Ele devia saber que a comunicação social, em Portugal e não só, alimenta-se é disso e não tanto dos conteudos, por isso sente-se magoado. Mas, meu amigo, ele está mesmo a pedi-las, ele devia saber que não há lugar para esse tipo de sentimentos na política e que assim é devorado, como está a ser.

Por um lado sente-se alguma simpatia pelos seus principios, mas por outro, temos que convir que ele é muito ingénuo. E para mim, já não tem qualquer futuro como político, agora só a trabalhar na rectaguarda.

Pedro Lopes disse...

Caro Ezequiel sem querer dar muita importância a um assunto que não a tem, na sua primeira intervenção na temática Carrilho afirma "(...)não consigo deixar de gostar do homem.(...)Mas sempre simpatizei com o Carrilho." Se estas palavras não querem demonstrar uma simpatia bastante grande por alguém, quais as expressarão?
No que toca à filosofia a minha área de estudo são as ciências sociais, e conheço um ramo da filosofia, a filosofia social, cujo seu significado aponta claramente para uma "explicação englobante e total das razões da existência social e uma interpretação normativa das formas de organização social."
Talvez por ser tão vasta, como afirma, estas disciplina se divida em alguns ramos, e daí partam para uma análise mais racional, para uma reflexão mais concreta.
Concordo quando diz que a filosofia não deve ter barreiras ou reger-se por princípios pré determinados, pois o seu propósito é ir mais além, é procurar aquilo que não é procurado, é tocar no misticismo...e é muito mais.

Vamos continuar a partir pedra,sempre de forma positiva e com um propósito construtivo

Pedro Lopes disse...

Amigo Rui estamos todos de acordo em relação à incapacidade do Carrilho em lidar com eleições e com o que lhas está subjacente.
Também concordamos que o senhor tem virtudes inteléctuais, e que a Bárbara conhecerá, porventura, outras.
Em relação à "cena" do não aperto de mão, penso que; se eu for insultado e desprezado por alguém, só se eu fosse hipócrita ou até débil mental, é que cumprimentaria essa pessoa.
Em relação à situação Carrilho vs Carmona não tenho a situação suficientemente presente para aferir com justiça se o seu gesto foi justificável ou não.
Quanto ao lançamento do livro e as suas acusações já me expressei, negativamente.
Será que vou ter de lê-lo para clarificar a minha opinião???
Penso que não resultaria pois ficamos só a saber uma versão da estória. Se sair o contra-livro, leio os dois....
saudações giratórias

Rui Rebelo Gamboa disse...

Mas se está em politica, tem que engolir sapos, mesmo que não tivesse apertado a mão do Carmona, não podia era por as culpas na comunicação social porque só falou nesse caso. É claro que a comunicação social só falou nesse caso (ou melhor falou mais desse caso), é disso que eles vivem, até mesmo a mais séria.

Pedro Lopes disse...

Sem dúvida. Onde esteve Carrilho nos últimos 25 anos? Os média querem os exclusivos bombásticos.O que foge à norma.
Eu também gostaria de uma comunicação social com mais sériedade com mais "sumo", mas as vendas e o "chare" de audiências obrigam a títulos mais coloridos, com mais impacto emocional.Enfim, acabamos por ser "nós" a alimentar esta procura pelo choque.
Como acabar com este ciclo?

Anónimo disse...

Caro PP,

compreendo pq é que pensou o que pensou. Estamos perante uma questao semantica que tem a ver com significado de empatia, simpatia etc. Mas, OK, FAIR POINT!!! :)

Anónimo disse...

O ciclo nunca acabará enquanto vivermos em sociedades livres e democráticas!! O que deve acontecer é a formação e consolidação do pluralismo na cobertura e sensibilidade mediática!! Se pretendêssemos impor critérios normativos de seriedade, a coisa nunca funcionaria pq, como é sabido, os próprios mecanismos de supervisão podem tb ser pervertidos e manipulados. A melhor forma é “criar” um sistema complexo de poderes e contra poderes na sociedade civil. Um sistema dinâmico de equilíbrio. (existirão sempre os tribunais para os casos extremos de difamação etc)

Rui Rebelo Gamboa disse...

A questão, Ezequiel, passa pela falta de participação política da sociedade civil, tal como já tinha referido noutras intervenções, essa participação em Portugal e não só, acaba na participação eleitoral.

Anónimo disse...

Exactamente. Cá, a sociedade civil acaba, quase sempre, por ser uma extensão, directa ou indirecta, de um estado omnipresente, nas práticas e nas mentalidades. É uma coisa impressionante!! Em alguns casos, as sociedades civis emergentes da europa de leste, são bem mais dinâmicas e independentes do que a portuguesa(que surgiu há mais tempo). A estatização de tudo e todos (um pqno exagero), é um dos grandes males da nossa sociedade.

Pedro Lopes disse...

Consensual. Vejamos o exemplo da candidatura presidêncial de Alegra e, passando a fase pré-eleitoral e eleitoral, centrémo-nos no seu "movimento cívico". Nada fez. Com uma força de 20% de votos (se bem que empolada pela candidatura de Soares)não aproveitou o balanço para criar os tais contra poderes, que elevariam o debate, alertariam a opinião pública para certas questões e "cozinhados", para uma revitalização da sociedade cívil.
Enfim, renderam-se ao poder dominante, diliuram-se nesta nossa sociedade.
Quanto aos média, nada a acrescentar, a não ser que todas as fronteiras que forem postas pelo bom senso (de quem), serão sempre vistas como censura pelos mais radicais...talvez por todos nós

Anónimo disse...

Bem, nada fez pq, como é sabido, não se tratava, verdadeiramente, de um movvimento civico, mas de malta que estava, de uma forma ou de outra, associada a partidos, mas que, na conjectura eleitoral, decidiu que Alegre seria uma aposta válida. Enquanto o estado não for radicalmente reconfigurado na nossa sociedade(mas não extinto) nada mudará. Mesmo assim, duvido que as coisas mudem. Começo a pensar que as coisas terão que ficar bem piores, ainda, antes que melhorem. Não há vontade política em Portugal para reformar, da parte do eleitorado e, por conseguinte, dos politicos. Os políticos não tem tomatos para dizer a verdade (como medina carreira). Quando tudo ficar mal, muito mal, as forças reformadoras beneficiarão do beneficio da dúvida(??). Até lá, é escusado. Portugal anda a fugir à seringa!!

Pedro Lopes disse...

è um facto caro Ezequiel, o eleitorado, em especial o mais jovem, olham para a política com desdém, com repulsa. Não votam, viram as costas a tudo o que diga respeito a essa nobre área. Porque fazer política é trabalhar por um bem comum, encontra e pôr em prática soluções que melhorem as nossas sociedades. Com ideais...
Não nego que a culpa seja dos (maior parte) políticos que temos, é verdade que não dizem a verdade, só os que não têm aspirações de "carreira política" parecem dispostos a falar claro.
Carreira política, penso ser essa a grande questão, o grande problema digo. Os nossos políticos começam nas jotas (juventudes partidárias) e seguem a "natural" carreira política. Não têm experiência prática de vida, não conhecem nenhuma área em especial, mais, nunca mostraram competência em nunhuma função que os habilitassem a um cargo político. Pois claro, um cargo político, que dá poder, exige ponderação e conhecimento de causa. Exige conhecer a prática actual para teorizar sobre eventuais mudanças que têm um efeito nacional.
Enfim não me quero alongar, mas este são os políticos que tomam decisões por nós. Fomos "nós" que os elegemos, demos-lhes, portanto, carta branca.

Pedro Lopes disse...

Apimentando um pouco a questão do défice de qualidades do nossos políticos, apetece-me expressar aqui a minha grande frustração pela incipiência do debate político na Assembleia Legislativa Regional do Açores.
Fala-se muito, mas de quase nada. Apresentam-se poucas propostas, faz-se pouco trabalho de interesse público e muito de interesse partidário.
Custam-nos muitos euros manter deputados, 52 salvo erro, e as suas reformas, e ajudas de custo, e deslocações e alojamento, etc..
Teriam, como têm, direito a estas benesses se trabalhassem de facto pensando no interesse comum, e das ilhas que representam. Mas manter o poder ou destronar quem lá está parece ser mais motivador, mais importante. "Acuso eu hoje, acusas-me a mim tu amanhã", é essa a óptica da política que se pratica.

Anónimo disse...

Sim, PP, de facto (e disto posso falar pq, como espectador assíduo da rtp-a, assisto a debates absurdos) a qualidade da discussão política na AR é muito baixa. Ridiculamente baixa!

Pedro Lopes disse...

No seguimento deste tema, e depois de ouvir no programam da RTP-A Língua Afiada, defender que os média assumam, em eleções políticas, qual o candidato que apoiam, não posso deixar de manifestar, nem que seja aqui, a minha total discordância com esta afirmação.
Eu defendo que os média têm um papel informativo, esclarecedor. Neles há lugar para a informação, à cultura, à pedagogia, ao entertenimento, ao makting e á propagando, entre outros. Mas estes últimos têm lá lugar, mas não omitindo ou distorcendo, nunca sendo parcial, pois assim a liberdade de expressão saí beliscada.
A mensagem política chega-nos pela sua divulgação. Os partidos politicos podem e devem difundir as suas mensagens as suas ideias, os seus programas políticos, mas nunca tentar, de forma dissimulada ou assumida controlar os média e comprá-los. Assim a mensagem saíria distorcida, passaria a ser uma propaganda política, como a guerra coca-cola vs Pepsi, em que quem ganhar no markting ganha nas vendas independentemente da "qualidade do produto".

Pedro Lopes disse...

E mais, seria muito ingrato para os jornalistas e pessoas que trabalham nesses meio de comunicação social, saberem que o Patrão "assinou contrato" com o partido X, sendo eles do partido Y, e não concordando com aquilo que são obrigados a dizer ou escrever, porque o Patrão assim o quer. Pelo amor de Deus, defender esta posição é tornar os mass média, naquilo que todos tememos: quem controla os média, controla a sociedade, é defender o estilo Berlusconi....

Rui Rebelo Gamboa disse...

PP, se a estação de TV for privada a questão é outra, mesmo assim é eticamente errado, mas se for estatal e com o fim de serviço público...

O problema não está tanto nos políticos, em si, mas sim no sistema partidário, na forma como estão constituidos e na finalidade que têm, mas que não é assumida, são uma maquina de criar tachos e um veículo para que alguns (poucos) iluminados façam algum serviço em prol da sociedade, independentemente das ideologias.

Ezequiel detecto em
"Enquanto o estado não for radicalmente reconfigurado na nossa sociedade(mas não extinto) nada mudará" algum sinal revolucionário? eheheh

E também concordo que o Movimento Alegre não foi mais que uma especie de partido que foi criado para aquele fim, tinha as mesmas caracteristicas e os mesmos intervenientes, é preciso que não haja a ligação partidária para ser realmente movimento cívico. Senão vejamos, o que move todos os grupos (partidos incluídos) é a defesa de interesses comuns. Assim é preciso que os individuos que tenham, de facto, esses interesses comuns se unam e lutem por ele. O Alegre e seu movimento lutou pelo objecto que os partidos também lutam: o poder.

Anónimo disse...

A revolução vai acontecer sem que sejam precisos revolucionários. O que tem que ser tem muito força!!! eh ehe he:)

Anónimo disse...

O poder é a questão...Mas há muitas formas de poder e Alegre queria convençer-nos que esta era uma nova forma, mais participativa e espontânea...Pois...Pois! Eu apoiei a sua candidatura logo no principio, talvez movido pelo carisma de poeta do homem, confesso. Até inscrevi o meu nome na lista de apoiantes na net. Um dia depois, ouvi o poeta a pronunciar-se na globalização e fiquei com dores na meloa, tais eram os remorsos e sentimentos de estupidez. Enviei um email para a campanha, por 3 vezes, a pedir que retirassem de lá o meu nome. Responderam-me, por 3 vezes, a dizer que "tinham recebido a mensagem”. Nunca tiraram de lá o meu nome que, em bom da verdade, não lhes atrairia mais eleitores. Foi aí que percebi que era, afinal, um partido. Foi uma desilusão (bem, não exageremos, não perdi muito sono a pensar nisto) Pensei: mas que porra!!

Anónimo disse...

SOBRE a globalização

Pedro Lopes disse...

Caro Ezequiel, o que pensa da intrumentalização dos média e dos que defendem "que estes devem assumir preferências quanto a candidatos a apoiar"?
A propósito, na política actual, a figura da empresa de comunicação e imagem já é um ponto assente.
O verdadeiro trabalho de markting.
Saudações camaradas

Pedro Lopes disse...

Caro Ezequiel não posso deixar de comentar aqui, pois lá não tou inscrito, o comentário "assaz mordaz" que fez a um tal de JN, no Blog :ILHAS.
Gostei..eh-eh-eh.faço ideia como saírão os infantes de tão nobre Açoriano.
Para tão culta personagem muito me admira que não tivesse conhecimento da greve, que dura há mais de 16 anos,dos funcionários dos museus. Talvez um pouco de "vida real" não fizesse mal!!e de vocabulário menos vernáculos...eh,eh

Pedro Lopes disse...

(...)greve dos funcionários dos museus em férias da páscoa."

Pois é caro Rui, se cidadãos como nós, sem "cartão do partido", quiserem dar o seu contributo para elevar o debate político, para pôr em prática algumas medidas, para dar a conhecer, em cede própria, propostas reais, úteis e objectivas, não têm espaço.
Quem quer, em democracia poder aceder a lugares executivos tem de fazer carreira no partido.
Não sei, mas penso que sim, se costumas visitar o Blog :ilhas. Lá referem-se à saída do Nuno Mendes, jornalista, do programa Língua Afiada para "ir para o governo". Dizem que foi "comprado, para se calar". E dão mais um ou outro exemplos. Até se referem ao Barata, dizendo que a ele "por ter maios IRS vai ser mais díficil calá-lo."
Sim, porque lá dizem que todos têm o seu preço.Mas o que é esta merda!!!
Será que já não há dignidade, honra e príncipios.~
Será que todos temos um preço?
Eu recuso-me a acreditar nisso.
...bom talvez um super jackpot do euro milhões.....à pois é!

Pedro Lopes disse...

Vejam o protagonista destes comentários (MM Carrilho) em entrevista a Mário Crespo na SIC Notícias. Repete daqui a 1 ou 2 horas. Já vi uns treixos.
MMC responde e aponta armas. Sem papas na língua.

Anónimo disse...

Caro PP,

Eu sou amigo de liceu do JN. Admiro a sua inteligência e a forma (coimbrã) como escreve apesar de achar que, ocasionalmente, exagera com o rococó verbal...

Só faço este tipo de comentário satiríco pq o conheço muito bem e porque somos bons amigos. Caso contrário, não o faria. Acho que na blogosfera deve imperar a liberdade expressiva.

cumprimentos,

Anónimo disse...

Caro PP,

"Caro Ezequiel, o que pensa da intrumentalização dos média e dos que defendem "que estes devem assumir preferências quanto a candidatos a apoiar"?

Não sou especialista em estudos eleitorais. No entanto, penso o seguinte:

Temos, perante nós, estas alternativas:

Impomos um critério ético rigoroso aos media. Esta possibilidade levanta os seguintes problemas:
-quem é que elabora o critério e porquê?? (os juizes? Não. Pq isto levaria a uma politizaçãoa ainda mais conflituosa e problemática do que a actual. Arrastaria os juizes para um dominio que não é o deles)Isto poderia suscitar uma politização infinita do critério = conflito eterno)

OS responsáveis pela elaboração e implementação do critério teriam que ser democraticamente legitimados. Certo!?? Ora, teoricamente falando, a legitimização democrática é desejável, evidentemente. Mas, em determinados casos, pode ser autofalsificada pelo conflito permanente, pela articulação de interesses particulares que pervertem o bem comum, bla bla bla.

Ou seja, a tentativa de impor uma normatividade de cima para baixo, levaria a um problema muito maior. (não sou anarca, acredito que em matérias de criminalidade o estado deve ser forte, muito forte...mas não é disso que estamos a falar aqui)

Portanto, o melhor a fazer,seria permitir tudo. É uma fórmula simples e democrática e, em termos comparativos, a acessibilidade dos cidadãos ao processo expressivo da democracia, não seria condicionada pela burocratização da normatividade. Se existirem media que se autodefinam como "objectivos" pois que o façam. Se existirem media que optam por explicitar as suas disposições políticas, pois que o façam. Cabe aos cidadãos avaliar as opções. Aliás, como inumeros estudos na psicologia analítica revelam, a racionalidade consiste, essencialmente, na capacidade de comparar possibilidades. Quanto maior for o pluralismo melhor será a capacidade de julgar (em principio. Há outros, como Max Weber, que afirmam que o pluralismo radical leva à atomização da vida social e à consequente perca da sensibilidade social)

Na GB, este é o sistema que vigora. A BBC assume a postura da objectividade. A sky tb, embora menos. No entanto, por várias vezes, já me deparei com a BBC a ser muito parcial e com a sky a corrigir, por assim dizer, os excessos da BBC. É um processo complexo de avaliações e contra avaliações. Em princípio, penso que é salutar, para todos nós, termos a possibilidade de usufruir de várias fontes de informação. Trata-se de uma verdadeira collage, para usar um termo meio naian. Em suma, penso que é preferível situar a vulnerabilidade da manipulação ao nivel social e não ao nivel do estado (são menos pessoas que tem acesso ao nivel estatal). Pelo menos, cá por baixo, podemos ir comparando, discutindo....

É isto que eu penso, meu caro.

Anónimo disse...

Ou, como diz o ditado popular: é melhor saber com quem lidamos do que tentar saber quem é que nos está a lixar....

Parece elementar, mas não é, de forma alguma.(a meu ver) é interessante notar que não há nenhum pensamento elaborado, de qualquer teórico ou filosofo, que já não tenha sido pensado pelo povo. A meu ver, é um dos assuntos mais interessantes na sociologia da filosofia etc. O que acontece é que a mesma ideia é "traduzida" para um vocabulário mais "esotérico" (tipo portugues coimbrã)...o filosofo mais brilhante de sempre (uma opinião, evidentemente), Wittgenstein ocupou-se das coisas mais simples...é tão simples que os catedráticos inicialmente não o compreendiam...eh ehe eh eh heh e heh e he he he he he h (tiveram que aprender o vocabulário da simplicidade outra vez) :)

Pedro Lopes disse...

Aqui só podemos comentar, e por vezes lamentar. Poder executivo nicles.
Será a Blogosfera o Muro das Lamentações da net?
Continuarei a lamentar-me, aqui neste muro...do Rui

Nota: Quem sabe se este Blog não é o embrião de um verdadeiro Movimento Cívico. Apartidário, em luta de uns Açores mais...tanta coisa