Antes de mais sinto a necessidade de me desculpar perante os meus fieis seguidores, pelo facto de, cada vez mais, não ter disponibilidade para postar. As razões já aqui as apresentei, espero que as compreendam e que não desistam de cá vir.
No seguimento do último post, sobre a futuro da Educação em Portugal, hoje vou propor um comentário à reportagem que passou na RTP-1, sobre a violência nas escolas, nomeadamente sobre os professores. As razões mais imediatas penso que são claras e passam pelo facto de, cada vez mais, se retirar a autoridade aos professores, pela sua própria má formação e falta do dom e gosto para ensinar e por uma política de extrema protecção aos alunos. Sobre estas razões não gostava de me alongar muito. No debate que se seguiu realço o facto de todos os intervenientes afirmarem que aquelas imagens e relatos são um caso isolado. Para mim é mais uma tendência, pois há 10, 20 anos era impensável que tal acontecesse. Devo relatar a minha experiência e comparar com o que se passa actualmente: quando eu estudava no preparatório e no secundário, havia algo que eram as faltas a vermelho que penalizavam os comportamentos mais impróprios na sala de aula, hoje em dia, segundo o que me dizem alguns professores, não se podem dar as faltas a vermelho, pois, ao que parece, podem marcar as crianças psicologicamente. É um disparate, pois eu levei faltas a vermelho e, acreditem, não fiquei marcado.
Perante as imagens da reportagem há um facto que deve ser realçado: na sua maioria aqueles prevaricadores eram de cor e penso que nenhum dos intervenientes do debate que se seguiu (não vi todo) mencionou esse facto. O politicamente correcto sobrepõe-se ao problema real de fundo. Esse problema reside nas regras, ou falta delas, que actualmente existem em Portugal em relação à emigração.
Demarco-me, como é óbvio, dos movimentos de extrema direita e de racismo que por aí andam. Penso não haver necessidade de apresentar esta espécie de justificação, mas de qualquer forma é melhor assim. Os movimentos de extrema direita são movidos por racismo, as razões que me fazem pensar assim são outras: o Estado existe para defender os direitos dos seus cidadãos e melhorar o seu nível de vida, o Estado deve garantir que o país seja competitivo a nível internacional e para isso deve implementar políticas públicas. Assim essas políticas públicas devem ter como fim criar condições para o desenvolvimento e não a protecção de todos os cidadãos de outros países.
No seguimento do último post, sobre a futuro da Educação em Portugal, hoje vou propor um comentário à reportagem que passou na RTP-1, sobre a violência nas escolas, nomeadamente sobre os professores. As razões mais imediatas penso que são claras e passam pelo facto de, cada vez mais, se retirar a autoridade aos professores, pela sua própria má formação e falta do dom e gosto para ensinar e por uma política de extrema protecção aos alunos. Sobre estas razões não gostava de me alongar muito. No debate que se seguiu realço o facto de todos os intervenientes afirmarem que aquelas imagens e relatos são um caso isolado. Para mim é mais uma tendência, pois há 10, 20 anos era impensável que tal acontecesse. Devo relatar a minha experiência e comparar com o que se passa actualmente: quando eu estudava no preparatório e no secundário, havia algo que eram as faltas a vermelho que penalizavam os comportamentos mais impróprios na sala de aula, hoje em dia, segundo o que me dizem alguns professores, não se podem dar as faltas a vermelho, pois, ao que parece, podem marcar as crianças psicologicamente. É um disparate, pois eu levei faltas a vermelho e, acreditem, não fiquei marcado.
Perante as imagens da reportagem há um facto que deve ser realçado: na sua maioria aqueles prevaricadores eram de cor e penso que nenhum dos intervenientes do debate que se seguiu (não vi todo) mencionou esse facto. O politicamente correcto sobrepõe-se ao problema real de fundo. Esse problema reside nas regras, ou falta delas, que actualmente existem em Portugal em relação à emigração.
Demarco-me, como é óbvio, dos movimentos de extrema direita e de racismo que por aí andam. Penso não haver necessidade de apresentar esta espécie de justificação, mas de qualquer forma é melhor assim. Os movimentos de extrema direita são movidos por racismo, as razões que me fazem pensar assim são outras: o Estado existe para defender os direitos dos seus cidadãos e melhorar o seu nível de vida, o Estado deve garantir que o país seja competitivo a nível internacional e para isso deve implementar políticas públicas. Assim essas políticas públicas devem ter como fim criar condições para o desenvolvimento e não a protecção de todos os cidadãos de outros países.
Portanto a pergunta que fica é: não terá este problema origem numa barreira ideológica?
9 comentários:
Caro Rui
Quando iniciei a leitura do teu post, pensei (e creio que bem) que te debruçarias sobre o tema da crescente insegurança nas escolas e no clima de terror que alguns alunos criam junto de colegas e professores, não se coibindo de, inclusivé, agredi-los.
Contudo no final suge a questão da "barreira ideológica", e confesso fiquei algo confuso sobre o que comentar, pois nos dois últimos parágrafos centras a questão na origem dos prevaricadores e na imigração e suas políticas.
Esclarece-me quais as "barreirtas ideológicas" a que te referes.
Até já
Posso, no entanto, comentar os dois primeiros parágrafos, que se referem à violência exercida pelos alunos, em especial, na que afecta os docentes.
Concordo quando dizes que há um excesso (não sei se a palavra excesso se deve utilizar nestes casos...estarei a ser politicamente correcto) de protecção e preocupação de se ser pedagógico, que se descuram aspectos como: quem protege os professores?
Segundo sei, a penalização mais grave que pode ser aplicada por um conselho executivo de uma escola é a expulsão por 10 dias da presença na escola.
Há uma medida/punição ainda mais gravosa, mas que só é aplicada em situações extremas, como agressões graves a docentes ou outras muito graves, como uma tentativa de violação.
Contudo, a questão que se põe é se tais punições são dissuasoras de comportamentos deste genero.
Eu temo que a resposta seja não. Efectivamente os jovens de hoje "aproveitam" a liberdade que têm para dar assas a actos de vandalismo e desrespeito pelo seu próximo. Estes jovens já têm consciência da protecção que lhes é dada pelas Leis, pelos principios pedagógicos. Como dizes,e bem, para não marcar psicológicamente.
A verdade é que eu também sou do tempo das faltas a vermelho. E como sabes eram dissuasoras. Bem, uma expulsão de 3 dias já era uma bomba atómica, quanto mais 10 dias ou expulsão daquele estabelecimento de ensino.
Não sei como se conseguirá equilibrar principios pedagógicos com imposição de autoridade, pelo menos com as Leis que já temos e com os jovens que por aí andam.
Caro Rui, dá-me resposta que eu continuo.
Bom, eu não vi o referido programa, mas conheço, e bem, esta realidade.
PP, o problema que eu coloco tem como base aquela reportagem que deu na RTP-1, viste? E a verdade é que a maioria daqueles prevaricadores/agressores eram de cor. Não me parece correcto esconder este facto, é a realidade.
Como disse as razões mais próximas podem passar por faltas de políticas para a Educação, mas penso que o problema de fundo é a imigração em Portugal, as regras não são adequadas. Existem problemas que podem ser resolvidos com os imigrantes (o envelhecimento da população), mas existem outros, como a insegurança nas grandes cidades (bairros probleméticos) e, neste caso, nas escolas, que têm origem, claramente nos imigrantes.
A barreira ideológica não permite que se criem regras que coloquem os interesses do país e dos seus cidadãos, à frente dos interesses de todos e quaisquer cidadãos vindos de outros países. A barreira ideológica que eu acho que existe em Portugal tem a ver com o sentimento do Estado de ser pai de todos os cidadãos, inclusivamente dos estrangeiros, o Estado não tem que ser pai, o Estado tem que criar condições para o desenvolvimento do país, acima de tudo.
Isto inviabiliza, na minha opinião, que o Estado seja o pai daqueles que precisam mesmo, o Estado não pode tratar todos da mesma forma.
Portanto, não penses PP, que se trata de racismo, trata-se de realismo. Portugaç precisa de imigrantes para evitar o envelhecimento, então que venham, é um bom negócio para ambas as partes. Mas Portugal se não precisa de imigrantes para mais nada não pode os integrar só por solidariedade, porque está a por em causa os interesses dos seus próprios cidadãos. Tenho a certeza que existem muitas crianças que estão a ser prejudicadas no ensino devido áqueles agressores, que são, como vimos, na sua maioria de cor. E já dei o exemplo dos bairros problematicos, quanto se gasta com esses bairros, em RSI, em policiamento e em policias mortos? Para quê?
Veja-se o exemplo dos EUA, enquanto precisaram de trabalhadores vindos da América Latina, tudo bem, mas como agora há um movimento muito grande contra a insegurança que eles estão a criar, o Executivo americano vai implementar medidas para acabar com a imigração ilegal, só entram se tiverem um emprego à espera e se não tiverm antecedentes criminais.
Tu falaste e bem dos problemas que eu considero ser os mais imediatos e falaste com propriedade e conhecimento, eu~só tenho o conhecimento daquilo que me dizem, por issso afirmei que não me queria alongar muito nessa área.
Agora ao ver-se aquela reportagem, relembra-se os problemas que os imigrantes trazem para Portugal e é esse o problema que eu quero tratar. Eu só quero os benefícios que os imigrantes possam trazer a Portugal. Portanto a barreira ideológica fica outra vez explicada, mas de outra forma: o Estado acha que deve dar abrigo a todos os imigrantes, não medindo os custos e benefícios, enquanto eu acho que o Estado só deve dar abrigo aos imigrantes que trazem benfícios ao País.
Está explicado porque não percebeste a segunda parte do meu post, não viste a reportagem. São imagens que penso de camaras escondidas em salas de aula, onde os alunos,de 12/13/14 anos andam à pancada uns cons os outros duarnte a aula ao lado da docente, ameaçam e chegam mesmo a agredi-la e a regar geral é ver um ou dois alunos a quererem estudar e os outros na barafunda, tudo em tempo de aula, com os professores a darem aula. E o que se verifica é que são todos de cor, são todos imigrantes, junta-se isso aos probelmas dos bairros problemáticos de Lisboa, aos arrastões nas praias (se bem que isso foi mais empolado que outra coisa) e temos que concluír que há um problema com o imigrantes, que tem de ser resolvido. O que aqueles comentadores acham ser um caso isolado eu acho ser uma tendencia que vai aumentar.
Rui só pedi para precisares o tema para não me alargar demasiado e porque são ambas questões de longo debate.
Quanto à questão ideológica que referes - o ser aceite e quase inquestionável que quem cá entra e trabalha tem iguais beneficios, seja nacional ou estrangeiro - dou-te alguma razão.
Dou-te razão pois é inquestionável o facto dos chamados emigrantes de 2ª e 3ª geração, pois muitos são filhos dos africanos ex- PALOPs que para cá vieram em 74/75, serem os que mais problemas criam e mais violência exercem dentro e fora das escolas.
Estes jovens, cujos pais trabalham maioritáriamente na construção civil, Limpezas e seguranças( tendo por isso horários anormais de trabalho)creceram sem suporte familiar, sem necessidade de cumprir as regras impostas pelos pais, pois estes não tinham forma de os controlar, nem se davam ao trabalho ou tinham tempo para ir À escola falar com os professores. Não esqueçer que sofrem logo do estigma de morarem nos chamados "bairros problemáticos",
O que é um facto é que estes bairros são mesmo problemáticos e que a quase totalidade da sua população é de origem africana (ex-Palop). Enumerei em cima algumas das razões, que são factos, também.
Mas eu não defendo uma desculpabilização destes comportamentos só porque estes criminosos são filhos de pais trabalhadores. Os pais, ou os que trabalham, seguem o seu propósito, o de tentar uma melhoria na qualidade de vida ou, maioritáriamente, o sustento diário. Agora insurjo-me contra os que, tendo condições para se integrarem (através da escola ou do trabalho), não as aproveitam, "revoltando-se" contra uma sociedade de trabalhadores, onde vivem mas que não sentem sua, e usam essa desculpa para cometer crimes e actos de vândalismo.
Meu amigo Rui, o que se passa nos dias de hoje, é que este tipo de discurso que fizeste/escreveste, não é bem aceite na nossa e outras sociedades, pois o descurso dominante é o da igualdade e de integração dos emigrantes.
Digo-te mais, qualquer incurção dos partidos de direita nesta àrea é logo alvo dos mais vis ataques por parte da esquerda e de movimentos sociais e civicos, tais como de emigrantes e de defesa da igualdade. Levavam uma sova, que dificílnmente se levantavam.
No entanto, não por um limite no número de entrada de emigrantes, ou continuar a acolhê-los como cidadõas de pleno direito, pode, no futuro, criar situações de grande tensão social, que levarão a uma extremização das possições dos ditos de direita, e terão mais peso eleitoral pois a criminalidade provocada por emigrantes na maioria negros, pode fazer nascer um certo rancor em cidadõas que não possuíam sentimentos ultra-nacionalistas.
Não consigo, em poucas horas, pensar em soluções de politica de emigração que ajudassem a criar uma maior justiça social, em especial para os nacionais.
No entanto posso concordar, em parte, contigo, quando afirmas que devemos, deve o país, tirar partido/beneficio da possibilidade que dá a esse cidadão em trabalhar e viver nesse país, em lugar de ter mais e maior criminalidade por via desses emigrantes.
Mas Rui, importa não esquecer (e por isso iniciei os meus comentários frisando esta questão) que a violência e insubordinação a que se refere a reportagem da RTP e tu no post, bem como grande parte da criminalidade violenta que cresce no nosso país, se dever, sobretudo, às tais 2º 3º geração dos Palop, e não tanto aos emigrantes em geral.
Penso que esta questão é essÊncial, em especial para a abordagem à referida reportagem.
Por último, e em tom de piada:
Cuidado Rui que ser de direita nos dias de hoje é quase crime que lesa a pátria.
Um grande abraço, aguardo resposta
Mais uma excelente escolha músical.
Ainda andamos pelos 80´s.
PP,
A esquerda tem um problema com a autoridade, acha que deve ser reduzida (exemplo o professores) e a sociedade aproveita-se, como é óbvio.
É claro que passei de um problema (educação) para outro (emigração), que fique claro que eu não tenho nada contra os imigrantes, em geral, agora eu acho que é uma questão de prioridades, para mim a prioridade do Estado deve ser os seus cidadãos e o país.
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