01 junho 2006

EUA admitem falar com Irão


Depois dos 3 grandes da Europa – França, Grã-Bretanha e Alemanha – terem lançado uma campanha diplomática para dissuadir o Irão de enriquecer urânio, faltava um peça indispensável para que houvesse sucesso, os EUA. Hoje, 31 de Maio, Condoleeza Rice afirmou que os EUA iriam juntar-se às negociações. A verdade é que o projecto diplomático europeu estava condenado ao insucesso, era necessária a força e o peso dos EUA.

Javier Solana, a falar no Parlamento Europeu, terça-feira disse que era fundamental que se abrisse um canal diplomático entre Washinton. “No que diz respeito a contactos directos entre os EUA e o Irão, eles não existem há 20 anos ... uma análise lógica diria que isso tem que acabar, porque o Irão vai ser um actor muito importante no Mundo. Mas essa é uma decisão que eles (EUA) é que têm que tomar”. Foi uma questão de horas para que tal acontecesse.

Agora é preciso saber se o Irão vai aceitar as condições dos americanos – suspender todo o enriquecimento, antes das negociações começarem – pois o iranianos podem pedir garantias para que uma mudança de regime não aconteça. No entanto é uma iniciativa que irá colocar o Irão numa posição nova.

É esperar para ver!

7 comentários:

Anónimo disse...

Washinton

WashinGton

Anónimo disse...

Politiquices da treta!

És um realista, certo?

Rui Rebelo Gamboa disse...

Neo. Porquê?

Anónimo disse...

Pessoalmente, prefiro o realismo clássico.

Pq, como realista, deves saber que isto (as negociações) não é nada mais do que cosmética temporária.

OS regimes ultra dogmáticos NÃO negoceiam. O tempo dirá!

Pedro Lopes disse...

Agora surge um teólogo Iraniano a ameaçar com um boicote à venda de petróleo por parte do Irão.
Condolize diz: "Não vos preocupais pois o Irão depende emormemente das receitas do ouro negro."
Se tal acontecer, os EUA, terão ganho uma primeira batalha, o embargo económico....promovido pelos próprios.

Esperemos pelos próximos capitulos.

Rui Rebelo Gamboa disse...

Ezequiel, o realismo clássico falha, em minha opinião pois não faz uma análise total, certamente conheces a análise em constelação e a sua interdisciplinidade (não sei se está bem escrito). Mas nomes como Morgenthau são essenciais.

Eu reconheço que este é um avanço, que não o é. Mas penso que dá alguns sinais: sempre foram 20 anos de tensão incrível entre EUA e Irão, desde que os Khomenis tomaram o poder e os EUA darem este passo, tem que ser dado algum valor (não sei se valor é a melhor palavra) e nesses 20 anos anteriores penso que nunca houve nos EUA um regime tão à direita, nacionalista e unilateralista como este, por isso ainda mais (valor).

Ainda faltam muitas etapas neste processo, mas pode acabar em Iraque.

Apesar de poder ser no fundo "nada mais do que cosmética temporária", a verdade é que a opinião publica poderá ter uma visão diferente.

Anónimo disse...

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