O jornal Açoriano Oriental dedica diariamente, na sua última página, um espaço para de crónica que é assinado por diversos autores, são as Crónicas do Aquém (geralmente muito boas) Ocasionalmente (não sei se todas as sextas-feiras) um certo Rui Jorge Cabral disserta sobre assuntos distintos. As suas opiniões são discutíveis, no mínimo, e a do dia 3 de Novembro não é excepção.
Senão vejamos: Cabral dedica-se a compreender o fenómeno da crise económica que o mundo está a passar. Para isso usa o exemplo do livro Germinal, de Emil Zola, que foi escrito há 125 anos. É feito um paralelismo entre a situação descrita por Zola e a situação actual. Chega, depois, à brilhante conclusão que a História se repete, e que podemos aprender com o que se passou. Chega ao ponto de 'dizer' "Talvez possamos aprender com a História”. Qualquer historiador sentir-se-á diminuído no seu trabalho ao ler esta frase, e com razão, porque não é talvez, é de certeza.
Cabral explica-nos, depois, aquilo que aconteceu no mundo ocidental depois dos “exageros do capitalismo e da economia de mercado” que “resultaram no comunismo” e tudo aquilo que sabemos que se lhe seguiu. A solução encontrada pelo cronista para que não se repitam os erros do passado passa, pasmem-se, por boa educação e bom senso negocial. Aliás, noutra crónica este autor afirma que a principal razão porque os jovens caem na toxicodependência é por falta de educação, no seio das famílias.
Compreende-se, assim, porque razão Cabral dá tão pouca importância à História, é porque não a conhece, porque se a conhecesse saberia que os homens - como nos disse Thomas Hobbes – “vivem numa busca incessante por poder, que só acaba com a sua morte”, antes, agora e no futuro e neste contexto a boa educação é de somenos importância. Conhecendo o mínimo de História, o cronista veria que os exemplos sucedem-se ao longo dos tempos e que os avanços, resultantes de entendimentos entre os Homens (e Estados), não aconteceram devido a boa educação, nem mesmo devido a bom senso, mas sim devido a negociações, a compromissos, a ameaças.
Senão vejamos: Cabral dedica-se a compreender o fenómeno da crise económica que o mundo está a passar. Para isso usa o exemplo do livro Germinal, de Emil Zola, que foi escrito há 125 anos. É feito um paralelismo entre a situação descrita por Zola e a situação actual. Chega, depois, à brilhante conclusão que a História se repete, e que podemos aprender com o que se passou. Chega ao ponto de 'dizer' "Talvez possamos aprender com a História”. Qualquer historiador sentir-se-á diminuído no seu trabalho ao ler esta frase, e com razão, porque não é talvez, é de certeza.
Cabral explica-nos, depois, aquilo que aconteceu no mundo ocidental depois dos “exageros do capitalismo e da economia de mercado” que “resultaram no comunismo” e tudo aquilo que sabemos que se lhe seguiu. A solução encontrada pelo cronista para que não se repitam os erros do passado passa, pasmem-se, por boa educação e bom senso negocial. Aliás, noutra crónica este autor afirma que a principal razão porque os jovens caem na toxicodependência é por falta de educação, no seio das famílias.
Compreende-se, assim, porque razão Cabral dá tão pouca importância à História, é porque não a conhece, porque se a conhecesse saberia que os homens - como nos disse Thomas Hobbes – “vivem numa busca incessante por poder, que só acaba com a sua morte”, antes, agora e no futuro e neste contexto a boa educação é de somenos importância. Conhecendo o mínimo de História, o cronista veria que os exemplos sucedem-se ao longo dos tempos e que os avanços, resultantes de entendimentos entre os Homens (e Estados), não aconteceram devido a boa educação, nem mesmo devido a bom senso, mas sim devido a negociações, a compromissos, a ameaças.
Não se pretende, aqui, diminuir a importância de uma boa educação. A educação é, de facto, importante, mas não define os avanços e recuos das sociedades.
4 comentários:
Sabes, Caro Rui, a Utopia só é desfeita quando entendemos que o pai natal não existe e que a familia não faz o Homem.
A familia cria as bases, dá-nos, realmente educação (e afecto, entre outras); é essa a obrigação de uns bons pais.
Os pais ajudam e orientam os seus filhos, são os primeiros na socialização e na passagem das normas assumidas por todos na sociedade onde se incerem.
Mas a fase da adolescência é critica para um jovem. Nem vou aqui descrever todas as mudanças e desafios que se lhes deparam nesta altura da vida. Quero antes vincar a minha posiçao, dizendo que é, por regra, entre os 12/13 anos e os 18/20 anos, que um jovem escolhe o seu caminho.
Alguns escolhem um mais sinuoso; outros optam por um percurso mais tranquilo, longe de "más companhias" e de experimentações que podem ser perigosas.
Nesta fase os pais perdem, por completo, o controlo nos seus filhos. Não há ilusões, o jovem faz o que quer, vai onde quer, pois já saí sozinho, muitas vezes já tem transporte. Agora é ele quem escolhe as companhias e os programas. Enfim, muito há a dizer, mas não gosto muito de me alongar muito aqui, pois pode tornar a leitura maçadora.
Sobre a História.
Bom, no meu caso, em tempos - enquanto aluno - era uma obrigação chata, baseada, muitas vezes, em decorar datas e nomes.
Mais tarde, ainda aluno, começei a ter prazer na compreensão de, por exemplo, algumas noticias, pelo facto de conhecer os factos históricos sobre aquele local ou civilização.
Este interesse foi crescendo e sendo alimentado, e hoje, para mim, conhecer a História do Mundo, da Europa, de Portugal e dos nossos Açores, entre outras, é para mim, um enorme prazer.
Hoje, já não chamo estudar quando se trata de ler ou ver, alguma coisa sobre História.
E claro, a História é a nossa maior e melhor enciclopédia.
A História somo nós, caro PP. A nossa realidade actual resulta da História toda, e quem não a conhecer, não conhece a actualidade. Não sei se há quem conheça a Historia toda (nem o JH Saraiva eheh) mas tenta-se, para se poder ter opiniõs fundamentadas sobre assuntos que, ainda por cima, se falam em jornais.
Digo eu.
...e dizes bem, meu caro.
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