Dei por mim a pensar, novamente, nesta questão, a propósito de uma notícia que li este
fim-de-semana, e que dava conta de um castigo aplicado por uma professora a um seu aluno indisciplinado e violento.
O castigo consistia em fazer com que o aluno andasse no recreio, durante os intervalos das aulas, com um cartaz pendurado ao pescoço, onde se lia “Sou agressivo. Não tenho o direito de brincar. Estou de castigo”. Isto durou vários dias.
A notícia dava conta de que o pai de um aluno visado com este castigo, se dirigiu à escola e, reconhecendo que o seu "filho é hiperactivo”, mostrou a sua indignação e discordância perante um acto que considera despropositado.
A docente que aplicou tal castigo, justificou que tomou esta “medida extrema depois de um aluno (supõe-se que seja o aluno em causa) ter dado um pontapé na boca de um colega, e na sequência e muitos outros castigos que, até agora, não tinham surtido o efeito pretendido”.
Este acto de pedagogia está agora a ser investigado pelas autoridades competentes.
Será este o caminho a seguir? Castigos corporais estão proibidos, e os alunos cobertos de direitos. Não os questiono.
Mas como fazer para que os alunos cumpram os seus Deveres?...em especial os mais indisciplinados e violentos.
4 comentários:
Evidentemente esta não é a solução. Mas parece-me que essa 'medida' dessa professora não é mais do que uma reacção à gradual perda de autoridade por parte dos profs. Falo aqui num sentido mais lato, não quero entrar neste caso em especial (crinaça hiperactiva). O que se passa é que se as crianças reconhecessem, à partida, a autoridade dos profs, resfriaria comportamentos incorrectos.
Pensando um pouco mais, este assunto remete-nos para o meu post sobre o QREN, que irá investir nas grandes cidades, fazendo com que percam qualidade de vida. Porque as familias nessas cidades acordam às 7.00, saem e só se voltam a ver às 19.00, nas melhores das hipoteses. Onde fica a educação em casa?
Como professora,e uma professora muito recente,debato-me com este problema da autoridade todos os dias. Na minha escola ouve-se com frequência que se "passou de um extremo ao outro". O professor não tem qualquer autoridade, mas a verdade é que os pais também já não a têm e por isso mesmo é que o problema surge. Sempre existiram e vão continuar a existir crianças com problemas comportamentais, algumas com causa justa(como os hiperactivos) outras sem, mas para quem tem de lidar com estas crianças todo o dia, todos os dias, esta é um questão realmente preocupante.
Pois é, cara "Flip", a autoridade está "coberta" por direitos.
Não sou professor mas conheço bem o fenómeno da crescente indisciplina nas escolas.
Claro que quem sente estes desvios comportamentais, todos os dias, sente-o na pele, sente um desgaste diário e, possivelmente, um desalento, uma certa impotência, face á dificuldade de chamar alguns alunos à Razão.
Temos de encontrar um equilibrio entre os direitos dos alunos e os direitos dos professores
Cumprimentos...e ânimo
CReio que seje dificil para um professor( sendo uma) para manter o equilibrio em sala, a fim de que um aluno indiscipliando não interfira no espaço alheio, embora seje natural da idade. a professora deve estar cansada do comportamento de um akuno assim, literalmente esgotada.Talvez em buscar meios mais dinâmicos para puni-lo, de parceria com os pais para uma busca de soluções uma saída. Na minha concepção carregar um cartaz com esta frase, é humilhação, pode agravar ainda mais o problema, trazendo conseuqnecias sérias e arrebatadoras podendo carregar cicatrizes e falta de superação ao longo de toda a vida.O direito do launo começa quando termina o dever do professor. É o ponto "x" de equlibrio.
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