09 janeiro 2007

E assim vamos andando

Tendo como base a teoria funcionalista, a sociedade e a respectiva cultura formam um sistema integrado de funções e quando uma das partes falha, pode significar, em última instância, a desagregação da própria sociedade e, na melhor das hipóteses, um comportamento abusivo de outra das partes.

Vem isto a propósito do mau funcionamento da classe jornalística em São Miguel. Não há jornalismo de investigação, o que por si só já é mau, mas não há, igualmente interesse nas questões fundamentais da nossa sociedade, o que é gravíssimo. Ora, isto leva a que a classe política dirigente aja de forma irregular, pelo menos, pois não sente, por parte da classe jornalística, a pressão que é justa e correcta.

E assim vamos andando.

5 comentários:

Pedro Lopes disse...

Caro Rui, em estilo NO COMMENT digo, vejamos os casos do Nuno Mendes e do Rui Lucas.

Cumprimentos

Pedro Lopes disse...

Agora mais a sérios. Os jornalistas são uma classe com uma importância, diria, vital, para que a opinião pública seja informada de forma clara e objectiva, abordando todas as prespectivas de um tema.

Também tem obrigação de tentar esclareer a opinião pública de aspectos menos claros sobre determinado assunto/noticia, tendo a possibilidade de "contra interrogar" ou pedir esclarecimentos adicionais ou mais claros, sobre o assunto/noticia.

Tenho, por vezes, pena, que os jornalistas menos empenhados e briosos, se apoiem nas chamadas press relises, que não são mais do que noticias produzidas por grandes agÊncias noticiosas (ex: Lusa; Reuters, etc), e que são aproveitadas, por alguns, friso os alguns, profissionais da comunicação, que se limitam ao estilo"copy paist", reproduzindo nos orgãos de comunicação nos quais trabalham, o que lhes é dado pelas ditas agências.

Numa sociedade da dimensão da nossa, onde as pessoas se conhecem e/ou têm algum tipo de ligação entre si ou por intermédio de amigos, admito ser difícil ter um estilo tipo Manuel Moniz. Há que ser frontal e ter coragem.

No entanto, sem se ser tão mordaz, também se pode ser empenhado em saber a verdade/realidade de determinado assunto/noticia, para poder transmiti-la com o máximo de conhecimento e informação, aos leitores/telespectadores/ouvintes.

Esse é o jornalismo que ainda vão fazendo alguns, poucos infelizmente, cidadãos em artigos de opinião e jornalistas, da nossa praça.

Pedro Lopes disse...

Há ainda a questão da tendência de alguns jornalistas, em tornarem-se "fazedores de opinião"(para não cair nos erros da lingua inglesa), parecendo esquecerem-se que o papel principal do jornalista é expor a informação em todas as suas vertentes, e não tomar partido ou posição em determinado assunto.

Acho que já deixo aqui "pano pra mangas". Cumprimentos

Rui Rebelo Gamboa disse...

Acho que a falta de verdadeira conocorrencia leva e levará sempre ao acomodamento e é isso que se está a passar. Sinto que os jornalistas recebem a papinha toda feita e anda-se aí numa espécie de acordo tácito, onde as perguntas não são feitas desde o trabalho esteja garantido.

Como é possível um meio de comunicação sobreviver nos Açores, sem o apoio da pub institucional? Há empreendimento privado suficiente para publicitar nos media e, dessa forma, garantir uma existencia independente? A resposta será não, daí eu recear muito o peso insustentável da maquina estatal, do público em detrimento do privado.

E como disse no post, quando um sector não faz o seu trabalho, o outro sente, de uma forma ou de outra, é assim em tudo.

A solução, felizmente, está muito mais próxima do que achamos. A Internet é, cada vez mais, um meio poderoso de comunicação (aliás segundo sei a Oprah acaba de interpor uma acção em tribunal contra um jornal que retirou uma notícia de um site) é preciso é que as pessoas tenham internet e acessível, barata, aí entra outra vez a concorrencia, o peso estatal, toda a net em Portugal é da PT.

Pelo menos este e outros, são espaços de liberdade, ainda que limitada, porque, mesmo assim, sofremos do mesmo mal. Porque o meio é pequeno... (estes são 3 pontinhos, que deixam alguma coisa no ar)

Anónimo disse...

Há uma miuda internada, com doença grave, que precisa urgentemente de sangue B- (negativo). Malta, vamos lá ajudar a miuda! Divulguem este pedido pela blogosfera, nacional e internacional.

Contactos: Luis Carvalho 93 108 5403
Pedro Ribeiro 22 204 1893
Ezequiel | 01.10.07 - 7:30 pm | #