Parece ser evidente que a UE, precisa de se dotar de uma Política Externa e de Segurança Comum. Os EUA manifestam-se, frequentemente, no sentido da UE investir mais na sua segurança. No entanto, a posição dos EUA, nesta matéria, revela-se algo ambígua, uma vez que receiam que tal investimento se traduza no abandono, por parte da Europa, da Aliança Atlântica.
E as tensões entre a UE e os EUA não se ficam por aqui. Uma vez que os EUA têm uma perspectiva mundial de segurança, enquanto a UE tem uma perspectiva regional. Ou seja, a política de defesa e segurança norte-americana é global, ao contrário, daquilo que parece ser a tendência da Europa, que pretende focar-se apenas no seu próprio espaço. Ilustrativo foi a invasão do Iraque: a perspectiva mundial traduziu-se na coligação liderada pelos EUA e Reino Unido, enquanto posição contrária tiveram França e Alemanha. Existem, além desta questão, outras, relativas à segurança, onde EUA e UE diferem de forma substancial. Em relação à NATO, alguns autores, como Christopher Layne, afirmam que, actualmente, é um instrumento através do qual os EUA perpetuam o seu papel hegemónico na Europa. Não podemos, entretanto, nos esquecer que a NATO teve um papel fundamental na crise nos Balcãs, na década de 90, demostrando a superioridade do poder norte-americano, em relação ao europeu.
Pode-se afirmar, portanto, que o relacionamento entre os países das duas margens do Atlântico norte, não é o melhor. No entanto, tudo indica que a segurança norte-americana e europeia vão estar, nos próximos tempos, interligadas. Apesar da UE ter demostrado, ao longo destes 50 anos, um desenvolvimento económico digno de registo, a verdade é que, em relação a questões de defesa e segurança, continua a depender dos norte-americanos.
E as tensões entre a UE e os EUA não se ficam por aqui. Uma vez que os EUA têm uma perspectiva mundial de segurança, enquanto a UE tem uma perspectiva regional. Ou seja, a política de defesa e segurança norte-americana é global, ao contrário, daquilo que parece ser a tendência da Europa, que pretende focar-se apenas no seu próprio espaço. Ilustrativo foi a invasão do Iraque: a perspectiva mundial traduziu-se na coligação liderada pelos EUA e Reino Unido, enquanto posição contrária tiveram França e Alemanha. Existem, além desta questão, outras, relativas à segurança, onde EUA e UE diferem de forma substancial. Em relação à NATO, alguns autores, como Christopher Layne, afirmam que, actualmente, é um instrumento através do qual os EUA perpetuam o seu papel hegemónico na Europa. Não podemos, entretanto, nos esquecer que a NATO teve um papel fundamental na crise nos Balcãs, na década de 90, demostrando a superioridade do poder norte-americano, em relação ao europeu.
Pode-se afirmar, portanto, que o relacionamento entre os países das duas margens do Atlântico norte, não é o melhor. No entanto, tudo indica que a segurança norte-americana e europeia vão estar, nos próximos tempos, interligadas. Apesar da UE ter demostrado, ao longo destes 50 anos, um desenvolvimento económico digno de registo, a verdade é que, em relação a questões de defesa e segurança, continua a depender dos norte-americanos.
5 comentários:
a europa não pode aumentar os gastos com defesa porque isso implicaria abdicar dos seus programas sociais, por isso vai tudo continuar na mesma
miguel
Então mantém-se a dependencia militar dos EUA?
claro. não interessa nem a uns, nem a outros o corte do "fio umbilical" o resto é barulho.
cumprimentos,
miguel
Miguel,
Aos franceses interessa-lhes esse 'corte umbilical'. E a questão do Iraque foi muito importante, demonstrou como a Europa, ou melhor o eixo franco-alemão, não querem mais andar atrás dos americanos.
Há aquela expressão que diz "a Europa é um gigante económico, mas um anão político". Os europeus estão prontos para cotrar essa relação. Ou melhor, não é cortar, mas criar uma PESC, que dê uma indepedência, em termos militares, mas mantendo a NATO, ou seja uma a complementar a outra.
Os Açores é que poderão sair prejudicados. Porque, se os americanos sairem da Europa, saem das Lajes, ou diminuem ainda mais o seu aparelho na Terceira.
Volta Sempre.
a pesc não funciona nem funcionará, porque para haver uma aliança militar não pode haver vários a mandar; só um. no caso da nato, é fácil porque toda a gente sabe quem manda: os eua. a haver pesc, para além dos fundos milionários que iriam ter de ser desviados dos programas sociais europeus para financiar exércitos, ter-se-ia de decidir quem mandaria na pesc, ou melhor, quem é hegemónico(?); é a frança ou é a alemanha? o simples facto de se fazer esta pergunta provocaria fissões no relacionamento entre os dois e consequentemente em todos os outros países que gravitam em torno destes dois; o motor da construção europeia, o eixo franco-alemão "gripava". já o aron disse isto.
miguel
(ps: caro rui, já vi há uns tempos o seu outro blog, e gostaria o convidar a ver o nosso, uma espécie de gongénere, do Núcleo de Estudos de Ciência Política e Relações Internacionais da Universidade Nova de Lisboa (necpri.blogspot.com).
cumprimentos)
Enviar um comentário