Os resultados da nossa última votação foram os seguintes:
À pergunta "Os Açores devem ver os seus poderes reforçados?", 73% dos votantes responderam "Sim", enquanto 20% responderam "Não", os restantes 7% responderam "Não Sei".
Já está disponível uma nova questão: "A cannabis deve ser legalizada?"
6 comentários:
Caro colega de "lavandaria", quanto ao resultado da última votação, devo dizer que fui contra a corrente, pois votei "Não".
Sem grandes explicações, digo só que considero que a nossa autonomia já tem força e maturidade suficientes, e que os poderes que são da nossa exclusiva competência, já nos garantem grau de manobra para adaptarmos certas Leis ou tendências nacionais, e para legislarmos em matérias próprias, transpondo para à nossa realidade particular de 9 ilhas.
Quanto ao próximo tema a votação, devo dizer-te que foste bastante audaz. Talvez levado por um post recente no "foguetabraze", que com grande abertura dividiu as àguas entre drogas leves e duras.
Eu também partilho dessa ideia, e faço a distinsão, pois creio que as chamadas leves (aqui podemos incluir café, tabaco, chocolate, alóól, cannabis, etc), são menos nocivas para o própiro e para a sociedade.
Mais depressa uma pessoa alcoolizada se torna violenta e constitui um perigo para a sociedade (quando conduz, por ex.), do que um qualquer jovem (ou adulto) que fume um charro (cigarro enrolado em papel e que contém cannabis ou haxixe, um derivado).
Mais depressa eu coloco o rótulo de droga dura (mais nociva pessoal e socialmente) a bebidas alcoólicas do que à referida cannabis.
Daqui se pode, talvez, depreeender que eu não me oponho, nem vejo que daí venha mal ao mundo, que a cannabis se junte às outras drogas consideradas leves e aceites pela sociedade (pois o seu consumo é livre).
Voto "Sim".
E por agora é melhor que a discusão sobre drogas fique por aqui, pois a heroína e a cocaína são drogas muito perigosas e com uma grande facilidade em viciar alguém no seu consumo. Basta olhar á volta para ver os dramas familiares que provocam.
Se a cannabis é uma porta de entrada para as drogas duras? Pode ser, mas não é imperativo que assim seja.
Também posso afirmar que todo o tóxicodependente se iniciou nas drogas, consumindo primeiro tabaco e alcoól, além de uns cafés, e só depois experimentou heroína.
Muito há a dizer, por ora fico-me por aqui.
Eu votei 'Sim? na votação anterior. No entanto, acho que o reforço dos poderes açorianos dependem de estarmos presentes onde se decide, onde há o poder: Lisboa, como é evidente e Bruxelas com uma representação fixa e convincente, capaz de fazer valer os nossos interesses e lutar por eles. Não é suficiente termos um gabinete cá (penso que) no Palácio da Conceição, é preciso um gabinete lá. E em última instância, em Washington, através da diáspora e dos congressistas de descedência açoreana. Esse é que é o verdadeiro reforço de poder, é estra presente onde as grandes decisões são tomadas, porque de resto, o que acontece é uma descentralização, para como já aqui postei, libertar ainda mais esses grandes centros. Reforço de poder não será, de certeza absoluta, porque o Presidente do Governo vem à frente nas festas organizadas cá. Admito que a questão Washington não é fácil, mas Bruxelas é essencial e é algo que todas as regiões autónomas, por essa Europa fora fazem e com bons resultados, e nós temos pessoas bem preparadas pela nossa universidade para prestar esse serviço aos Açores, será preciso vontade política.
Quanto à questão das 'drogas' muito há, de facto, a dizer. O termo, em si, é perigoso, porque induz em erro, como bem dizes uma droga poderá ser qualquer coisa, desde o álcool até, diria eu, a Xanax's receitados por médicos. Por isso fiz questão em colocar cannabis e não 'drogas leves'.
A cannabis não é, por si só, uma porta de entrada nas, chamadas, 'drogas duras'. Há sempre um conjunto de factores que levam áquela situação, nunca se pode reduzir uma situação tão complexa, a algo tão simples como isso.
Satisfaz-me muito ver nos jornais que a Judiciária anda alerta e a apanhar grandes quantidades e grandes traficantes, porque essa é a primeira forma de combate à luta contra a toxicodependência, principalmente porque vivemos numa ilha, onde a única forma de entrar é pelo aeroporto, qualquer pessoa mais alerta para estas questões sabe que, pelo mar só em situações muito excepcionais, onde a intenção não são os Açores.
Coloquei esta questão porque, mais tarde ou mais cedo, terá de ser discutido publicamente, de forma aberta, frontal e principalmente informativa. Como se pode depreender, eu voto 'Sim', mas com legislação que não permita excessos. Porque 'varrer' os problemas para baixo do tapete, não os faz desaparecer.
Deve-se, ainda, acrescentar, em relação à 1ª questão que a situação de ter dois deputados no Parlamento europeu não é certa, no futuro. Até porque, com o alargamento a Leste há mais população a ter que ser representada e o numero de deputados não pode ir sempre aumentando.
Portugal tem 24 eurodeputados, desses, 2 representam os Açores. Ora, Portugal tem cerca de 10 minhões de habitantes e os Açores (talvez) 300 mil. É fazer as contas. Ou os Açores asseguram a sua representação no Parlamento europeu, ou estamos em risco.
Rui, compreendo onde queres chegar.
Também considero que a nossa posição esratégica e a nossa ZEE, são um grande factor de interesse para a Europa (e poder negocial para nós), e o nosso papel nas decisões sobre as nossas Ilhas e o modo como o nosso maior recurso, o Mar, vai ser gerido pro Bruxelas, não pode ficar só nas mãos de euro-deputados do continente.
Mas, até temos uma Direcção Regional atenta a essas questões e, por enquanto 2 euro deputados eleitos pelo circulo dos Açores. Tu próprio reconheçes que é muito bom (atendendo ao rácio da população), mas dizes que está em perigo. Logo se verá.
Tu, e os teus colegas, têm aí um papel fundamental, pois são maioritáriamente Açoreanos, e têm uma conciência europeia e um conhecimento sobre bruxelas e as suas instituições, poderes e funções, que fortaleçem e protegem os interesses dos Açores e, se bem aproveitados, podem ser-nos muito úteis. Assim espero.
O trabalho da Direcção Regional não pode ser posto em causa, o seu Director é uma pessoas extremamente qualificada e como dizes atenta. Mas não é suficiente, como os próprios reconhecem, é preciso mais, é precisa uma representação fixa em Bruxelas e isso é algo por que os açorenos têm que se bater.
Não sou que digo que a situação dos eurodeputados é preocupante. As adesões de outros países levará a que, obrigatoriamente, seja redefenido o numero de deputados, por país. Portugal saiu bem, porque ficou com 24, mas os dois deputados açoreanos, não são mais do que dádivas dos partidos, a nível nacional e isso não pode ser assim, não podemos estar à mercê do que acham os lideres nacionais. E se amanhã eles acham que os Açores não devem ter sequer um? É preciso que isso fique certo, de vez.
Hoje, 5 de MAio, tem lugar a marcha Global a favor da legalização do cultivo e consumo de cannabis.
Pedro Lopes
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