Em 2005, altura em que Paulo Macedo foi nomeado para Director Geral dos Impostos - DGCI, por Manuela Ferreira Leite, soube-se que haveria um regime salarial de excepção para que este quadro do BCP, aceitasse o cargo.
Depois de descritas as suas qualidades, e em especial, depois de observados os primeiros (bons) resultados, comecei a aceitar aquilo que me pareceu uma escolha acertada.
Mas, há alguns meses – já bem depois do Governo Sócrates ter iniciado funções, reconduzindo-o no cargo com o mesmo vencimento -, e por alturas da aprovação de várias Leis que limitavam os rendimentos (e acumulações), dos detentores de cargos políticos e/ou de nomeação, ao ordenado do primeiro-ministro, entre outras, a discussão à volta do ordenado de Paulo Macedo reacendeu, e o incómodo para o Ministro das Finanças começou a fazer-se sentir, ainda mais por este último reconhecer as qualidades e mais valia do primeiro.
Quem também se sentiu agastado com o falatório público, foi o próprio Director Geral dos Impostos, que mesmo tendo vontade de servir o país, não esteve para se ver enxovalhado (recordo o episódio da missa que mandou celebrar), e logo manifestou a sua intenção de abandonar o cargo.
Vai agora fazê-lo, no mês de Maio.
Não há pessoas insubstituíveis; no entanto, há umas mais difíceis de substituir do que outras. Paulo Moita de Macedo é, seguramente, um destes exemplos.
Vai agora fazê-lo, no mês de Maio.
Não há pessoas insubstituíveis; no entanto, há umas mais difíceis de substituir do que outras. Paulo Moita de Macedo é, seguramente, um destes exemplos.
2 comentários:
Olha, não sabia que ele ia deixar o cargo. Deve ir para uma privada onde lhe oferecem maior ordenado e onde é valoizado pelo seu trabalho.
A discussão gerou-se, erradamente, em torno dele, porque esse é um assunto que deve ser discutido, de verdade, porque há aí muitos cargos de nomeação, onde se ganha muito e onde as pessoas não têm outra capacidade, senão a de servir alguma organização. Por isso, acho bem que se regularize e se legisle, nessa matéria.
Neste caso, no entanto, pagou o justo pelo pecador. A vantagem de se regularizar essa área, servirá também, para que situações destas não ocorram no futuro e não paire sempre essa suspeita, sobre quem tem cargos de nomeação, bem remunerados.
Só para finalizar: esse tipo de cargos, de utilidade (de facto) para o país (e região), devem ser bem remunerados, sob pena dos indivíduos com qualidade preferirem trabalhar, onde ganham mais. Pois é de Paulos Macedos que Portugal e os Açores precisam, pessoas que trabalhem e mostrem resultados e nós, contribuintes, vemos que o nosso dinheiro está a ser bem gasto.
Rui, Paulo Macedo volta para o BCP onde, por ser um bom funcionário, ficou com o seu lugar à sua espera.
É uma questão delicada - essa de abrir regimes de excepção para certos cargos/lugares-, pois se neste caso o mérito profissional de Paulo M., estava acima de qualquer suspeita, outros casos havará em que a suspeita pairará no ar.
Mas tenho de admitir que no caso de Paulo M., gostava que tivesse mantido o regime de excepção em nome e por respeito ao seu tarbalho....mas não podemos estar a criar subterfugios nas Leis que possibilitem situações futuras de abuso.
Mas, e lá está, é como dizes, se estes lugares não forem bem remunerados (e refiro-me a lugares de alta especialização e de elevada exigÊncia), os bons profissionais vão todos para o privado, que paga consoante o mérito do trabalhador, e não segundo um "mapa" pré definido e uniforme.
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