As últimas eleições para o Parlamento da Escócia ditaram a vitória do Partido Nacional Escocês, que defende a independência daquele país, do Reino Unido. Apesar de ter conseguido “apenas” 47 lugares, contra os 46 do Partido Trabalhista, o SNP já prometeu um referendo para 2010 para que os escoceses se manifestem sobre este assunto. A verdade é que uma sondagem realizada no final de Abri, antes das eleições na Escócia, indicou que 56% dos ingleses são a favor de uma separação entre Inglaterra e Escócia.
A Escócia tem o poder de legislar, actualmente e depois da Devolução de Poderes de 1997, em áreas como a Saúde, Ensino e, inclusivamente no Direito Penal e nas Polícias e Bombeiros, entre outras, o que constitui um exemplo para outras regiões autónomas da Europa (apesar da Escócia ter 5 milhões de habitantes). A verdade, porém, é que desde os anos 1970, principalmente com os governos Thatcher, os escoceses têm vindo a reafirmar a sua vontade independentista. Para tal, muito contribuiu também a União Europeia, uma das frases mais utilizadas pelos independentistas da Escócia é “Independência na Europa”. Quanto aos ingleses, sentem que andam a sustentar a Escócia, que tem despesas públicas, em média 22% mais altas que a Inglaterra. No entanto, a Inglaterra tem muito a ganhar tendo a Escócia do seu lado, porque é um acréscimo importante no contexto da EU. Os próprios escoceses também têm que ter este factor em consideração, pois se os ingleses perdem, na EU, com uma separação, a verdade é que os escoceses perderão muito mais, apesar do seu petróleo.
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