15 junho 2007

PPE em PDL


A reunião que o Partido Popular Europeu está a realizar em Ponta Delgada é da maior importância para os Açores. Estamos a falar do maior grupo político representado no Parlamento Europeu e que se fez representar em São Miguel pelos seus principais dirigentes. Com este tipo de iniciativa, os Açores vêem as suas especificidades, problemas e desafios discutidos ao mais alto nível e isso é positivo, na medida em que nunca nos podemos esquecer que mais de 75% da legislação pela qual vivemos tem origem na U.E. A principal temática desta reunião foi a política marítima e piscatória, e contou com importantes contribuições não só dos eurodeputados, como também investigadores da Universidade dos Açores.

4 comentários:

jacobino disse...

a única solução para os Açores é uma maior integração na União Europeia, através de instituições próprias, como o Comité das Regiões Ultraperiféricas. Não podem continuar a pedir licença a Lisboa para "ir à casa de banho".

Rui Rebelo Gamboa disse...

Essa é que é essa, caro Jacobino!

Agora que fala nisso, vou transcrever aqui uma frase de César que li à pouco tempo:

"O presidente do Governo dos Açores, Carlos César, solicitou a intervenção do primeiro-ministro para, aproveitando um eventual avanço na concretização do futuro Tratado Constitucional da União Europeia, fazer com que o artigo sobre as regiões ultraperiféricas passe a constar com maior relevo no corpo principal do Tratado."

Anónimo disse...

Antes de mais, tenho pena que a coincidência desta reunião com o encontro da Associação de Municípios, tenha ofuscado a primeira, não permitindo mais destaque e, quiça, um dabate alargado sobre a UE e sobre o nosso papel e lugar nesta Europa a 27 (países/estados membro).

E concordo com o que diz o "Jacobino", que aliás é parilhado pelo Rui e por mim, quanto ao papel mais activo que devem ter os Açores na definição das suas estratégias e e vontades, junto da UE, suportando-se no regime de Ultra Periferia, que detém. Temos de fazer um (pequeno) lobby com as outras RUP, de modo a que a UE, na definição das suas politicas e orientaçlões, não se esqueça do regime excepcional que devem ter, as regiões que mais distam (em termos fisicos e de transporte) dos centros de decisão da UE.

O descobrimento desta nossa realidade e especificidade, por parte do maior grupo parlamentar europueu, pode ajudar a sensibilizar alguns, para estas nossa pretenções.

Assim, esperamos.

Rui Rebelo Gamboa disse...

O que irá valer as RUP no Tratado será a França, que como se sabe, também tem as suas. E eles irão fazer pressão para que esse estatuto seja mantido e aprofundado no Tratado. Se fossemos ficar à espera de Sócrates, estávamos bem amanhados. E é melhor não falar muito do Sr. "Engº" senão ainda acabo com o António.