As escolas têm horários que variam, grosso modo, das 8h00 às 19h00, em dias de semana, encerrando aos fins-de-semana, para o normal e merecido descanso semanal, de alunos, professores e pessoal auxiliar.
Muitas têm sido as reformas introduzidas pela actual Ministra da Educação (muitas das quais merecem a minha aprovação, embora esta não seja a minha área profissional), no funcionamento das escolas.
Destaco aqui uma – não pela sua especial relevância ou minha anuência, mas antes porque torna a escola num local com cada vez menos espaço para o divertimento e convívio –, que é o facto dos “furos” (faltas de professores a aula intercalar) serem agora preenchidos com aulas orientadas por outro professor, independentemente da sua área de formação coincidir, ou não, com a do colega a substituir.
Claro que a escola é, essencialmente, um local de ensino e aprendizagem, um espaço de formação, sendo que esta (formação) não passa exclusivamente por aquilo que se aprende dentro da sala de aula, pois um jovem tem muito mais “espaço” para ser preenchido. Essa formação, num sentido mais lato, uma formação pessoal e social, a par da óbvia e necessária aprendizagem teórica e cognitiva, pode também ser dada/ recebida na escola.
O espaço escola, é dotado de infra-estruturas várias, entre as quais um ginásio coberto e um espaço exterior com campos destinados a várias actividades desportivas – pelo menos nas escolas C+S (complementar e com secundário), existentes em todos os concelhos –, que se destina á prática desportiva lectiva, integrada na disciplina de Educação Física. Também os alunos “em furo” (sem aula por falta do professor), aproveitavam os campos exteriores para umas “jogatanas” de futebol, basquetebol, voleibol, ou outra qualquer actividade desportiva, exteriorizando as suas alegrias por terem tempo para um “confronto” desportivo não previsto.
Mas, aos fins-de-semana, que é quando os alunos têm tempo para as actividades extra curriculares, as escolas estão de portões fechados, logo os seus campos vedados a umas “jogatanas” entre alunos, daquela ou de outra escola (de um desafio entre ambas). Poderiam ser, também, um espaço de encontro e convívio entre jovens, que assim sentiam a escola de um modo menos pesado, pois esses espaços tornavam-se, também, em espaços de verdadeiro lazer…….e sem toque, claro. Rentabilizavam-se estes espaços e campos desportivos e supriam-se as suas faltas em tatas zonas habitacionais.
Seguramente que, para tornar isto viável, seria necessário algum investimento......e vontade da Ministra. (não seria sobrecarregando professores e funcionários).
Mas, não seria o retorno muito maior?
1 comentário:
Devo acrescentar que, também em periodos de férias lectivas, quando as escolas estão abertas e com funconários, se poderia permitir o acesso de alunos (eventualmente exclusivo aos daquela escola), ao recinto escolar, e não só ás estruturas desportivas, mas também á biblioteca, salas de computadores e de convivio.
Dar vida ás escolas para além dos dias de aulas. Ainda mais agora que as horas lectivas são todas e sempre preenchidas, mesmo quando falta um professor. (a tal nova regra da Ministra de Educação que me refiro no post)
A identificação de um aluno com o seu estabelecimento de ensino, é, em minha opinião, uma forma de o levar a gostar da sua escola, o que pode fomentar um melhor comportamento e respeito por aquele (seu) espaço e material. Pode, quem sabem, até, levar o aluno a querer aplicar-se mais, abrindo-se ao conhecimento e aprendizagem.
Enfim, abram-se os portões, e deixem passar os alunos (ordeiros, claro),pois a escola é para eles, logo, deles também.
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