12 agosto 2007

The Cure



Falar dos The Cure é falar de Robert Smith, é ele o motor da banda, escreveu e compôs (diria eu) mais de 95% das músicas da banda, é o vocalista e é um guitarrista brilhante. Muito inspirado pelos The Clash, Smith forma, nos finais dos anos 70, os Easy Cure, que viriam a ser depois simplesmante os The Cure. O tema "Killing an arab" foi o bilhete para a Polydor e a partir daí Smith chamou alguns amigos para dar corpo à banda, entre eles Laurence Tolhurst, Michael Dempsey e depois Simon Gollup. Depois, seguiu-se o álbum "Boys dont cry" e o resto da história é conhecida.

Toda a discografia dos Cure é digna de registo, mas por vezes são necessárias duas ou três audições, pois nem sempre é fácil apreciar o som dos Cure à primeira, principalmente os trabalhos mais antigos, mas esta é uma característica de toda a música de qualidade. "Seventeen Seconds" (1980), "Faith" (1981) e "Pornography" (1982) fazem parte da fase mais gótica e depressiva dos Cure, pois em 1984 com "The Head on the top" a banda faz uma incursão por sons mais pop. Em 1986 os Cure conquistam os EUA com a colectânea "Staring at the sea". Em 1987 os Cure lançam aquele que é para mim o seu melhor trabalho: "Kiss me, kiss me, kiss me" (playlist), que alterna o seu estilo mais negro (The Kiss), com música mais pop (Why cant I be you?). A carreira dos Cure seguiu em '89 com "Disintegration" que é mais um excelente disco, embora algo diferente. A entrada nos anos '90 trouxe mais alguns discos, mas que nunca mais tiveram a qualidade dos anteriores.

4 comentários:

Anónimo disse...

Como bem sabes, e penso que já aqui tinha manifestado, os The Cure são, provávelmente, a minha banda favorita, aquela que me marcou mais, e da qual tenho toda a discografia, mais de 12 CD´s, todos óptimos.

Mas, aí, concordo contigo, os álbuns até final dos anos 90 foram os melhores.......mas a minha paixão consome tudo o que o mestre Robret Smith faça, pois tem sempre qualidade.
Ele é de facto a mente dos Cure, é um excelente músico, dos mais completos de que há registo, daí ser reconhecido em todo o Universo ligado á música, e não é raro vê-lo em aparições como convidado, por exemplo no concerto dos 50 anos de David Bowie.

A destacar um álbum (o que para mim é extremamente difícil), destaco o "Disintegracion", de uma profundidade e envolvência únicas, músicas que me arrepiam, que me trazem à memória momentos.......

Mais uma banda obrigatória nas prateleiras lá de casa.

Rui Rebelo Gamboa disse...

Este "Siamese Twins" é das músicas mais negras que já ouvi, a letra e a música fazem uma união perfeita. Sugiro este vídeo, gravado em '83, com os Cure no background a tocarem esta mesma música e com dois bailarinos do royal ballet a dançarem.

http://www.youtube.com/watch?v=mWmdt4Zn0-o

Anónimo disse...

correcção: quando disse "final dos anos 90", queria antes dizer "anos 80".

Anónimo disse...

Aqui têm mais um aficionado dos Cure. E mais... também acho o Kiss me, kiss me, kiss me o melhor trabalho deles.
Ouvi-o a primeira vez nas velhinhas K7. Era bastante novo, não muito habituado aquele tipo de som, negro, depressivo, mas... depois de uma primeira audição intrigante, ouvi mais duas ou três vezes e adorei... até hoje.