Depois do segundo lugar na famosa Regata Les Sables – Açores – Les Sables, Francisco Lobato, um português de 22 anos, encontra-se presentemente a participar na Regata Transat 6,50, uma afamada prova para velejadores solitários, que liga a França ao Brasil, tendo já percorrido a primeira etapa até à Ilha da Madeira.
Partiu ontem rumo ao Brasil, no seu veleiro BPI Pogo 2, para segunda e última perna desta prova, estimando-se uma viagem de 22 dias que o levará até Salvador da Bahia, concluindo, assim, a travessia do Oceano Atlântico.
Importa referir que estas pequenas embarcações, de apenas 6, 50 metros de comprimento e 3 metros de largura, apenas dispõem, no seu interior, de uma bilha de gás que permite ferver água para colocar nas comidas leofilizadas, um balde que serve de WC, equipamentos de segurança e as velas a servirem de colchão.
Como a Transat 6,50 é uma regata de alto nível, é necessário controlar todo peso embarcado – exemplo disto é a água potável que tem de ser racionada e implica coisas como lavar os dentes com água salgada assim como a pouca loiça embarcada.
Curiosamente, estes barcos são comparados com máquinas de lavar a roupa porque, sendo tão pequenos, as ondas no meio do oceano estão constantemente a passar por cima do barco/convés.
A par de Genuíno Madruga, velejador Açoreano que se encontra a realizar a sua segunda volta ao Mundo em solitário – desta feita pela rota que atravessa o Cabo Horn, do Atlântico para o Pacífico -, Francisco Lobato representa o novo espírito de Nação Atlântica, que outrora nos tornou donos de meio Mundo, e que, desde então, tem estado ausente do nosso imaginário.
Estes dois “Lobos-do-mar”, espalham e elevam alto o nome de Portugal, e colocam-nos onde devemos estar….no Mar, e em Grande.
2 comentários:
Bons ventos o levem. Esses rapazes têm, acima de tudo, uma grande dose de maluquice, à parte do grande conhecimento que têm do Mar.
Pelos vistos estes dois navegadores solitários, homens de indiscutível coragem, já deram resposta ao apelo do PR; "voltemo-nos para o Mar", feito hoje na Horta.
Vamos ver se o PR apadrinha um projecto de financiamento de novas instalações e melhores condições para o DOP- Deparatmento de Oceanografia e Pescas, da Universidade dos Açores.
Estou convicto que sim......até porque responde ao seu próprio apelo ;)
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