O Circo visitou, uma vez mais, a cidade de Ponta Delgada. Há muitos anos que o fazem, alegrando e enfeitiçando o imaginário da pequena. Também o meu, no passado, tendo como estreia o “Circo Chen” no Coliseu.
Hoje, enquanto pai, é a mim que me cabe alimentar o imaginário da minha filhota, e com a vinda deste último circo, em ínicios de Outubro, e com os espertalhões a colocarem o “Noddy” como chamariz, lá tive de ir á tenda/estufa.
Tentei evitar o horário de tarde, mais propício para os “ananases”, mas a alternativa apresentada, 21h 45m, não me pareceu viável.
Lá tive de arriscar a sessão da 16h 30 que, claro está, rapidamente esgotou, o que motivou um atraso de meia hora no início do espectáculo, de modo a poderem enlatar convenientemente todos os que tinham adquirido bilhete, sempre com o homem do microfone asseverando de maneira obstinada “que ainda havia espaço para mais pessoas”, e alertando para o facto das crianças que não tinham pago bilhete (- de 4 anos) terem de assistir à diversão ao colo dos pais. E o sol e o calor que se sentia no exterior, tinha óbvios reflexos lá dentro.
Rescaldo da sessão; a minha filha foi ao circo, e adorou, já eu, fui convocado para uma sessão de sauna, e com o bónus de ter de segurar a minha filha, enquanto ela assistia ao seu espectáculo.
Aliás, um espectáculo medíocre, em tenda exígua e com deficitárias condições de conforto e segurança – eu nunca entraria ali, com semelhantes condições, se a tenda não estivesse convenientemente montada ao lado dos nossos “Soldados da Paz”.
Este circo, o do Noddy, esteve a léguas da magia e do brilho do “Circo”.
5 comentários:
Não tenho a certeza, mas acho que este circo tinha como "atracções" peixes, (corrige-me, se estou enganado). A minha opinião sobre circos que utilizam animais como "atracção" já foi aqui manifestada. Não concordo, não gosto. Especialmente, quando se tratam de animais de quatro patas, que são enjaulados e chicoteados para fazer-nos esquecer os nossos problemas durante hora e meia. Com peixes a coisa é disfarçada, mas é igual. A mim, não me apanham nesses espectáculos cruéis.
o que um pai sofre!
Rui, a atração "principal" era mesmo o Noddy, de resto vi por lá duas focas e uns "peixinhos", como dizes.
Cara SB, para este tipo de sofrimento, eu até me deixo passar por masoquista :)
Camarada eu aproveitei a ocasi�o para me certificar que aquela garrafa era mesmo a indicada para aquele disco do John Coltrane e s� comecei a transpirar � segunda audi�o: O vinho custou-me dois euros e meio e s� maltratou um animal.
O meu estatuto de Cais do Sodré, camarada, diz-me, mais, obriga-me, a enviar a mulher para essas coisas, tem mais a ver com a estrutura sofredora das pobres criaturas.
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