Já farta ver políticos a usarem o argumento: "está mal? mas vocês também fizeram". É preciso alguém dizer-lhes que isso pode atingir quem está do outro lado da "bancada", mas as pessoas comuns entendem isso como estar a admitir um erro, mas com a desculpa de não ser o primeiro. Faz lembrar aquelas crianças que quando se chama à atenção, respondem dizendo que foi o outro que começou.
4 comentários:
"Eles" têm razão, fui eu que comecei. Apareceu-me Nossa Senhora de Fátima e disse-me, "camarada", arranje ai meio milhar de cabrões para mandar no pais,.... e eu fui à procura.
E depois, culpa minha, não encontrei ninguém. Foi então que a santinha se lembrou que estavam a despejar uns armazéns velhos, lá no Inferno.
Foi só vesti-los e perfumá-los e pô-los a interagir uns com os outros.
Tá boa, tá, meu caro.
Um erro nunca pode servir de desculpa para outro (erro).
Não é por acaso que à luz da Lei, um acto criminoso que é despoletado por uma primeira agressão, embora podendo beneficiar de atenuante, não deixa de ser julgado. Não passa incólume.
Um mea culpa, fica sempre melhor a quem erra, e deixa a garantia a quem assiste, de que, provavelmente, da próxima vez evitará a situação de desculpabilização, e não errará de ânimo leve.
Posições dignas e nobres, mas talvez pouco "populares", parecem não ter lugar nos dias que correm....e não é só no campo politíco-partidário.
Fica a esperança de que, um dia, os políticos, ainda que crianças, sejam um pouco mais atinados ;)
isso tem muito a ver com a descrebilização dos políticos e o facto de que os cidadãos portugueses participarem cada vez menos na vida política do seu país. Se perguntares a um açoreano o que acha do César a primeira coisa que te dirá é que é melhor do que o que havia, pois antes não havia nada. Funcionamos por comparação, mas sem aprofundarmos o que está mal no presente e com estas figuras públicas. O mesmo se diga à Berta - o que achas da Berta? dir-te-ão que é fantástica, mas percebem pouco da sua política, apenas reconhecem que faz algo, coisa que antes não acontecia.
Estás a falar na percepção que os cidadãos têm dos políticos. Eu refiro é a forma constante como utilizam esse argumento. Como há (quase) sempre "telhados de vidro", o argumento pega entre a classe política. Quantas vezes não se ouviu neste debate do Orçamento de Estado o Sócrates a defender-se dos ataques do Santana usando o argumento?
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