A última pergunta que o “máquina de lavar” colocou a votação, veio a propósito do Tratado de Lisboa, que vai ser assinado a 13 de Dezembro na capital de Portugal.
Convém recordar que o Governo Português prometeu referendar o novo Tratado Reformador da União Europeia, e que, agora, se prepara para aprová-lo em sede parlamentar, sem referendar a questão.
O meu colega de “lavandaria”, Rui, já se manifestou, várias vezes, favorável à opção do Governo (não referendar o Tratado da UE).
Esta foi, também, a opção da maioria dos votantes, 64% para ser mais preciso. Nove pessoas, que equivalem a 32% dos votantes, afirmam que este novo Tratado deve ser alvo de referendo. Um dos votantes mostra-se indeciso, pelo que votou “não sei”.
A próxima pergunta a “referendo” aqui no Blogue, prende-se com o imobiliário, e com a proliferação de empresas que se dedicam à mediação na compra, venda e aluguer de imóveis.
A pergunta é; “Acha que o elevado número de empresas de mediação imobiliárias na Região, tem contribuído para uma especulação dos preços nesta área?”
2 comentários:
Ressalvando que não se podem retirar conclusões de algo como um inquérito num blogue, pode-se no entanto dizer que a maioria dos que nos visitam concordam (pelo menos) comigo.
Penso que a vontade de levar esta questão a referendo parte, na grande maior parte das vezes, de intenções populistas. Há honrosas excepções, como o nosso colega de blogosfera do "Activismo de Sofá".
A nova pergunta dá que pensar. Porque, se numa primeira análise, somos levados a responder "sim", podemos depois chegar a outra conclusão, se tivermos por base a máxima da economia que "quanto maior é oferta, mais baixos são os preços".
No entanto, na fase que começou (talvez) há uma década nos Açores, de subida vertiginosa dos preços, as imobiliárias (ou quem andou a vender casas) teve papel fundamental. Penso que será uma área que, tendo obrigatoriamante que ter regulação estatal, se irá regular a si própria, em termos de preços. Ao Estado cabe regular numa outra variedade de áreas, relativas à construçao.
Rui, deixa-me só dizer-te que, há uns meses atrás, saíu uma estatística que dava conta que Ponta Delgada era a 5ª cidade com imobiliário mais caro do país, logo atrás do Funchal. Vê lá.
O que eu penso é que o crescente número de Imobiliárias nos Açores (muito em especial na Ilha de S. Miguel), se proporcionou naturalmente, devido a um aumento da melhoria de vida das pessoas, e a um crescente número de pessoas que procuraram casa própria.
Até há uns anos atrás eram frequentes as "casas de familia", em que, para além dos pais, também os maridos das filhas ou as mulheres dos filhos se juntavam e vinham viver para a "casa de familia", muitas vezes trabalhando num negócio ou exploração familiar.
Nos dias que correm, com as transformações e mudanças sociais (a vários níveis), cada casal procura o seu apartamento. Aliás, quem começa a trabalhar, mesmo solteiro, recorre ao crédito bancário, e, endividando-se para a vida, consegue o seu T1. È a moda e é mais prático e comodo, para quem trabalha em PDL.
Os construtores civis começaram a inflacionar os preços, aproveitando a época dourada.
Depois, as empresas de mediação imobiliária foram atrás, e sabendo que ganham à percentagem, não é de estranhar que apreciem os altos preços, pois com uma percentagem fixa, só empolando os preços é que se ganham mais uns euros.
Conheço casos de pessoas que foram aliciadas a vender terrenos ou casas das quais não pensavam desfazer-se, pois os angariadores das imobiliárias asseguravam que podiam ganhar X+X, quando os propritários acreditavam que só valeria X. Com tamanha promessa, "vale a pena tentar", pensam os proprietários.
E com esta definição de preços, os que vêem a seguir, logo colocam a vasquia ao nível da do parceiro (quando não, mais alta), contribuindo, assim, para que os preços apresentados se mantenham elevados.
Bem, claro que esta é somente a minha opinião. Vale o que vale.
N.B.- o mesmo se passa com o mercado de arrendamento.
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