Há pouco tempo escrevi sobre os benefícios que os Açores poderiam ter, se tivessem uma representação fixa em Bruxelas. Um desses benefícios seria, por um lado, a captação de investimento para os Açores - uma vez que a maioria das grandes empresas europeias, também está representada em Bruxelas - e por outro lado serviria como um auxílio para a internacionalização das empresas açorianas.
Também há pouco tempo discutia-se, na blogosfera regional, o actual modelo económico dos Açores e as alternativas possíveis. Ora, parece evidente que esse modelo, baseado na agropecuária, é extremamente dependente, não só em termos de transferências do exterior, mas também é dependente da legislação comunitária na área em questão. Isso reflecte-se no sistema de quotas, que impõe limites aos produtores açorianos.
Seria, assim, importante que os Açores iniciassem um processo de renovação desse modelo económico, baseando-o mais na exportação. O turismo tem sido disso um bom exemplo, mas começa a preocupar a direção tomada, mais virada para o turismo de massas e não para um turismo selectivo, tendo como alvo turistas endinheirados.
O tempo para eliminar assimetrias internas está a acabar (no entanto, esse objectivo não tem sido totalmente conseguido, apesar dos esforços realizados) e começa o tempo de os Açores se virarem para o mundo globalizado. Neste contexto, é essencial investir na melhoria da competitividade. Para não estarmos no futuro totalmente dependentes das transferências do Estado português e da UE, tal como estamos hoje.
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