25 novembro 2007

Modelo Económico para os Açores

Há pouco tempo escrevi sobre os benefícios que os Açores poderiam ter, se tivessem uma representação fixa em Bruxelas. Um desses benefícios seria, por um lado, a captação de investimento para os Açores - uma vez que a maioria das grandes empresas europeias, também está representada em Bruxelas - e por outro lado serviria como um auxílio para a internacionalização das empresas açorianas.

Também há pouco tempo discutia-se, na blogosfera regional, o actual modelo económico dos Açores e as alternativas possíveis. Ora, parece evidente que esse modelo, baseado na agropecuária, é extremamente dependente, não só em termos de transferências do exterior, mas também é dependente da legislação comunitária na área em questão. Isso reflecte-se no sistema de quotas, que impõe limites aos produtores açorianos.

Seria, assim, importante que os Açores iniciassem um processo de renovação desse modelo económico, baseando-o mais na exportação. O turismo tem sido disso um bom exemplo, mas começa a preocupar a direção tomada, mais virada para o turismo de massas e não para um turismo selectivo, tendo como alvo turistas endinheirados.

O tempo para eliminar assimetrias internas está a acabar (no entanto, esse objectivo não tem sido totalmente conseguido, apesar dos esforços realizados) e começa o tempo de os Açores se virarem para o mundo globalizado. Neste contexto, é essencial investir na melhoria da competitividade. Para não estarmos no futuro totalmente dependentes das transferências do Estado português e da UE, tal como estamos hoje.

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