11 novembro 2007

O que se passa na TV Regional?

Também noticia o Público deste Sábado, que Rosário Quaresma e Orlando Melo, ambos com funções de chefia na informação da RTP- Açores, se demitiram das suas funções na área da informação.

Diz a mesma fonte, que a primeira deixou o cargo ontem, sexta-feira, enquanto Orlando Melo se demitira há uma semana. A notícia dá conta de que foram “razões de funcionalidade” e divergências com Pedro Bicudo, actual director da delegação regional, que estiveram na base desta decisão.

É caso para dizer que Pedro Bicudo não tem tido vida fácil desde que, recentemente, assumiu funções, substituindo Osvaldo Cabral.

Será resistência à mudança, ou visões distintas de serviço público?

3 comentários:

Rui Rebelo Gamboa disse...

Eu penso que é um pouco de amabas. Resistência à mudança e formas diferentes de serviço publico. O Bicudo vem de outra escola, completamente diferente da nossa. Nós dissemos aqui que seria dificil mover-se neste ambiente de cá. Por outro lado, a sua nomeação para o cargo não foi totalmente consensual.

Eu sou telespectador da RTP-A, antes de mais. Pensava que ia melhorar com o Bicudo, mas não vejo grandes melhorias. Na rádio sim, na tv não. Continua a ser inaceitável, para mim, as extensas horas de transmissão. E agora que não há Pedro Moura, fica ainda mais a nu os problemas da rtp-a. Penso que a rtp-a deveria ter dado outra cobertura à eleição no psd, o programa da rdp poderia mt bem ter sido na rtp.

Depois há o problema dos programas que são escolhidos. Que são programas que os outros canais da rtp já passaram, isso já nós sabemos, mas as escolhas recaem agora em documentários com 10 anos e afins.

Cada vez mais acho que a obrigação de serviço publico da rtp-a saíria a ganhar se a transmissão começasse às 19 com um programa regional de carácter mais lúdico, noticias às 20 e depois em cada dia da semana um programa regional diferente. Desde debate com analistas políticos isentos (a rtp-a é a única que não tem), até séries, Maquinas e Lazer, Vip's, etc. E fechar às 23. Mais nada. Em caso do Pedro Moura regressar (como se deseja) a rtp abriria de manhã durante as horas do progama e dps fechava.

Anónimo disse...

Olá Rui!

Permite-me que eu discorde contigo no que toca ao encerramento e abertura das emissões da RTP Açores. Na minha opinião, uma medida dessas, seria perigosa de se tornar, pois daría a sensação que a RTP Açores estava a voltar ao "antigamente". Mesmo que entre o programa "Bom dia" e os Jornais e Telejornais a programação não seja em grande parte de qualidade, a RTP Açores está a transmitir, está lá. Parecendo que não a televisão regional ainda funciona como uma companhia para muitas pessoas. Acho que necessita de um espírito mais profissional e muito mais criativo.

Abraço!


P.S. Já sinto falta das boas produções regionais que se fizeram na década de 80 e ainda nos inícios de 90!

Rui Rebelo Gamboa disse...

Caro Diogo,

A impressão que tenho é que já não é tanto assim, que a RTP-A já não é essa companhia. O meu companheiro de blog pode confirmar uma caso em que um dono de um café na Povoação estranhou quando pedimos para mudar para a "nossa tv". Disse que há tempos que não ligava.

Acho que, e corrijam-me se estiver enganado, se o modelo que apresentei for adoptado (não tal e qual, mas similar), haveria uma redução de custos, que poderia permitir novos e melhores programas.

Diga-me sinceramente, quem é que tendo os 4 canais generalistas (que em princípio é toda a gente), prefere estar a ver documentários que passaram há 10 na 2, ou concursos que já foram vistos (por isso perderam o elemento de surpresa, vital para que seja apealtivo), quem prefere isso, dizia eu, às tardes da Júlia Pinheiro, ou algo assim?

À noite, sim sr., as notícias são, pelo menos para mim e para mt gente, um momento obrigatório a ver RTP-A. Os outros programas regionais, tal como a Estação Pública (não sei se é esse o nome), e outros tb são vistos. O resto tenho duvidas. Mas aceito a sua argumentação, como é evidente.

Abraço