A TVI dava conta, no seu “Jornal Nacional”, do clima de insegurança que se vive em Água-de-Pau, com a população a reivindicar um Posto de Polícia para esta Vila de S. Miguel.
Os entrevistados – moradores daquela Vila do concelho de Lagoa -, queixavam-se todos do mesmo; um clima de medo e insegurança, com roubos a toda a hora.
Noticias seguintes; Luís Filipe Menezes alertando para o aumento da insegurança e para o número crescente de crimes violentos que assola o país. Depois foi a vez de Paulo Portas alertar para o mesmo problema; maior violência e crime mais organizado.
Já na semana passada noticiava-se que os Presidentes de Juntas de Freguesia a Ilha de S, Miguel, depois de um encontro, registaram como a maior preocupação dos seus munícipes, o aumento da violência e roubos nas suas localidades. Afirmam-se, todos, muito preocupados com o clima de insegurança crescente e aumento dos roubos.
Andará a população alarmada sem razão? Ou haverá aqui um aproveitamento dos OCS para reivindicações e aproveitamentos de vária ordem?
Ou, por outro lado, os autarcas (no caso presidentes de junta), que estão mais próximos da população, fazem eco do que realmente aflige as pessoas no seu dia-a-dia?
11 comentários:
Os OCS até podem estar a proveitar-se, na lógica que actualmente impera nos média. Mas uma coisa é certa, a insegurança é cada vez maior.
O caso de Água de Pau é antigo, já há muito que reivindicam um posto de polícia, pois leva muito tempo à polícia da Lagoa a chegar lá.
Parece-me, porém, que o problema do continente é diferente. Enquanto que cá a coisa ainda pode ser resolvida com reforço policial, lá já exige medidas políticas de outra ordem.
bom, o problema da insegurança é notório por estas bandas. este verão, da janela do meu quarto, vi uns miúdos com uma espingarda a brincar ao tiro ao alvo. liguei à PSP pois moro numa zona residencial onde frequentemente as crianças das redondezas estão na rua a andar de bicla ou a jogar à bola e achei que era perigoso. A PSP disse-me que quando tivesse disponibilidade dava lá um saltinho. insisti:' oiça, mas qual é a parte de espingarda e tiro ao alvo e bairro residencial que não compreendeu?'....respondeu-me em tom lânguido e lacónico, 'sabe, não é nenhuma urgência, tá a ver?'... enfim.
Esta questão da segurança piora de dia para dia. Eu que moro na costa norte da ilha, mais propriamente nos Fenais da Luz, sei bem o que é a falta de policiamento. No mês passado, por volta da meia noite, liguei para a esquadra de policia das capelas porque andavam umas pessoas estranhas a fazer distúrbios na rua, o policia disse-me que o colega estava nos Remédios da Bretanha e que só dali a meia hora estaria nos Fenais. Ora bem, os Remédios quase ficam no extremo aos Fenais da Luz, e uma esquadra de Policia que abrange desde os Mosteiros aos Fenais da Luz e que durante a noite só tem dois policias, um na esquadra e outro a andar por fora, é natural que se sinta um clima de insegurança, e que a policia se sinta incapaz de socorrer a todos os pedidos.
Mas não é só por aqui!
Aqui há cerca de uns 3 anos, ia eu a caminho da festa do Chicharro na Ribeira Quente, isso pelas 23h30 da Sexta feira, ao chegar a Ponta Garça encontrei um jeep da Policia e UM SÒ POLICIA a olhar para uma ribanceira, parei e perguntei o que se passava e ele diz me que tinha caído um carro. Parei o meu carro e estive lá a prestar algum auxílio e sugeri que o polícia ligasse o pirilampo, porque estávamos em cima de um curva, e lá o homenzinho o ligou. Passado 10 minutos o Policia pediu-me se eu poderia ficar lá a espera dos bombeiros e do reboque porque tinha um outro serviço, e como só havia dois policias ao serviço naquele noite, um ficava na esquadra e ele tinha de andar por fora.
Deste modo, quando temos pouco investimento em matéria policial e na formação de novos policias, é natural que exista esse clima de insegurança, porque não há recursos suficientes para combater o crime.
Sou moradora em S. Pedro e a semana passada fui assaltada...outra vez. Ao carro, já é a segunda vez que sofro um assalto mas também já lá vai uma mota e uma mala. Agora nem sequer fiz queixa à polícia. Sei que é um erro mas tenho feito sempre queixa e apenas perco horas em declarações e deslocações inúteis. A sorte é que desta última vez não me roubaram nada porque já não deixo nada dentro do carro há muito tempo. Mesmo assim não me livrei de um vidro partido.
Já agora, tb relato o que me aconteceu. Fui ao Royal (ao lado da Polícia) tomar café, pelas 21.00, tinha o carro parado em frente à vodafone, na rua dos mercadores (nos lugares onde se pode parar), deixei o telemovel à vista, dentro do carro. Quando regresso, há 3 polícias ao lado do meu carro, a mostrarem-me o vidro partido. Deram-me uma reprimenda porque deixei o telemovel à vista - tinham razão - depois perguntei o que podia fazer. Disseram-me que tinha que ir para S. Joaquim, para tirar impressões digitais, mas que não valia a pena, porque só ia despachar-me pelas 1.30 ou 2 da manhã e que não ia dar em nada. Como é evidente, fui embora e não fiz queixa.
"fazem eco do que realmente aflige as pessoas no seu dia-a-dia?".Camarada, estamos a falar da mesma gente?
Camarada, os autarcas, assim comparado, são o ponto "G", da politica nacional e a criminalidade, uma revista pornográfica de grande tiragem.
Prezado camarada,
pelo tom de estupefacção, seguramente que vossemeçê, ao ler a palavra "autarca", foi sobressaltado por alguma "Isaltinice", ou por algum pau de "Loureiro", enquanto se recordava do verão em Marco de Canaveses. :)
Mas, ainda assim, eu deixo em aberto outra possibilidade que não a da bondade cândida de tais representantes do povo.
N.B.- quem quer subir, deve começar pelo primeiro degrau......se não conseguir, a queda sempre é menor.! Quem serve de degrau?? (camarada, junta as partes do puzzle) ;)
Bem, quanto ao restantes comentários, creio serem elucidativos de que, por cá, tb já se vivênciam episódios dos quais anteriormente só conheciamos os distantes relatos.
Ainda hoje em dia, julgo que no "Correio dos Açores", um senhor (bolas, tive mesmo para ligar à minha mãe para ela me dizer o nome deste senhor...mas já é tarde!!) escreve uma coluna em que relata situações de crime e roubo verídicas que se passam no continente. Fá-lo há, pelo menos, 15 anos.
Mas, se hà uns anos estes relatos me pareciam longínquos, hoje em dia o referido senhor poderia preencher a sua coluna com tantas e tão variadas situações, digo, crimes, que se cometem diáriamemnte em especial nas maiores Ilhas Açoreanas. Por cá já há matéria suficiente.
Germano Tavares? Não tenho a certeza, mas penso que é isso.
O mais grave, são as autoridades que temos não assumirem o que se passa.
Também já tinha publicado opinião no meu blog acerca desta insegurança que se vive actualmente e para irritar mais, o nosso primeiro-ministro veio ontem desmentir o aumento do crime mesmo depois de "estoirarem" mais um no Porto. Estamos feitos!
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