17 fevereiro 2008

Mais Formação e Qualificação!

Para quê? Para aumentar a qualificação dos desempregados?!

É que o país nunca teve tantos licenciados desempregados, e tanta mão-de-obra qualificada desempenhando funções muito abaixo da sua valia curricular.

A aposta tem de ser direccionada num investimento público directo, a par de incentivos a privados para a criação de emprego à altura das qualificações dos desempregados. Só assim conseguiremos avançar e competir num mercado cada vez mais exigente. Sem gerar a riqueza, que possibilita a subida do nível de vida, continuaremos eternamente na “saga da contenção do défice”, que vai sufocando e endossando aos portugueses a penosa responsabilidade de se conterem, ainda mais.

A par destas medidas, urge impor limites ao número de vagas de certos cursos e formações que o mercado não consegue absorver (nem conseguirá), dando mais espaço a formação, licenciaturas e investigação em áreas científicas e tecnológicas. É nessa direcção que avançam as sociedades modernas, aquelas com as quais temos de ombrear.

Temos uma rica História, sol e mar em abundância, isso, para além da geotermia e do vento, bem como verdes paisagens e serra. Reclamemo-los como os nossos recursos naturais mais valiosos, e invistamos nessas áreas. Não temos petróleo nem diamantes. Mas temos tudo o resto.

Recordo aqui um projecto do qual se falou, mas que não avançou, que pretendia tornar autónoma em termos de energia eléctrica, uma das menos populosas ilhas dos Açores.

Este tipo de projectos, e iniciativas neste âmbito, deviam merecer por parte da tutela um forte investimento, pois, mais do que público, seria de interesse público e benéfico para o ambiente, indo de encontro às exigências impostas pelo Protocolo de Quioto.

Protocolo Houvesse coragem, e, os milhões que vão ser enterrados na megalómana e despropositada obra do TGV, seriam desviados para estas Áreas.

N.B.- os números do desemprego em Portugal, teimam (tristemente) em rondar os 8%.

4 comentários:

Rui Rebelo Gamboa disse...

As universidades e o Governo teimam em continuar de costas voltadas. Não há diálogo entre as duas partes, que permita saber-se em que áreas é preciso formar pessoal. Os cursos superiores existem não em função das necessidades do mercado, mas em função daquilo que a universidade pode oferecer.

Fugas para a frente é aquilo que se assiste. A Educação e a formação para a estatistica, mais tarde ou mais cedo trará implicações gravíssimas. É que com a uniformização dentro da UE do ensino superior, os cursos superiores, em tese, formam as pessoas de forma igual, mas na verdade há grandes assimetrias, que vão-se reflectir no futuro, em termos de desenvolvimento económico.

Blueminerva disse...

Concordo inteiramente no que se refere aos recursos naturais. Seria seguramente uma aposta ganha!
Um abraço

Anónimo disse...

o problema é que, ao nível regional, a UAC teima na ideia da "fuga para a frente", "inventando" cursos cuja utilidade não se adivinha. não há qualquer preocupação em garantir um mínimo de empregabilidade...

Unknown disse...

Investir nos nossos recursos naturais seria uma mais valia para nós açorianos. No entanto, os cursos que são ministrados pela universidade ficam abertos durante muito tempo, se tal não acontecesse a taxa de desemprego de licenciados em determinadas áreas certamente diminuiria.
Beijocas