16 maio 2008

A Economia, É Quem Mais Ordena!

Sócrates está de visita à Venezuela, país que é liderado por Chavez, um comunista com tiques de ditador – ouvi hoje dizer que pratica uma “democracia musculada”-, que pretende ocupar o lugar “deixado” por Fidel.

Gostaria só de relembrar ao nosso PM, que Chavez é acusado de financiar as FARC, organização terrorista que usa o narcotráfico para financiar as suas acções de rebelião contra o povo Colombiano. Ou seja, os Petro Dólares de Chavez, ajudam a promover acções Terroristas, tais como raptos e assassinatos.
E Sócrates, depois da demonstração do "musculado" presidente Venezuelano, estará mais interessado no petróleo com açúcar ou com pimenta?!?
(...)
Não foi necessário esperar pelo fim do 1º semestre, para o Ministro das Finanças vir anunciar uma revisão em baixa do crescimento económico do país. A previsão inicial de um crescimento de 2,2% foi já afastada, situando-se agora em 1,5%. A par deste mea culpa, Teixeira dos Santos também já admitiu que “a inflação se vai manter nos actuais 2, 6%, em face de um cenário de crise Mundial, a que Portugal não podia escapar”.
Com base nesta nova realidade, justo seria uma revisão em ALTA dos aumentos dos ordenados, de 2,1% para os reais 2,6%, de modo a que os funcionários públicos – e a maior parte dos trabalhadores portugueses, pois grande parte dos patrões rege-se pela tabela de aumentos da função pública –, não percam poder de compra pelo 10º ano consecutivo.
Não será o princípio do poluidor = pagador, mas antes do mentiroso = repositor.

Este cenário, já levou Cavaco a pedir “especial atenção para com os que mais sofrem com a crise, em especial para os desempregados”. Um lugar comum...

Teixeira dos Santos já prometeu actualizar as pensões de reforma. É pouco, digo eu. Depois de todos as reformas implementadas por este Governo, depois de todos os sacrifícios pedidos, e sentidos pelos portugueses, vem agora o mesmo governo admitir, que os “outros” tinham razão, e que as previsões de crescimento económico estavam inflacionadas, enquanto a inflação propriamente dita, foi ingenuamente – para não dizer, estupidamente –, optimista.

Resultado, ao que parece, há portugueses cujo rendimento conquistado após 139 dias de trabalho se destina exclusivamente ao pagamento de impostos. Mais pormenores aqui

7 comentários:

Rui Rebelo Gamboa disse...

Uma pequena provocação:

Afirmas que: "Chavez é um comunista com tiques de ditador"

Eu pergunto: os líderes comunistas não são todos assim?

Anónimo disse...

E em 2009 o mm senhor torna a ganhar, aqui em Portugal. isto é preocupante.

jacobino disse...

caro Pedro,

creio, contudo, que sócrates fez o que tinha de fazer (diferente do que devia fazer). é sabido que chavez costuma retaliar quando se vê desprezado, um pouco à imagem de angola. caso tivesse alguma desconsideração para com chavez, quem sofreria seriam os 700 mil portugueses, que, sabe-se, até à data, eram frequentemente maltratados pelas próprias autoridades, e cuja situação no tecido sócio-económico venezuelana é particularmente frágil: são quase todos donos de pequenos negócios de retalho, que sofrem agora com a fixação de tectos máximos para os alimentos (muitas vezes abaixo do preço de custo), e que sofreriam ainda mais se chavez concretizasse a ameaça de há um ano, quando disse que ia estudar a possibilidade de nacionalizar as pequenas lojas.

Anónimo disse...

Caro Jacobino, compreendo o que diz, pois é, no fundo, a real-politik quem obriga Sócrates a ir a Caracas ouvir as graçolas de Chavez.

Claro que o PM de Portugal deve zelar pelos interesses, quer da economia do país, quer do bem-estar economico-social dos nossos concidãos espalhados pelo Mundo.

Mas no fundo, o que esta "real-politik" vem demonstrar, é que a "economia é quem mais ordena". Uma simples, mas triste constatação.

Por exemplo, alguns lideres europeus, logo se colocaram ao lado dos Tibetanos (e bem), repudiando o regime Chinês e as suas práticas, ameaçando inclusive com um possivel boicote aos Jogos Olimpicos de Pequim.

Pois bem, é com pesar que vejo que noutros casos e situações igualmente graves e atentatórias dos direitos humanos, esses politicos não demonstram igual indignação nem se apressam a fazer pressões de vária ordem, no sentido de os obrigar a ceder.
A sociedade global em que nos transformamos, não deixa espaço para moralidades, nem valoriza a honra e a dignidade.

O que interessa são as negociatas que fazem andar esta máquina devoradora que dá pelo nome de Economia. (os tais Petro dólares)

Li algures alguém defender que nos dias que correm já não há ideologoias. Existe sim o primado da economia.

João Ricardo Vasconcelos disse...

Caro Pedro Lopes,

Nem mais. A economia parece uma fatalidade de facto. Há algum tempo atrás, ouvi alguém dizer que vivemos num modelo económico de casino. Suspeito que andamos lá perto...

Paulo Pereira disse...

Sobre Chavez, mantenho que deve haver real-politik.
Os próprios EUA não raptam e mantem pessoas presas sem julgamento, ao arrepio das leis internacionais? Não matam?
E se só comprarmos petróleo às democracias, a quem compramos? Á Arábia Saudita, que vive na idade média a nível de direitos humanos?
Talvez apenas ao Brasil...

Paulo Pereira disse...

Sobre Chavez, mantenho que deve haver real-politik.
Os próprios EUA não raptam e mantem pessoas presas sem julgamento, ao arrepio das leis internacionais? Não matam?
E se só comprarmos petróleo às democracias, a quem compramos? Á Arábia Saudita, que vive na idade média a nível de direitos humanos?
Talvez apenas ao Brasil...