14 outubro 2008

P(artido) D(as) A(sneiras)

Esta campanha tem tido momentos verdadeiramente surreais, onde se destaca claramente o PDA. Desde abolir a escala de 0 a 20 nas escolas, à linha de caminhos de ferro em São Miguel, há para todos os gostos. No entanto, o maior destaque vai para o direito de antena de domingo passado: Melo Bento, do alto da sua sapiência, "elogiou" José Ventura, afirmando que, e passo a citar de cor, "não é alguém que tenha grandes conhecimentos teóricos, mas compensa com a sua capacidade de trabalho no terreno".

Com amigos destes...

Nota: Sobre este post, o Dr. Melo Bento veio esclarecer, na caixa de comentários, que estava a falar sobre Álvaro de Lemos e não José Ventura. Também na caixa de comentários, assumo o meu erro, o qual lamento, mas mantenho as ideias principais deste post, bem como deixo claro que acho que o PDA é essencial para uma Autonomia saudável. Convido todos, portanto, a consultarem a caixa de comentários para quaisquer esclarecimentos mais detalhados.

19 comentários:

Anónimo disse...

estão perdidos, ainda nunca perceberam que não existem, é preferivel acabar com o PDA do que apresenta-lo como futuro da autonomia, dá vontade de rir

Papio Cynocephalus disse...

e aquele tempo de antena/aula de geneologia, em que ficamos todos a saber quem era uma família Rego Costa, ou coisa parecida, e que "tinha dado um presidente de câmara"...

Anónimo disse...

O Don Corleone já demarcou-se daquela campanha absurda.
A gota de água foi a cerimónia ao combatente e ter sido entoado "A Portuguesa".

Unknown disse...

Está a aquecer ...

Rui Rebelo Gamboa disse...

Eu devo dizer que a actual situação do PDA entristece-me. Qualquer região autónoma, que pretende desenvolver essa autonomia, tem que ter partidos locais com uma forte expressão junto das populações. Mas este distanciamento da realidade dos actuais líderes do PDA é meio caminho andado para a sua extinção. Perdemos todos, perde a Autonomia.

Anónimo disse...

Li com atenção o conteúdo do seu blog e fiquei com a sensação de que se confunde falta de votos com falta de razão o que, obviamente, é um erro grosseiro de raciocíneo. Nunca o PDA defendeu a abolição da escala de 0 a 20 que, aliás, já não é usada no secundário. Previligiámos os assíduos e disciplinados em prejuízo dos outros que hoje passam sem ir às aulas, e nelas se portam como selvagens. Passam agora de ano, apenas para efeitos estatísticos.O Caminho de Ferro era um sonho dos nossos avós, o seu projecto foi defendido, elaborado (e está pronto) por Dinis da Mota, e outros, foi aprovado no Parlamento e abandonado com desprezo pelos governos centrais. Com a energia eléctrica de origem geotérmica, praticamente gratuita, o combóio eléctrico pareceu-nos a solução para a poluição, o engarrafamento do trânsito automóvel, os atrazos que provoca e o alto custo dos transportes actuais. A situação actual é insustentável e não vi ainda alternativa melhor...De José Ventura eu não disse nada do que vem referido no blog, pois a referência que fiz foi para Álvaro de Lemos e não para o actual presidente do PDA. Lembrei apenas que este tinha ganho as batalhas das multas, dos militantes e das eleições obrigatórias, mantendo o partido vivo. Se isso é crime, então a minha sapiência não chega a tanto. Criticar é fácil. Fazê-lo com inteligência e cuidado é que nem sempre se consegue. De todo o modo, antes a crítica ainda que errada, que a indiferença. Se quiserem fazer melhor, o partido não é um club fechado...

Rui Rebelo Gamboa disse...

Desde já agradeço a sua visita e os seus esclarecimentos.

Agora, vamos por partes:

- quanto à escala de 0 a 20, José Ventura disse-o na tv que era a favor do seu desaparecimento. Se já não existe no secundário, ele próprio é que me induziu em erro. No entanto, mantenho o conteúdo do que critico nas vossas propostas nesta matéria, pois na única página do PDA que encontrei na internet diz o seguinte: "Para os alunos não universitários e no que respeita aos chumbos ou reprovações, defendemos que um estudante que não dá uma única falta em todo o ano e não é indisciplinado deve passar automaticamente para o ano seguinte pois se nada aprendeu, é porque o professor não soube ensinar.", ou seja um aluno sem qualquer conhecimento sobre nada deve passar de ano, apenas porque esteve presente. Seria o cúmulo do facilitismo, mais, seguir e aprofundar essa política de desprestigio dos professores levará ao total descrédito do sistema de ensino no geral.

- caminhos de ferro; foi defendido no passado, óptimo, mas muitas outras coisas foram defendidas no passado, há de convir que isso não serve como argumento. Se as intenções são boas, parece que sim, mas será que têm algum estudo técnico para sustentar essa visão de futuro para os transportes em São Miguel? É porque se não têm, parece-me deveras irresponsável lançar essas ideias para o ar.

- Quanto às suas afirmações sobre, como veio bem esclarecer, Álvaro de Lemos, evidentemente devo desculpar-me. No entanto, a ideia que passou foi que falava de José Ventura, diria, por isso, que deveria rever a sua forma de comunicar. De qualquer das formas, diria que muda o sujeito, mas o contéudo mantém-se.

Agradeço novamente a sua participação, mas preferia que o fizesse de forma mais regular, é que se é verdade que o vosso partido não é um clube fechado, também é verdade que estamos aqui (neste e noutros blogues) há alguns anos a falar de assuntos importantes para a Região, por isso fico algo despontado por saber que não utilizam esta excelente plataforma de discussão pública, preferindo antes vir desta forma.

Sinceros cumprimentos.

Anónimo disse...

Como visitante fiquei satisfeito com os esclarecimentos do Dr. Melo Bento. Não consigo entender o drama que se faz com a questão dos caminhos de ferro.Perante a actual situação, tânsito, ambiente, custos, etc. acho uma proposta aceitável, que obviamente e a seu tempo terá que ser estudada, e, honestamente, neste campo até agora não ouvi alternativas melhores!

Anónimo disse...

Desculpem meus senhores, mas a escala de 0 a 20 é a que é hoje utilizada no ensino secundário (10º, 11º e 12º anos).

Com o devido, respeito, Dr. Carlos Melo Bento, pergunte à sua nora, Drª. Paula, que ela facilmente o esclarecerá.

Com os melhores cumprimentos

Rui

Anónimo disse...

Opps desculpem a vígula a mais no início do 2º parágrafo.
Rui

Anónimo disse...

Digo vírgula.

Anónimo disse...

Muito me espantaria se o Dr. Carlos Melo Bento proferisse tal afirmação, pois eu, que não privo com o líder do PDA, sei, ao menos, que este é um homem culto e informado.
Também terá, seguramente, uma grande "capacidade de trabalho no terreno",a que se poderá somar a sua honestidade, pouco vista nos dias que correm. É um Humanista.

Também olho para o PDA, como uma força politica necessária e com espaço no nosso panorama eleitoral - ainda mais agora, com o círculo de compensação.
Mas, na minha modesta opinião, para que se assuma como uma voz importante e valiosa na ALR, terá de definir uma nova estratégia, talvez centrada em poucas ideiais, mas que digam, de facto, algo aos Açoreanos. As ideias devem ser exequíveis e ir de encontro às necessidades ou aspirações dos eleitores.
O PDA não necessita de um programa de governo, necessita antes de cativar algum eleitorado, prometendo lutar e zelar pelos interesses e aspirações dos mesmos. Hà que identificar ideias e aspectos "chave".
Atrevo-me até a dizer, que a ligação, ainda que já esbatida, a uma independência dos Açores ou à FLA, já prejudica mais do que benefícia o partido. Há que cativar eleitorado mais jovem, apelando a valores claramente autonomistas, mas sem a sombra de outros tempos. (não seria necessário ir tão longe, e cantar a portuguesa no Dia da Républica.....terá sido, inclusive, contraproducente)

...bem, já vai longo este comentário. fico-me por aqui.

Anónimo disse...

O PDA É O ÚNICO PARTIDO QUE MERECE O VOTO ÚTIL DOS AÇORIANOS.

NÃO FAZ SENTIDO COMBATER ESTE PARTIDO ENQUANTO OS CAMPÕES DAS MENTIRAS E DO EMBUSTE - JÁ LÁ VÃO 30 ANOS! - ANDAM AQUI DE RODA LIVRE A ENGANAR OS AÇORIANOS.

VIVA OS AÇORES!

VIVA A LIVRE ADMINSTRAÇÃO DOS AÇORES PELOS AÇORIANOS!

O MEU VOTO É NO SR. JOSÉ VENTURA (PDA).

Anónimo disse...

O que mais me admira, é que um autonomista como o Dr. Melo Bento, Homem forte da FLA, tenha dado o seu nome para a lista de pessoas que pediam a recandidatura de Carlos Cesar.


FLA

Anónimo disse...

E os cubanos que cá estão durante a campanha a falar dos açores? E por ventura sabem alguma coisa da realidade e vivência das ilhas?
Cubanos do ca....!

Anónimo disse...

Há duas pessoas a quem gostaria de esclarecer as dúvidas que apontaram ao meu esclarecimento:
A Pedro Lopes, grato, pelas boas palavras, direi:
O hino português, a bandeira portuguesa na homenagem aos combatentes deveu-se a uma questão de lógica. Foi por essa bandeira e sob o som desse hino que os açorianos combateram.
Ao tempo não havia nem bandeira nem hino açoriano.
A nossa homenagem embora de origem política, destinava-se a posicionar-nos na realidade portuguesa universal a que pertencemos sem vergonha e sem medo. Se isso leva a perder votos, paciência, porque quando viemos povoar os Açores ninguém votou.
Quanto ao “anónimo” que me acusa de ser “homem forte da FLA” e ter dado o meu nome para a recandidatura de Carlos César. Ambas as afirmações são parcialmente verdadeiras. Fui da FLA, se forte ou fraco, não sei, os outros dirão.
Militei nas suas fileiras depois da minha prisão e fá-lo-ia de novo se as mesmas causas provocassem os mesmos efeitos.
Tenho uma ideia sobre o nosso destino como Povo mas também tenho os pés bem assentes no chão, não construo castelos no ar, não gosto de utopias nem viver como marginal no seio do Povo que amo acima de todos os outros e sem o qual a minha vida não tem sentido.
Quanto a Carlos César, fui convidado a apoiar a sua recandidatura e fi-lo de imediato porque a candidata do maior partido de oposição não era Berta Cabral e penso que Costa Neves não merece governar-nos porque não pensa açoriano.
Sei que o PDA pode aspirar a ter um deputado na Horta mas não temos ilusões quanto à nossa capacidade de elegermos um no grupo parlamentar. Se o tivéssemos, era lógico que não apoiasse ninguém. Só quem não vota no PDA pode preocupar-se com esse apoio. Quando o fiz, pensei nos Açores e no que é melhor para os açorianos. Julgo que não estou enganado. Se errei o alvo quanto à postura do “anónimo” a que respondo a culpa é dele porque tem vergonha de si próprio e não se identifica.
Quanto à sugestão do senhor Rui Gamboa de participar de forma mais regular nesta plataforma de discussão pública, convido-o de igual modo (e a quem mais interessar) a participar no meu carlosmbento.blogspot.com.

Anónimo disse...

Há duas pessoas a quem gostaria de esclarecer as dúvidas que apontaram ao meu esclarecimento:
A Pedro Lopes, grato, pelas boas palavras, direi:
O hino português, a bandeira portuguesa na homenagem aos combatentes deveu-se a uma questão de lógica. Foi por essa bandeira e sob o som desse hino que os açorianos combateram.
Ao tempo não havia nem bandeira nem hino açoriano.
A nossa homenagem embora de origem política, destinava-se a posicionar-nos na realidade portuguesa universal a que pertencemos sem vergonha e sem medo. Se isso leva a perder votos, paciência, porque quando viemos povoar os Açores ninguém votou.
Quanto ao “anónimo” que me acusa de ser “homem forte da FLA” e ter dado o meu nome para a recandidatura de Carlos César. Ambas as afirmações são parcialmente verdadeiras. Fui da FLA, se forte ou fraco, não sei, os outros dirão.
Militei nas suas fileiras depois da minha prisão e fá-lo-ia de novo se as mesmas causas provocassem os mesmos efeitos.
Tenho uma ideia sobre o nosso destino como Povo mas também tenho os pés bem assentes no chão, não construo castelos no ar, não gosto de utopias nem viver como marginal no seio do Povo que amo acima de todos os outros e sem o qual a minha vida não tem sentido.
Quanto a Carlos César, fui convidado a apoiar a sua recandidatura e fi-lo de imediato porque a candidata do maior partido de oposição não era Berta Cabral e penso que Costa Neves não merece governar-nos porque não pensa açoriano.
Sei que o PDA pode aspirar a ter um deputado na Horta mas não temos ilusões quanto à nossa capacidade de elegermos um no grupo parlamentar. Se o tivéssemos, era lógico que não apoiasse ninguém. Só quem não vota no PDA pode preocupar-se com esse apoio. Quando o fiz, pensei nos Açores e no que é melhor para os açorianos. Julgo que não estou enganado. Se errei o alvo quanto à postura do “anónimo” a que respondo a culpa é dele porque tem vergonha de si próprio e não se identifica.
Quanto à sugestão do senhor Rui Gamboa de participar de forma mais regular nesta plataforma de discussão pública, convido-o de igual modo (e a quem mais interessar) a participar no meu carlosmbento.blogspot.com.
Carlos Melo Bento

Rui Rebelo Gamboa disse...

O seu blogue será imediatamente adicionado à lista de favoritos e pode ter a certeza que passarei a ser visita regular.

O problema maior dos blogues continua a ser o anonimato, é algo com que temos de saber lidar e discutir sobre se se deve agir por forma a regular a participação dos anónimos neste tipo de espaço. Como alguém ligado às leis há muitos anos, certamente terá uma opinião sobre o assunto, que muito gostaria de conhecer.

Cumprimentos.

Rui Rebelo Gamboa disse...

Já agora, "a quem mais interessar", o endereço do blogue do Dr. Melo Bento é:
http://carlosmelobento.blogspot.com

Espero que não se importe com esta rectificação.