09 dezembro 2008

A Poluição dos Sacos de Plástico


A propósito deste excelente relato, recordo o tema do uso abusivo de sacos de plástico nas grandes superfícies comercias nos Açores.

Com efeito, parece que os caixas dos hiper são incentivados a não olhar a gastos no que se refere ao uso de sacos de plástico. Parece evidente que os funcionários recebem algum tipo de formação que os leva a dividir os produtos pelos sacos, consoante a sua natureza: congelados, frutas, produtos de higiene, carnes, peixes, etc. À primeira vista faz todo o sentido que se faça tal divisão, ninguém quer chegar a casa e notar que as maçãs têm um estranho odor a peixe.

No entanto, é necessário realçar o efeito que os sacos de plástico têm no Ambiente. Segundo parece, são produzidos cerca de 150 sacos de plástico por pessoa por ano (o número por si só tem muitos zeros). É evidente que desses, apenas uma minoria chega à reciclagem, a maioria acaba em lixeiras e dada a natureza do saco de plástico, muitos acabam por voar para os rios e mares. Como em quase tudo relacionado com Ambiente, este problema é deveras mais preocupante na China, onde até surgiu um nome para a poluição dos sacos de plástico: a poluição branca. Depois, temos que ter em conta a poluição que a produção dos sacos de plástico acarreta, pois utilizam combustíveis fósseis. Além de tudo isto há que registar que em média cada saco de plástico é utilizado durante cerca de 12 minutos, mas precisa de 300 anos para se decompor. Assustador.

O ideal seria não utilizar sacos de plástico quando vamos às compras. No entanto, uma solução intermédia é a reutilização. Para isso, existem sacos mais fortes capazes de aguentar várias idas às compras. E como em quase tudo, este tipo de mensagem só passa quando toca na algibeira, por isso é que o uso de sacos de plástico nas superfícies comerciais deveria ser pago.

5 comentários:

Sam disse...

Caro Máquina de Lavar,

O Keyzer Soze’s Place convida os moderadores deste blogue a participarem na votação dos Óscares de Marketing Cinematográfico, iniciativa que nomeará o melhor em publicidade de Cinema no ano de 2008.

A votação pode ser efectuada em http://sozekeyser.blogspot.com/2008/12/scares-de-marketing-cinematogrfico.html.

Desde já, apresento o meu profundo agradecimento na vossa disponibilidade em participar nesta iniciativa.

Cumprimentos cinéfilos!

Anónimo disse...

Por isso acho uma grande ideia a de alguns supermercados levarem dinheiro pelos sacos. Pelo que tenho visto, ninguém protesta - ou paga os sacos, ou leva de casa.

Anónimo disse...

Pois é, Rui, um grave problema ambiental que - agora que estamos em maré de ambientalismo -, deveria ser sériamente debatido......ainda mais numa Região com as características da nossa.

Mas há aqui uma outra questão, que se prende com o facto destes sacos serem hoje encarados como publicidade, e é, seguramente por isso, que existe essa preocupação excessiva em formar os caixas de supermercado para entregarem vários sacos de plástico aos clientes.

Nos EUA eles usam os sacos de papel. Há algumas pessoas, especialmente mais idosas, que levam uns carrinhos de mão onde colocam os produtos que compraram, dispensando qualquer saco de plástico do supermercado.
Se se cobrar por cada saco (como refere o "estafermococus") seguramente que as pessoas vão começar a ter esta despesa em conta e racionar os sacos que levam para casa. Há, por exemplo, os sacos mais fortes e grandes que referes, Rui, que poderão ser reutilizados em cada ida ao supermercado.

Também me parece que está na hora de se fazer algo.

recordo-me, por exemplo, que o Governo Regional (creio que atrvés da Secretaria da Agricultura) preocupado com as sacas abandonadas nas pastagens pelos lavradores, começou a pagar uns cêntimos por cada saca que o lavrador recolhesse e entregasse ás entidades competentes.

porque não incentivar os supermercados ou os particulares a fazerem algo semelhante?

Uma coisa é certa, têm de ser tomadas medidas. A bem do ambiente e das tartarugas, que, como é sabido, morrem sufocadas ao comerem sacos de plástico, porque os confundem com o seu alimento, as alforrecas, comummente conhecidas por "águas vivas".

Nestum disse...

Bom sentido de oportunidade, Rui!
Outra das coisas que notei quando cheguei aos Açores fui essa oferta massiva de sacos de plástico. Ainda mais quando são as Sras. a colocar os produtos no saco. Geralmente peço para encherem o mais possivel, mas por norma ficam a olhar para mim como se fosse um ET :)
A verdade é que as Sras parece que ganham a saco despachado, a julgar pela quantidade de compras que colocam em cada saco.
O melhor, parece-me é o pagamento pelos sacos. Em espanha vê-se as filas de carrinhos, tipo os que o Pedro referiu, junto às caixas, enquanto os donos vão fazer as compras.
Outra óptima solução são os sacos de tecido que reutilizamos todas as vezes que vamos às compras.
Parece-me contudo, que para que se crie o hábito, é necessário primeiro forçar a consciência dos cidadãos e o pagamento dos sacos parece-me a melhor opção.

Algo que também me parece muito importante são as garrafas de água de plástico. São provavelmente as "primas" dos sacos de plástico no que toca a poluição, e é incrível o preço que pagamos por cada uma.
Pagar um preço hiper inflacionado se comparado com a água que temos na torneira, e ainda por cima o que polui até chegar ao ponto em pagamos por ela, é um acto altamente irracional.

Nessas coisas, parece-me que o lema deve ser:
"Posso individualmente não mudar o mundo, mas pelo menos, fiz a minha parte"


Cumps e mais uma vez, parabéns pela Posta de pescada

Tibério Dinis disse...

Concordo Rui, mas acho que é uma solução de curto prazo. O custo do saco de plástico é muito baixo e continua-se a gastar demasiado, não é suficiente. Se subir-mos o preço do saco, ficaria superior ao custo de produção e ai há outras questões.

Acho que é necessária uma solução mais forte, acabar com os sacos de plástico de vez - pelo menos nas grandes superficies comerciais. A substituição pode ser feita por cestos ou sacos de tecido.

Haja Saúde